Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A humildade, segundo as Escrituras.





 “A humildade precede a glória”.

Sendo ele, Jesus, de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo.  Revelações do Espírito Santo de Deus, em Filipenses, 2.5.

O Messias veio, também, para revelar que os caminhos trilhados pela humildade são justamente aqueles que conduzem à vitória final, a única que importa, a que não depende dos homens, mas a nos trazida pela Justiça de Deus que só acontecerá na consumação dos séculos.

Jesus foi o retrato da humildade e da simplicidade. A sua humildade já havia se manifestado muito antes de seu nascimento, pois não se preocupou em nascer de uma descendência constituída de homens e de mulheres de procedimentos ilibados ou de casta nobre. 

Em meio aos antepassados de Jesus havia homens e mulheres que, apesar de suas falhas, viveram comprometidos com o Senhor Deus ¾ assim como Abraão, Davi e outros.  Mas nesse rol dos descendentes de Cristo, veremos (Mateus, 1.1 e seguintes) que havia desde mentirosos, adúlteros, baderneiros, invejosos, assassinos, praticantes de culto a ídolos, como Salomão e até mesmo participantes de incesto.  Como tinha de descender, obrigatoriamente, da prole de Jacó, para que se cumprisse a aliança do Criador proposta a Abraão, o Pai não se preocupou em fazer nascer o Filho descendente do ilustre José (também filho de Jacó), um vencedor que, de escravo, surpreendentemente, chegou à posição de vice faraó do fabuloso Egito.

O Senhor escolheu para antepassado de Jesus o sombrio filho de Jacó: Judá. Depois de planejar, por pura inveja, o assassinato de José, seu irmão caçula, Judá acabou por participar na tentativa de assassinato de José, e depois na venda aos madianitas como um reles escravo.  Judá, em cumplicidade com seus irmãos,  viria, ainda, trazer grande amargura à casa de Jacó, seu velho pai, ao incorrer em falso testemunho quando participou a ele que o adolescente José havia sido estraçalhado por feras. E assim, sem se importar em vir ao mundo como personagem de uma descendência santa, Jesus nasceu fora do lar, numa humilde cidade e num local muito impróprio para uma mulher dar à luz.

No início, Jesus foi um enjeitado, o que fazia parte intrínseco da sua destacada humildade.  Jesus foi um enjeitado ainda no ventre de sua mãe Maria. Na cidade de Belém daqueles dias de recenseamento obrigatório, não havia um só quarto vago em hospedarias e não houve um só hóspede ou senhorio que se compadecesse da delicada situação de Maria, cedendo um quarto a ela, visivelmente em final de gravidez.

Ao invés de escolher uma era tecnológica ¾ na qual poderia ter registrado a sua imagem e a sua voz ou colocado mensagens na Internet ¾, Jesus veio numa época de sociedade pastoril, onde só pôde  pregar a poucos de cada vez.    Para aumentar, ainda mais, o quadro da humildade de Jesus, ele veio justamente na época em que a Judéia de todos os judeus sofriam com a invasão romana, que se valia da  força da lança e da espada.

Diferente de hoje, onde vemos uma parte da Igreja incentivando sem-terras e os sem-tetos para que tentem tomar o bocado de terra ou de edificações que nunca possuíram, mesmo que seja apenas de excedentes de riqueza dos muitos ricos ou dos governos, Jesus JAMAIS incentivou qualquer pobre para que se rebelasse contra os ricos, nem mesmo que os escravos humanos se rebelassem contra seus senhores e até mesmo que os judeus se revoltassem contra os opressores romanos. Portanto, qualquer manifestação de força contra os ricos e contra os governos, e até mesmo contra os opressores, não pertencem ao Evangelho de Jesus, da Justiça de Deus, mas da justiça dos homens.

Cristo nasceu num estábulo malcheiroso, ainda assim, de favor, e suas primeiras visitas de recém-nascido foram as de humildes pastores, e logo após de magos estrangeiros.  Entrou em Jerusalém montado num pequeno burrico emprestado.  Ajoelhou-se ao solo, fazendo questão de lavar os pés dos seus apóstolos ­­para demonstrar vivamente a importância da prática da humildade (João 13.4).  Escolheu, para seus discípulos aprendizes e propagadores de suas obras, homens humildes, rústicos, desprovidos de bens, de cultura e cheios de defeitos.

A vida de Jesus tornou-se uma perfeita escola de humildade.  Durante a sua vida pública tornou-se um andarilho, não possuiu casa nem outros bens materiais.  Acercou-se dos  pobres,  dos doentes, dos renegados, das prostitutas e, da chamada ralé desprezível e, passando por cima da lei, até tocou os leprosos, curando-os, a mais detestável escória humana da época. Dormiu muitas noites ao relento; hospedou-se em lares desprovidos de conforto e comeu da mesma comida dos pobres.  Jesus viveu sempre de favores, mas nunca reclamou.

Joana, uma rica mulher, casada com Cuza, procurador de Herodes, usava seu dinheiro assistindo a Jesus e seus apóstolos na propagação da boa nova.    A Palavra, em Lucas,  8.3.

‘Eis que vos envio para o meio de lobos. Não leveis nem alforjes, nem sandálias, nem duas túnicas...’.   Lucas, 10.3.

‘Tendes aqui alguma coisa para comer?’.  Perguntou Jesus aos seus discípulos, em Lucas, 24.41.  ‘Não’, responderam eles.

‘Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho eu te dou: Em nome de Jesus, o Nazareno, levanta e anda’.  Atos, 3.6

“Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis a mudar de casa em casa.  Quando entrardes numa cidade e ali vos receberem, comei do que vos for oferecido”. Jesus e a humildade que deve ter todo cristão, em Lucas 10.7.

Em nome da humildade, Jesus emprestou uma sala, com pouco mobiliário, para realizar a sua última refeição com seus amigos.  Antes de ser morto, foi despido até de suas vestes e martirizado entre dois malfeitores.  Além da dolorosa crucifixão que só era destinada aos piores criminosos, colocaram na cruz uma inscrição zombadora, nomeando-o rei dos judeus, para humilharem-no, para rebaixarem-no a ponto de compará-lo aos proscritos, aos loucos, e para que não fizesse seguidores de suas idéias. Quando retiraram Jesus da cruz, não tinha túmulo para ser sepultado e tiveram de sepultá-lo num emprestado.

Quando ressuscitou, fato fastigioso ao extremo, Jesus não se importou em revelar-se ressuscitado, primeiramente, aos grandes do mundo, ou de forma ostentosa, mas, sim, sem pompa, a uma ex-prostituta a quem havia convertido.

 Na sua primeira pregação, a que chamamos o Grande Sermão do Monte, Cristo já havia destacado, com ênfase, a importância da humildade, do pacifismo e da mansidão. Na época, humildade e mansidão era coisa de fracos, pois vigorava a lei da fratura por fratura, olho por olho e dente por dente, mas Jesus veio, também, para destacar a importância da virtude da humildade, da mansidão e do não enfrentamento, virtudes fortes perante o céu, que se tornassem parte ativa do cristianismo. Para destacar a mansidão, a passividade, além do exemplo das crianças em Mateus, 18.3, Jesus escolheu como símbolo pessoal o cordeiro, o Cordeiro de Deus. Sabemos que o cordeiro é o mais manso dos animais. Deixa-se tosquiar mansamente. 

 “Bem aventurados os humildes,  os mansos,  os que têm um coração de pobre, porque serão chamados filhos de Deus,  possuirão a Terra,  e deles é o reino dos céus”. Comprometimento de  Jesus, em  Mateus,   5.

Eis os preceitos de Deus que ressaltam o valor da humildade:



“Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos”.    
Revelações de  Jesus sobre a humildade,  em   Mateus,   11.25.

 “Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, que se faça vosso servo”.
 Preceitos de  Jesus sobre a humildade,  em  Mateus,  20.26.

... Abraão continuou:   “Não leveis a mal, se eu ainda ouso falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza...”  A humildade de Abraão,  em  Gênesis,   18.27.

O temor do Senhor é uma escola de sabedoria.  A  humildade precede a glória.
Preceitos  do  Senhor Deus sobre a humildade, em  Provérbios,   15.33.

Respondeu o centurião  a  Jesus: “Senhor eu não sou digno de que entreis em minha  casa, mas dizei uma só palavra e meu servo será curado”.                 
A humilde do comandante romano,  em  Mateus,  8.8.

Vivei em harmonia uns com os outros.  Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas;  afeiçoai-vos com as coisas modestas.  Não sejais sábios aos vossos próprios olhos.       
Preceitos do Senhor Deus sobre a humildade, na Carta aos  Romanos,  12.16.

“Aquele que se fizer humilde como esta criança, será o maior no reino dos céus”.
Revelações de Jesus sobre a humildade,  em  Mateus,  18.4

“Em verdade vos declaro: Se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no reino dos céus”.

Jesus, em Mateus, 18.3, revelando que as crianças, não só são puras, inocentes, passivas, sem julgamento, mas elas são, também, sempre dependentes dos adultos e, por isso, os que querem salvar-se devem ser sempre inteiramente dependentes de Jesus.


Uma vez, uma abastada senhora que completava o acabamento de sua nova e bela residência, visivelmente irritada, mandou arrancar todas as luxuosas peças sanitárias recém instaladas nos banheiros e no lavabo, substituindo-as por outras,  ao tomar conhecimento de que os pedreiros haviam feito uso delas para necessidades fisiológicas, fato normal em construções.  Bastaria apenas um pouco de sabão e água fervente para deixar as belas peças esterilizadas.  Todavia, aquela senhora, na sua arrogância, soberba e impiedade, esbanjou recursos e esnobou luxúria além de  humilhar, consideravelmente, os que construíram sua casa, demonstrando ausência de qualquer resquício de tolerância e de humildade.

Aqueles que se consideram superiores aos demais, apenas por serem abastados, famosos, filhos de ricos, de autoridades, poderosos ou descendentes de nobres, são arrogantes, andam sempre de queixo erguido e, por isso, parece que nos olham sempre de cima e agem como pretensos semi-deuses terrestres. São altamente egoístas e exibicionistas; só sorriem e só se envolvem com os que formam a sua própria classe social. Esses, que só vivem pelas coisas temporais ¾ que graças a Deus formam apenas uma parte ¾ se esquecem de que esse nosso corpo, matéria perecível, foi formado para receber o espírito imortal e que a vida desse corpo é deve ser absolutamente destinada ao enriquecimento desse espírito.  Contudo, se por orgulho, por soberba, por arrogância, por prepotência ou por comodismo, qualquer ímpio ignorar essa regra que não tem exceção, porque foram ditadas pelo Criador, receberá dele a maldição.

“A mim pertence a vingança e darei a cada um que a merecer”.                      
A Justiça do Senhor, em Hebreu, 10.30.

A prática da verdadeira humildade permite ao homem desligar-se das glórias, das honrarias e das riquezas da Terra, e viver exclusivamente em virtude de um prêmio extremamente maior:  a grande promessa da eternidade num reino de sonhos indescritíveis.

Humilhai-vos na presença do Senhor e ele vos exaltará.
Comprometimento do Senhor Deus, em Tiago,  4.10.

Para praticar a humildade não é necessário vestir-se de sacos, ungir-se de cinzas, andar de sandálias ou com o semblante tristonho. Não é necessário viver numa choupana e só comer gafanhotos.  Não é só dizer sim ao próximo, quando se deve dizer não ou vice versa ou mesmo nomearmo-nos como humildes ¾ porque só essa afirmativa já turva, já embota a própria essência da humildade quando auto-apregoada.

Jesus viveu a humildade ao ponto da perfeição.  Na verdade, tornou-se a própria humildade, todavia, nem por isso deixou de expulsar, com chicotes, os mercadores do templo, ou de criticar drástica e até mortalmente a hipocrisia farisaica, bem claro em Mateus, capítulo 23, ou até mesmo de chamá-los de filhos do diabo,. Da mesma forma, não deixou de repreender seus amigos e de fazer pouco ao rebaixar César, imperador romano, a rei de nada perante o céu, ao dizer  “Dai a César o que é de César”.  Contudo, mesmo sendo a imagem da humildade, da simplicidade, nunca se nomeou um homem humilde.

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. Jesus, em João, 8.44.

A  verdadeira humildade tem de estar presente a todo o momento, em todos os nossos atos.  Pode-se viver numa favela, vestindo-se mal, comendo-se mal, e não viver a humildade, a simplicidade, como também, pode-se viver numa bela casa, ser rico e a despeito disso viver a humildade. Embora seja extremamente mais viável, a humildade não tem, necessariamente, de conviver somente com o estado de pobreza.

A humildade permite uma constante avaliação pessoal dos nossos procedimentos diários, permitindo a correção quando houver erro. A humildade evita confrontos de todo tipo e suas conseqüências e ainda nos permite viver felizes no estado em que nos encontramos,  em qualquer degrau social de acordo com o padrão em que vivemos.  Pode-se ser um vencedor, um privilegiado, um abastado e praticar a humildade se houver a renúncia dos pecados da arrogância, do egocentrismo, do egoísmo, do exibicionismo, da luxúria, do orgulho, da vaidade, da superioridade, da prepotência e do narcisismo. 
Jesus, especificamente para deixar o exemplo, demonstrou a grande importância da humildade ao lavar os pés de seus amigos apóstolos. Como Jesus é Deus, era, então, Deus, disfarçado de homem na Terra era o mesmo que lavava os pés dos homens antes de partir o pão e de distribuir o vinho na última ceia:
O que fez Jesus na última reunião com seus amigos, que representam a todos nós?

Em primeiro lugar, antes de comerem, Jesus cingiu-se com uma toalha e lavou os pés de cada um de seus seguidores. Legou-nos esse exemplo:

“Depois de lhes ter lavados os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes:  Compreendei o que vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.  Ora, se eu, sendo Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar os pés uns dos outros.  Eu vos dei o exemplo para que, com eu fiz, façais vós também”. João, 13.12 a 15.

Portanto, antes da divisão do pão e do vinho, que significavam Jesus, o Pão do Céu por inteiro, o Verbo de Deus por inteiro; que representa a necessidade da vivência de TODOS os preceitos do Evangelho, todos aqueles os que prezam a cerimônia da divisão do pão teriam e do vinho, terão, antes, de lavar os pés uns dos outros, demonstrando a mesma humildade de Jesus, pois isso ele assim o pediu, solenemente. Não adianta um bispo, um cardeal, ou mesmo um papa, apenas uma vez por ano, e sob a luz dos holofotes das TVs, lavar os pés de um pequeno grupinho escolhido.   Jesus não mandou Pedro, o “primeiro papa” representar a todos, lavando os pés de poucos, mas foi claro, dirigindo-se a todos do mundo e por todas as gerações: 

“Eu vos dei o exemplo, agora lavai os pés uns dos outros”. João, 13.12 a 15.






A humildade verdadeira e a simplicidade permitem a prática de todos os preceitos concernentes ao amor ao próximo, à caridade, claramente detalhados na Nova Mensagem.  Dentre esses preceitos, a virtude da tolerância é a mais difícil de ser praticada, porque a palavra já diz: tolerância, e essa virtude tem de estar presente em todo lugar, em cada momento, em cada situação de relacionamento com qualquer semelhante! 
Benditos sejam esses nossos semelhantes que nos aproximam de Deus!
Graça, paz, saúde e muita sabedoria, extensivo aos familiares. 




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