Quando eu morei no interior do Mato Grosso, desempregado e palco de muitas experiências marcantes, houve um dia especial.
Eu estava me encaminhando à igreja, um pouco antes do horário de início (coisa que preciso voltar a fazer… risos) e, aproximando-me do templo, comecei a meditar no que o Senhor havia feito em minha vida, fui louvando e agradecendo cada vez mais e, sem perceber, comecei a ver no céu, ao longe, como se fosse uma visão, uma espécie de galpão com uma grande porta aberta.
E o Espírito do Senhor me fazia saber que Ele abriria uma grande porta para mim. Perceba: eu morava em uma pequena cidade do interior do Mato Grosso, de meros 6.000 habitantes, distante 1.000km da capital, Cuiabá (uma das cidades mais quentes do país), ainda praticamente desempregado, esquecido no meio da floresta amazônica. Que futuro eu tinha?
Mas, aquela visão me encheu de alegria e esperança de uma tal forma que Deus iria mudar minha situação que quase comecei a chorar no meio da rua. Quando cheguei na frente da igreja, já havia um cooperador na porta. Quando ele me viu, veio ao meu encontro para me saudar.
Eu, cheio de graça e virtude, transbordando de alegria e unção, logo estendi a mão pra ele e falei de boca cheia: “A paz do Senhor, meu irmão“! Só que eu coloquei meu pé bem na frente ao estender a mão. Ele veio na minha direção na maior das boas vontades, pegou minha mão com força e sacudiu umas 4 ou 5 vezes até… até perceber que meu pé havia ficado estrategicamente embaixo do dele!
O irmão, bem moreno, quase perdeu a cor e me pediu mil desculpas. E eu, que estava bem cheio de graça até instantes atrás, olhei bem dentro dos olhos dele e tasquei-lhe a seguinte frase:
“Meu irmão, não tem problema, porque eu estou cheio da Graça: pode pisar no outro”! ..rs
Nenhum comentário:
Postar um comentário