Um fenômeno social intrigante tem sido observado no âmbito missionário nesses últimos anos no Brasil: o número de homens que ingressam de tempo integral em missões está se tornando cada vez menor. Hoje na Missão AMEM por exemplo, dos 112 missionários brasileiros em atividade, 63,4% são mulheres e apenas 36,6% são homens, incluindo solteiros e casados. A cada ano, quando novos obreiros treinados ingressam nessa agência, o número de homens tem diminuído consideravelmente em comparação com o número de mulheres. O mesmo tem acontecido no MTC Latino Americano, centro de treinamento missionário da Missão AMEM no Brasil. E é importante salientar que este não é um problema particular da AMEM. Outras agências, que por sinal deram grandes contribuições na análise do problema, afirmam encontrar as mesmas dificuldades no recrutamento de obreiros. A pergunta do momento tem sido: onde estão os homens com vocação missionária no Brasil? Será que eles estão com medo de missões?
O que a história tem a dizer? Para muitos dos que conhecem um pouco da história de missões no Brasil, nada mudou. Argumentam que a situação, desde o envio dos primeiros missionários há algumas décadas atrás, sempre foi assim: mais mulheres e menos homens. Há outros que dizem estarmos vivendo um momento especial da nossa história missionária: a plenitude dos tempos para o ministério feminino. Para alguns a resposta é óbvia e simples: o número de homens envolvidos em missões é proporcional ao número de mulheres existentes no país e na igreja. Há ainda aqueles que dizem que isso se aplica apenas aos homens solteiros, porque o que tem acontecido é que o número de famílias missionárias está voltando a crescer no decorrer dos últimos anos. O que conseqüente aumenta o número de homens. Precisamos de fato reconhecer que o número de mulheres em missões é muito expressivo. Especialmente nos últimos dois séculos elas têm representado cerca de dois terços da força missionária mundial. Uma pesquisa recente da SEPAL mostra que dos missionários brasileiros em atividade hoje 55,5% são mulheres e 44,5% homens. A diferença é aparentemente muito pequena, mas o fato é que houve uma época na história – quando as esposas de missionários se contentavam em ser donas-de-casa dedicadas, mães e auxiliadoras – que a força missionária mundial era praticamente 100% masculina.
Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/1644231-miss%C3%B5es-ser%C3%A1-que-os-homens/#ixzz31tWOhh7q
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