Miguel Arrázola, pastor da igreja cristã Rios de Vida, da cidade de Cartagena de Indias, na Colômbia, tem sido criticado por supostas emaças de morte contra o jornalista Lucio Tores, que o acusou de obter milhões de dólares às custas dos fiéis. Suas palavras foram gravadas em um vídeo que circula nas redes sociais do país e que tem causado polêmica em todo o país.
Diante das declarações do jornalista, o pastor respondeu durante um evento da congregação da última sexta-feira, 10 de março. “Graças a Deus que sou nascido de novo e que tenho o Espirito Santo e Jesus Cristo em meu coração, porque (se não fosse isso), você estaria (Torres) no fundo de Ciénaga de la Virgem (lago nas imediações de Cartagena)”, disse o religioso. “Te mandaria para Nigéria (supostamente junto com capangas), e esses te matariam… Mas como não podemos fazer nada pelo amor de Deus e a Bíblia…”, acrescentou Arrázola referindo se ao jornalista. Segundo o jornal ‘El Heraldo‘ Torres publicou um artigo em 2016 no qual ele disse Arrázola recebe 200 milhões de pesos (US $ 67.000 ou 210 mil reais) por mês, em um esquema financeiro em que sua esposa e outros membros da família estão envolvidos. Valor que exceda o salário de qualquer congressista colombiana.
Torres ao saber do que o religioso disse, automaticamente interpretou como uma ameaça de morte contra sua vida, e por isso no dia 12 de março se pronunciou em uma coluna em seu portal demonstrando sua preocupação pelas ameaças recebidas do religioso. “Ele é um assassino em potencial, usando sua investidura, quer silenciar um jornalista que tem dito a verdade na cara dele “, acrescentou.
Por seu lado Arrázola, que é conhecido na Colômbia por sua forte crítica ao governo do presidente Juan Manuel Santos e sua oposição ao processo de paz, ele denunciou o jornalista diante a Defensoria Pública por “perseguição religiosa”.
Em uma entrevista à W Rádio, o comunicador disse que pretende apresentar uma queixa criminal contra o pastor.
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