Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

terça-feira, 26 de abril de 2016

Resista ao mal


Isto é algo que com toda certeza faz de você uma mulher fraca e vulnerável aos ataques do mal. A pessoa que mente, engana ou vive no erro, ela nunca se sente forte, o mal sempre a acusa e ela é espiritualmente débil.

Por mais que ela frequente a igreja, leia a bíblia, ou até ajude em algo referente á obra de Deus, se ela vive no pecado, não terá paz e nunca estará forte em seu interior.

Por vezes muitas são as desculpas, como: “eu sou fraca”, “eu não quero pecar, mas acabo caindo”, “simplesmente não consigo resistir”, etc.

Mas nós sabemos que quem decide é você, o diabo sugere o pecado, mas quem decide se vai praticar ou não é a própria pessoa. Se você declara que é fraca isso quer dizer que vai-se deixar levar pelo que sente no momento e vai ceder. Se coloca em sua mente que vai ser forte e não vai ceder, na hora é isso que fará.

No livro de Tiago 4:7 mostra o segredo:
Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”

Sujeitar-se significa submeter-se ou obedecer a Deus, quando você está submissa á vontade de Deus, você não dará brecha para fazer a vontade do diabo. Quem vive no erro é porque ainda não submeteu sua vida a Deus.

Resistir significa conservar-se firme, não ceder, é isso que temos que fazer para não cair na tentação, ser firme e não ceder as propostas lançadas pelo diabo.

Quer ser uma mulher forte? Siga esta direção, nunca confesse que é fraca, mas determine que é forte e consegue vencer o pecado, porque quer submeter-se á vontade de Deus.

Não esqueça do que já falamos nos posts anteriores sobre o pensamento.

E então vai sujeitar-se a Deus e resistir o diabo? Essa é a única maneira dele fugir de você.

Fonte:

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Religiosos criticam citações à religião e a Deus na sessão da Câmara que votou impeachment

Religiosos se dizem incomodados com as referências à religião e a Deus nos discursos de parte dos deputados que decidiram pela abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em defesa da separação entre a fé e a representação política, líderes de várias entidades criticaram as citações e disseram que os posicionamentos violam o Estado laico. 
59 VEZES.

Durante a justificativa de voto, os deputados usaram a palavra “Deus” 59 vezes, quase o mesmo número de vezes que a palavra “corrupção”, citada 65 vezes. Menções aos evangélicos aparecem 10 vezes, enquanto a palavra “família” surgiu 136, de acordo com a transcrição dos discursos no site da Câmara. 

DISTORCEM
Para o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, as menções não surpreenderam. A presidente da entidade, a pastora Romi Bencke, disse que as citações distorcem o sentido das religiões. “Não concordamos com essa relação complexa e complicada entre religião e política representativa”, afirmou.

Os amigos de Jó

Introdução: Quando os amigos de Jó ficaram sabendo que ele estava sofrendo luto, perdas e dores físicas, logo foram visitá-lo. Eles foram juntos com o propósito de “condoer-se e consolá-lo” (v.11) e realmente ficaram com dó de Jó quando “levantando eles de longe os olhos e não o reconhecendo, ergueram a voz e choraram”(v.12). Ficaram juntos com Jó em silêncio por sete dias (v.13), mas depois tentaram consolar seu amigo com argumentos próprios sem saber que se tratava de algo espiritual (Jó 1 e 2). Jó estava sozinho, até sua mulher estava descrente (Jó 2.9), então precisa de ajuda. A maior parte do livro de Jó é dedicada aos diálogos com seus amigos.
Você tem amigos?
Vamos refletir nas palavras dos amigos de Jó para reconhecer alguns tipos de amizade:
1- Elifaz e a EXPERIÊNCIA:
O primeiro amigo a falar foi Elifaz, o temanita por que era da região de Temã. O discurso de Elifaz é baseado na experiência de vida, relembrando exemplos bons da vida de Jó (Jó 4.3-4), bem como momentos ruins (Jó 22.7-10). Talvez Elifaz fosse o mais velho de todos ali, por isso foi o primeiro a ter direito à palavra. Os três discursos de Elifaz estão nos capítulos 4, 5, 15 e 22 do livro de Jó.
Note as palavras de Elifaz para seu amigo Jó quanto à experiência:
-Experiências do próprio Jó: Elifaz tenta lembrar seu amigo de situações que já tinha enfrentado e vencido, dizendo: “eis que tens ensinado a muitos e tens fortalecido mãos fracas. As tuas palavras têm sustentado aos que tropeçavam, e os joelhos vacilantes tens fortificado. Mas agora, em chegando a tua vez, tu te enfadas; sendo tu atingido, te perturbas” (Jó 4.3-5).  Além disso, diz que Jó teve outras oportunidades de ajudar outras pessoas, mas não fez (Jó 22.7-10) por isso estava precisando ser ajudado para sentir na pele a necessidade.
-Experiências de outras pessoas: depois Elifaz recorda Jó de fatos que ocorreram a outras pessoas: “lembra-te: acaso, já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam” (Jó 4.7-8). Se Deus é justo com outas pessoas também o seria com Jó. Também advertiu “queres seguir a rota antiga, que os homens iníquos pisaram?” (Jó 22.15), pois se Jó pecasse também seria castigado.
-Experiências de Elifaz: então começa a dizer sobre suas próprias experiências pessoas dizendo “quanto a mim, eu buscaria a Deus e a ele entregaria minha causa” (Jó 5.8) e chama atenção para seus conselhos “escuta-me, mostrar-to-ei; e o que tenho visto te contarei” (Jó 15.17). Sem saber a dor que havia em seu amigo, Elifaz acha que também já sofreu como Jó. Os conselhos de Elifaz são“reconcilia-te” (Jó 22.21) e “se te converteres” (Jó 22.23), mostrando-se como alguém que tem experiência com Deus.
As experiências de vida nunca podem ser desprezadas porque “a tribulação produz perseverança, e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Romanos 5.3,4). Mas as experiências de cada um são diferentes e até com uma mesma pessoa, as situações são diversas em cada momento.
Existem amigos, como Elifaz, que acham que ‘ele faz’, ou seja, baseiam em sua própria sabedoria e conhecimento achando-se superiores. Se você tem um amigo que se acha muito sábio, com ar de superioridade, este não é um verdadeiro amigo que se coloca, junto ou no lugar do próximo.
Procure amigos experientes, mas que sejam humildes!
2- Bildade e a VAIDADE:
O segundo amigo de Jó a tentar lhe consolar foi Bildade, o suíta, pois vinha da região de Suá. O argumento de Bildade era quanto às vaidades do mundo, mostrando a seu amigo que tudo passaria. Os três discursos de Bildade nos capítulos 8, 18 e 25 do livro de Jó mostram que se preocupava muito com as vaidades dos seres humanos.
Perceba os argumentos de Bildade:
-Vaidade do tempo: Bildade mostra que tudo passa “porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8.9). Faz também uma comparação com plantas que são belas, mas secam (Jó 8.11,12) e com uma teia de aranha que não tem firmeza (Jó 8.14-18). Lembra também que outras pessoas já viveram e sofreram tanto como Jó (Jó 8.8-10) e que tudo que estava vivendo iria passar rapidamente (Jó 8.7, 21,22).
-Vaidade das palavras: Bildade repreende seu amigo por falar demais “até quando falarás tais coisas? E até quando as palavras da tua boca serão qual vento impetuoso?” (Jó 8.2), pois para Bildade não adiantava ficar falando, mas sim confiar em Deus (Jó 8.5,6). Por isso chama atenção “até quando andarás à caça de palavras? Considera bem, e, então, falaremos” (Jó 18.2), achando que Jó estaria exagerando em suas palavras, embora na verdade estava apenas desabafando.
-Vaidade dos homens: Bildade defende a justiça Divina e afirma que o homem é pecador (Jó 25.1-6), injusto e merecedor de todo sofrimento, “por que somos reputados por animais, e aos teus olhos passamos por curtos de inteligência?” (Jó 18.3). Ainda fala quanto aos que são maus que serão frustrados se pensam que não têm castigo (Jó 18.5-10). Descreve o futuro de quem não confia em Deus dizendo que “tais são, na verdade, as moradas do perverso, e este é o paradeiro do que não conhece a Deus”(Jó 18.21). Com este argumento, Bildade diz que tanto os filhos de Jó pagaram pelos seus erros (Jó 8.4) como o próprio Jó era merecedor disso tudo.
O discurso de Bildade é muito sábio, quanto às doutrinas das Escrituras, mas são desprovidos de sentimento. Enquanto afirma que tudo passa, o tempo, as palavras e as intenções humanas, Bildade não reconhece a dor de seu amigo que a cada segundo é longo por causa de suas feridas e angústia. Jó precisava desabafar o que sentia e estava disposto a buscar a Deus.
Existem amigos que são como Bildade, uma verdadeira ‘beldade’, ou seja, falam palavras bonitas, porém não sentem o que estamos sofrendo. São pessoas que só pensam em si mesmas. Para eles mais vale o seu próprio eu e suas vaidades do que compartilhar o que vivemos.  Se você perceber vaidade, orgulho ou arrogância em uma pessoa saiba que esta não é uma amizade verdadeira.
Cuidado com amigos que são vaidosos!
3- Zofar e o LEGALISMO:
O terceiro amigo a falar com Jó foi Zofar, o naamatita, pois era da região de Naamá. O discurso de Zofar foi legalista. Acusou Jó de estar pagando pelos próprios erros. Não se importava com o sofrimento de seu amigo, preferindo assistir mais um julgamento Divino condenando-o por seus pecados. Os dois discursos de Zofar estão nos capítulos 11 e 20 do livro de Jó.
Percebe-se o legalismo nas palavras de Zofar:
-Legalismo da religiosidade: no primeiro discurso de Zofar, no capítulo 11, faz uma linda pregação sobre a bondade e justiça de Deus ensinando ‘verdades’ que Jó não saberia (Jó 11.1-4). Defende a sabedoria de Deus (Jó 11.5-10) e condena os pecadores como merecedores de castigo (Jó 11.11,12 e 20). Depois dá conselhos a Jó que se arrependa e volte a buscar a Deus (Jó 11.13-19).
-Legalismo das opiniões: Zofar se achava muito entendido e por isso falava baseado nas suas próprias opiniões “visto que os meus pensamentos me impõem resposta, eu me apresso” (Jó 20.2) e que “o meu espírito me obriga a responder segundo o meu entendimento” (Jó 20.3b). Para Zofar valia mais estar do lado certo, ou seja, com a razão, do que apoiar seu amigo.
-Legalismo de acusações: Zofar também argumenta que Jó era muito rico porque “oprimiu e desamparou os pobres, roubou casas que não edificou” (Jó 20.19) então não poderia continuar na prosperidade (Jó 20.15-18). Convicto disto, Zofar deseja toda sorte de castigos para Jó (Jó 20.20-28), dizendo que “tal é, da parte de Deus, a sorte do homem perverso, tal a herança decretada por Deus” (Jó 20.29). Para Zofar a justiça estava acima dos sentimentos.
Zofar parte do pressuposto de que Jó é injusto e está em pecado, esquecendo-se que também era pecador. O tom das palavras de Zofar mostra que sua religiosidade era a resposta para tudo.
Pessoas legalistas são insensíveis, não se importam com o sofrimento alheio e sempre encontram um motivo que justifique o que aconteceu. Para estas pessoas as causas justificam tudo, doa a quem doer. Um verdadeiro amigo socorre ao seu próximo e não lhe acusa ou deseja o mal. Se você conhece alguém que valoriza mais as normas e religiosidade do que a vida das pessoas, então não é um verdadeiro amigo.
Cuidado com amigos legalistas!
4- Eliú e a MISERICÓRDIA:
O último amigo que falou com Jó foi Eliú, que parece ter chegado depois, ou não foi citado antes porque era mais jovem que os outros (Jó 32.4 e6). Eliú era educado e esperou sua vez de falar (Jó 32.4,5), mas ficou nervoso “contra os três amigos, porque, mesmo não achando eles o que responder, condenavam a Jó” (Jó 32.3). Também se irritou com Jó por ter caído nas argumentações de seus três amigos tentando se defender pela sua própria experiênciavaidade e legalismo (Jó 32.2), pois isto seria auto justificar-se diante de Deus ao invés de buscar sua misericórdia. O longo discurso de Eliú está nos capítulos 32, 33, 34, 35,  36 e 37 do livro de Jó.
Eliú conduz a conversa para misericórdia:
-Misericórdia em vez de experiência: Eliú descobre que de nada adianta ter experiência de vida sem conhecer a misericórdia de Deus, pois antes “dizia eu: falem os dias e a multidão dos anos ensine a sabedoria” (Jó 32.7). Depois descobre que “os de mais idade não é que são mais sábios, nem os velhos, os que entendem o que é reto” (Jó 32.9). Não adianta falar muito porque “só gritos vazios Deus não ouvirá” (Jó 35.13), nem basear-se em conhecimentos humanos, mas buscar sabedoria em Deus“que nos ensina” (Jó 35.11). Eliú entende que quando o homem reconhece a grandeza de Deus e sua pequenez diante do Senhor então conhece a verdadeira sabedoria revelada por Deus (Jó 33.14,15).
-Misericórdia e não vaidade: Eliú reconhece suas limitações sentindo-se constrangido (Jó 32.18), mas declara que “não sei lisonjear” (Jó 32.22) e é humilde com “sinceridade do meu coração” (Jó 33.3). Reconhece como todos são pequenos diante de Deus e precisam se arrepender (Jó 34.19-23). Eliú descreve a soberania e perfeição de Deus acima de todas as coisas (Jó 36.24-33) e por isso todos devem se render ao Senhor (Jó 37.1-23), “por isso os homens o temem, Ele não olha para os que se julgam sábios” (Jó 37.24). Ao perceber a arrogância dos três amigos, vê que estavam mais preocupados em se mostrar sábios, do que em ajudar Jó.
-Misericórdia e não legalismo: Eliú não defende Jó nem seus amigos (Jó 32.15) e promete que “não farei acepção de pessoas” (Jó 32.21) colocando-se no mesmo patamar de pecador que os outros, “também sou formado do barro” (Jó 33.6). Chama atenção de Jó quanto às suas defesas mostrando que Deus é maior que tudo (Jó 33.8-13). Reconhece os livramentos de Deus (Jó 33.23-26) e que “tudo isto é obra de Deus” (Jó 33.29) com propósito para o bem e não para o mal (Jó 34.12-15). Eliú corrigiu Jó por se defender para não ser rebelde (Jó 34.37) se não reconhecesse a grandeza de Deus (Jó 35.1-7), que é bom dando sempre oportunidades (Jó 36.11) então precisava se confessar reconhecendo-se como pecador ao invés de se justificar (Jó 36.12-21). Eliú percebe que os três amigos de Jó o estavam condenando ao invés de ensinar sobre a misericórdia e perdão de Deus.
As palavras de Eliú foram como bálsamo, mesmo que confrontando o ambiente de auto piedade onde Jó tentava se condoer diante da insensibilidade de seus ‘amigos’. Enquanto Jó se justificava em vez de reconhecer a justiça de Deus, seus amigos, o condenavam em vez de ajudá-lo. A sabedoria de Eliú se destaca porque apresenta a Jó um Grande Amigo que é o Deus misericordioso e que pode mudar todas as coisas. Então Jó se lembrou “como fui nos dias do meu vigor, quando a amizade de Deus estava sobre a minha tenda” (Jó 29.4). O Deus que para Jó tinha se tornado um inimigo castigador e irado, agora se revela cheio de bondade e amor, graças ao ensino do jovem Eliú, que conhecia a misericórdia Divina.
Amigos como Eliú sempre chegam na hora certa, são sábios, respeitosos e acima de tudo colocam Deus em primeiro lugar. São pessoas que não se julgam superiores, nem melhores, mas procuram se colocar em nosso lugar. A palavra misericórdia significa ‘miséria do coração’ e tem o sentido de sentir a dor do outro.
Ao invés de julgar por nossa experiência pessoal, pela vaidade de se achar melhor ou condenar com legalismo é melhor fazer como Jesus disse “bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5.7).
Procure amigos que conheçam a misericórdia de Deus!
Faça amigos verdadeiros!
-CONCLUSÃOJó 42.10 “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra”
A vida Jó mudou depois que aprendeu a orar por seus amigos. Jó sabia que precisava de amigos verdadeiros, mas que acima de tudo dependia de Deus e que também deveria ser um amigo para seu próximo. Foi na sua angústia que Jó conheceu a verdadeira amizade, pois “ao aflito deve o amigo mostrar compaixão” (Jó 6.14) e mudou seu comportamento reconhecendo “eu sou irrisão para os meus amigos” (Jó 12.4).
Jó desabafou sua solidão quando viu que “todos os meus amigos íntimos me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim” (Jó 19.19). Somente quando esteve completamente só é que passou a buscar a Deus como amigo, pois “os meus amigos zombam de mim, mas os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus” (Jó 16.20). Então pediu a seus companheiros que reconhecessem seu sofrimento dizendo“compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim” (Jó 19.21).
Quando Jó se concertou com Deus passando a orar e ouvir a voz de Deus (Jó 38 e 39), confessando-se pecador (Jó 40.3-5) e ouviu Deus falar com ele de maneira poderosa (Jó 40.6-24 e 41.1-34). Por isso Jó reconhece que somente agora conhecia Deus como um verdadeiro amigo, porque “na verdade, falei do que não entendia, coisas maravilhosas demais para mim, coisas que não conhecia... eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42.3e 5). Agora Jó estava disposto a aprender a verdade (Jó 42.4) reconhecendo-se como pecador (Jó 42.6).
Entretanto chegou a hora de Jó ajudar seus amigos, porque “tendo o SENHOR falado estas palavras a Jó, o SENHOR disse também a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó” (Jó 42.7).  Então Jó orou por seus amigos ao invés de fazer como eles e começar a discutir quem estava com razão.
Amigo de verdade são aqueles que oram por você e com você. Não adianta ficar falando e argumentando. Os amigos de Jó foram sinceros enquanto ficaram em silêncio e choraram com Jó e também quando ficaram em silêncio (Jó 2.12,13). Mas verdadeiros amigos oram e colocam tudo diante do maior de todos os Amigos: JESUS!
Procure amigos de Oração!

Fonte: http://www.esbocosermao.com/

RENDA-SE À SEDE PELO SENHOR

Deveríamos nos tranquilizar e nos sentir encorajados quando Deus nos leva ao ponto em que não sabemos se rimos ou se choramos. Isso significa, pelo menos, que Deus está trabalhando em nós "tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele".

Quando você se rende à sede, não se importa mais com o que diz. Dirá: "Se eu somente puder tocar na bainha de seu manto... se eu puder ter um encontro com Ele". Se você chegar ao ponto de correr o ris­co de perder o controle da situação, a minha pergunta é: Por que tentar man­ter o controle? Quando você não sabe se ri ou se chora, você pode estar em uma boa posição.

E possível que a plenitude e o vazio existam lado a lado? Sim.
A profunda satisfação e a sede infinita podem coexistir em um coração? Sim.
Como podem a alegria e a dor almejar irradiar na mes­ma face, ao mesmo tempo?

Pergunte a Esdras, o sacerdote do Antigo Testamento. Ele sabia a resposta. Davi, o salmista, e Paulo, o apóstolo, também. Eles viviam constantemente neste estranho estado de tensão celestial entre o desejo consumidor e a satisfação esmagadora da presença dele.

Eu lhe asseguro que o avivamento verdadeiro não pode acontecer na ausência desses componentes. Devemos ser gratos por todas as coisas que Ele tem feito para nós (Ele não aceitará a ingratidão humana) e devemos ansiar por mais da sua presença manifesta. Ele é estranhamente atra­ído por nossa ansiedade e "apetite santo" por sua visita e presença manifesta.

No dia em que você se arrependeu se seus pecados e recebeu a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, pensou que tinha tirado "o máximo" de Deus para abastecê-lo para o resto da vida? Já disse antes, mas digo de novo: isso é como dizer que uma refeição irá sustentar todas as neces­sidades do seu corpo pelo resto da vida. Não irá. O dia da sua salvação foi somente o início de uma vida nova como um "novo filho".

Você precisa de constante exposição à Palavra, ao Espí­rito, ao povo de Deus, à igreja. A presença de Deus é o ar que nosso homem espiritual respira. Não foi em tom de brincadeira que Jesus se intitulou de "O Pão da Vida". Ele é verdadeiramente o nosso alimento, água, alegria, rocha e escudo, quem nos cura, nos liberta, redime, nosso pastor, grande sumo sacerdote, advogado. Precisamos enumerar mais coisas? Está claro que precisamos dele em todos os momentos da nossa vida.

Jesus disse: "pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma".  O que isso significa? Os ramos de uma videira são "gratos" por pertencerem à videira e à raiz. Mas, também têm necessidade de tirar mais e mais sus­tento da videira. Essa é a figura de Deus sobre a gratidão e a ansiedade ao mesmo tempo.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

JESUS NÃO FOI FORÇADO A IR A CRUZ, ELE FOI PORQUE QUIS, FOI POR AMOR.

Alguém já declarou que não foram os romanos que prenderam a Jesus na Cruz, não foram os Judeus, não foi Poncio Pilatos e nem o Rei Herodes, mas os nossos pecados. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. […]Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.” Is 53.5,10

Nenhuma criatura dos céus ou da terra poderia segurar a Jesus naquela cruz, mas ele se ofereceu, por livre vontade, para ser a expiação por nossos pecados. I Jo 2.2

O CRISTÃO QUE COMPREENDE A CRISTO AMA A CRUZ.
Ele entende que é por causa da cruz que ele paz e perdão dos pecados. Que o sangue nos purifica de todo pecado. I Jo 1.7

“Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.” Cl 1.19-20

“E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”Cl 2.13-14

“Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” I Pe 2.24

Pela cruz, isto é, pelo sacrifício de Cristo nos temos a paz com Deus, nós temos entrada no Santo dos Santos, nos fomos reconciliados, pela obra consumada na cruz.

A vida está na morte de Cristo, que representa a morte de todo aquele que nele crê. Assim estamos escondidos nele, para também ressuscitarmos com ele naquele glorioso dia. Se morro para mim mesmo, então vivo, se não morrer, antes desejar viver para o mundo, então só me resta a morte, a separação eterna de Deus.

A cruz diz não a nossa carnalidade, diz não ao nosso egoísmo, diz não ao nosso próprio interesse, e compreendendo e aceitando o não de Deus então é possível receber o seu sim. A cruz nos confronta e revela a nosso iniqüidade, nos leva ao local de morte, “fazei morrer”, diz o apóstolo, e quando ela está a nos matar, nos confrontando e expondo os nossos erros, então O vemos, e nele encontramos o nosso perdão, ele pagou o preço, então somos felizes.

O alívio que vem sobre nós, nenhum homem, nenhum objeto ou bem, nenhum prazer pode ser comparado a presença e a paz de Deus em nós.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

HÁ SALVAÇÃO MESMO NO LEITO DE MORTE

Há algumas pessoas que passam suas vidas inteiras ignorando Deus ou zombando dEle. Então, quando o evangelista Billy Graham foi perguntado por um cristão preocupado se Deus sempre tem um limite sobre o perdão, ou se a salvação também funciona no leito de morte, ele forneceu uma resposta honesta.

"Deus acolhe a qualquer um que sinceramente se volta para Ele em arrependimento e fé, mesmo no último minuto. A Bíblia diz: "Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento"(2 Pedro 3: 9)". Foi o que Graham publicou em seu site.

O evangelista quer que as pessoas lembrem-se da crucificação de Jesus e os dois criminosos que foram executados com Ele. Todos eles tinham horas para viver antes de enfrentar o julgamento de Deus na eternidade.

Um dos criminosos continuou a zombar de Jesus e não queria nada com ele, enquanto o outro expressou sua fé. Ele pediu a Jesus com humildade para salvar sua alma e lhe pediu que concedesse a vida eterna, e Jesus fez.

RESISTÊNCIA AO CHAMADO
Graham disse que Deus pode salvar qualquer um, salvo para aqueles que se recusam a ser salvos.

"Quando uma pessoa vira as costas repetidamente para Cristo, seu coração cresce mais e ele fica mais endurecido para Deus. Como resultado, torna-se mais fácil resistir ao chamado de Deus. Como um criminoso impenitente, eles estão em perigo se recusando a se converterem da sua obstinada incredulidade", disse.

Graham encoraja os cristãos a orar pelas pessoas que construíram barreiras contra Deus, bem como orar por força e sabedoria para tornar as pessoas que vão trazer aqueles que foram perdidos de volta para Jesus.

A arvore e o machado




O banner por si só já fala de uma forma bem clara e objetiva mas Deus quer falar com você portanto abra o seu coração e se prepare para o sobrenatural...
É difícil sabermos que muitas vezes somos feridos por aqueles q estão tão próximos, que são tão "AMIGOS"...
Muitas vezes quem nos machuca é o mesmo que a tempos atrás comeu no nosso prato.
Isso dói mas nos conforta saber que Deus até deixa o machado nos ferir mas sempre terá esperança até para a árvore cortada!
Assim está escrito em Jó 14.7

Que venham os machados pois temos um Deus que nos fortalece, que nos ajuda e nos faz entender o quão maravilhoso Ele é.

Religião. Religiões. Laicidade



No estilo profético peremptório que lhe era particular, André Malraux declarou que o nosso século seria religioso ou não seria. Morreu cedo de mais para assistir já neste começo de outro século não só ao que, em termos mediáticos, se designa como "o regresso de Deus", ou o triunfo do religioso, mas à proliferação de inumeráveis seitas — aos olhos dos cultos tradicionais — que congregam à sua volta tanto ou maior fervor que as chamadas religiõesestabelecidas. Parece que assistimos à ressurreição dos comportamentos que assinalaram os últimos tempos ainda gloriosos e cosmopolitas do Império Romano. Os mesmos que viram a emergência de uma nova Religião cujo triunfo espiritual, cultural e simbó­lico iria imprimir, primeiro ao espaço romanizado do Mediterrâneo, depois à Europa inteira, mais tarde aos domínios por ela influenciados, uma presença tendencialmente universal, expressão do carácter simbolicamente trans-étnico da sua mensagem, tal como São Paulo a precisou.
Embora muitos destes novos movimentos se reclamem ou pretendam situar-se na órbita do Cristianismo ou sejam a manifestação de uma sensibilidade e exigência espiritual de inspiração cristã e mesmo católica — como o movimento carismático —, não é esta vinculação a nota surpreendente e insólita, no horizonte da cultura europeia, desse bem mais vasto e espectacular "regresso do religioso". A surpresa é que esse famoso "regresso" — mesmo se pode ser lido quer como mero revivalismo quer como autêntica renovação da prática religiosa numa Europa que, ao mesmo tempo, glosa sem cansaço não só a "morte de Deus", como o mais genérico desencantamento do mundo —, qualquer que seja o seu conteúdo, traduz-se, sobretudo, na implantação e sucesso de religiões históricas, longamente ignoradas ou combatidas no interior do espaço e da cultura europeias. Tal é o caso do islão, trazido pela emigração magrebina e de outros cultos, tão alheios à Europa que só a título de exotismo eram aludidos, como o budismo. André Malraux, que viveu sempre fascinado pelo Oriente sob o modo da "tentação" e pelo seu tipo de religiosidade sincretista, veria, sem dúvida com bons olhos, este museu imaginário de crenças substituindo a secular tradição europeia não só de umareligião dominante mas exclusiva e, por assim dizer, inerente à identidade europeia.
Deixando de lado o fenómeno de moda — "Deus está na moda", "Cristo está na moda" —, o que só por si denota a extensão e a fundura da desertificação religiosa no espaço europeu (ou fora dele), o actual panorama de pluralismo religioso ou de potencial ecumenismo (um pouco forçado, diga-se de passagem...) só foi e é possível pelo facto de a cultura europeia se ter tornado, ao longo de um processo milenário, uma cultura tendencialmente laica. Laica não apenas como expressão histórica paradigmática da separação e, em seguida, autonomia do temporal e do espiritual, mas como lógica consequência da essência mesma do Cristianismo. Só no interior da cultura europeia, como sobredeterminada pelo Cristianismo, o conceito de laico e laicidade tem sentido. Pouco ou nenhum, fora dela.
A Lembrança da história do Cristianismo — em particular na sua forma cató­lica —, deixando de lado a sua versão polémica ou amarga, à maneira de Voltaire ou Sören Kierkegaard e, com maioria de razão, a linhagem daqueles que o impugnaram como Schopenhauer, Nietzsche ou Heidegger — poderia levar a ver nesta afirmação de uma genealogia cristã da laicidade um paradoxo de pouca relevância. Todavia, não só numa mera perspectiva dialéctica — o que nasce contra provém de onde nasce —, mas no da consideração da essência mesma do Cristianismo, o paradoxo nada tem de chocante. A laicidade é uma resposta, de algum modo, hipercristã, ao processo, na aparência incontível, de objectivação da mensagem cristã. Quer dizer, à metamorfose do Cristianismo em poder espiritual com efeitos na ordem do político, do jurídico, do ético e mesmo do metafísico,dogmaticamente formulados e historicamente encarnados. Não se trata, meramente, para empregar uma célebre fórmula ele Charles Péguy, da degradação do místico em político. É mais do que discutível que o Cristianismo seja uma mística, embora haja, naturalmente, uma mística cristã. É mesmo mais do que discutível que o Cristianismo seja uma religião,no sentido antigo e clássico do termo ciceroniano de religare, embora fosse esse o que, exceptuando o horizonte da teologia negativa, se impôs culturalmente. A religio, segundo Cícero, denota a dependência, o laço que ata o homem a Deus. Mas, de algum modo, esse laço não ata menos Deus ao homem. O Cristianismo está aquém ou além desta mútua interdependência. O nome de "Pai", dado a Deus, não é uma mera antropologização destinada a nomear o que não tem nem pode ter nome — como se fosse "criado" pela nossa nomeação —, mas a pura metáfora do sentimento de pura gratuidade que é a essência do laço que não nos ata a Deus — e muito menos Deus a nós — mas nos desata de todo o império da necessidade. Deus não é a nossa "propriedade", nem nós a de Deus. Na medida em que a "religião" cristã nas suas expressões históricas foi vivida, pregada, imposta como dever de amor a Deus (que como todo o amor não se impõe), a resistência a essa apropriação — a essa privatização — de Deus corresponde à vivência mesma, à realizaçãosingular do Cristianismo.
Na medida em que a "laicização" da cultura europeia não faz mais do que obedecer a essa inspiração, a laicidade, não só por paradoxo formal, mas por essência, exprime uma exigência religiosa. E não deixa de ser profunda a famosa boutade, "sou ateu graças a Deus", aplicada à laicidade. Mas todos sabemos que o histórico discurso laico na Europa — sobretudo na sua versão francesa — é um subproduto da cultura anticlerical quando, na verdade, devia ser o contrário. Equivocada ou excessivamente "formatada", como se diz hoje, a laicidade, ao menos negativamente, é "religiosa", por excesso de exigência religiosa. Mas com mais verdade por esquecimento da exigência de gratuidade do que é a essência mesma do Cristianismo.

https://www.publico.pt/mundo/noticia/religiao--religioes--laicidade-1728654

A Verdadeira Religião Cristã

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“A história da religião acompanha a história da humanidade. Onde estiver o ser humano, aí estará, igualmente, a religião”. Imagem: Reprodução/OBomSamaritano
Existem temas e assuntos que devem ser explanados para uma maior compreensão social e um destes é a religião. Não apenas por ser um assunto que é motivo potencializador para inúmeros estudos e discussões em vários âmbitos sociais, mas pela ausência de conhecimento deste tema fundamental na história das civilizações. O presente artigo traz uma abordagem introdutória sobre a história da religião e oesclarecimentoda referência da verdadeira religião pelo autor da epístola universal de Tiago, registrado no Novo Testamento da Bíblia.
Sabendo da existência de inúmeras matrizes religiosas no mundo e acreditando na pesquisa de antropólogos, arqueólogos e outros estudiosos do assunto, os quais afirmamque não existe povo sem deus, como Buns, Azevedo e Carminati (2007, p.71) que comentam este assunto ao descrever: “Pelo que se sabe, todos os povos creem que há uma parte do homem que não é física, corporal. Essa outra parte pode receber o nome de “alma”, “espírito”, “respiração”, “sombra”, etc.; é alguma coisa além do físico, transcendental”.
O doutor Champlin, ao discorrer sobre a presença da religião em todos os povos (2002, p. 638), descreve que: “A história da religião acompanha a história da humanidade. Onde estiver o ser humano, aí estará, igualmente, a religião”. O doutor Paine (2008, p. 2) comenta que: ” Assim, uma vez que a religião é um fenômeno virtualmente universal na história humana e em todo o globo habitado…”.
A religião é expressão da cultura e costumes dos povos, tão presente e necessário como outros elementos essenciais para a vida, mas explicamos de antemão  que este trabalho não visa aborda esta multiplicidade de credos, ensinos e ritos de vários costumes e tradições de grupos, povos e tribos com o espiritual ou o transcendente, mas na questão da origem do termo e da perspectiva cristã apresentada por Tiago, em sua epistola Universal, em que  a religião tem a expressão e seu significado apresentado com clareza e propriedade sobre  qual é a verdadeira religião.
  1. Sobre Religião – História e Etimologia.
Os estudos sobre religião sempre foram tema das ciências humanas e da natureza, sejam pesquisadores, filósofos, professores, cientistas, físicos, teólogos, clérigos etc.,mas, no sentido clássico, esta palavra religião sempre teve a conotação do ser humano e sua relação com o sagrado.
O doutor Paine (2008, p.2) comenta que: ” No entendimento clássico, lembro, a título de exemplo, os escritos de Tomás de Aquino, os quais discorriam que existiria uma única religião, mas não no sentido de uma única fé ou igreja, ou de um único credo ou culto. Existiria uma disposição da vontade humana, como homo religiosus, que encontramos, ou deveríamos poder encontrar, em todos os seres humanos. Seria uma disposição de se posicionar de uma certa maneira para com o sagrado. Porém, segundo o entendimento clássico, essas “formas diferentes” não seriam diferentes religiões, somente atos e manifestações exteriores da única propensão humana que é a religião”.
A palavra religião é extremamente divulgada nos veículos de comunicação, livros, escolas, universidades, igrejas, locais de cultos etc. A definição desta palavra com sua origem e significado é bem antigo, no português.Segundo Champlin (2002, p. 637) ” A palavra portuguesa religião vem do Latim, religare, < religar>, <atar>. A aplicação básica dessa palavra é a ideia de que certos poderes sobrenaturais podem exercer autoridade sobre os homens, exigindo que eles façam certas coisas e evitem outras, forçando-os a cumprir ritos, sustentar crenças e seguir algum curso específico de ação”.
Ao abordar sobre o tema religião e o desafio de buscar uma explicação que tenha uma aceitação ampla no meio acadêmico, o doutor McGrath (2005, p. 604) descreve que: “Parece haver ao menos um mínimo de consenso em torno da ideia de que religião, qualquer que seja sua definição, envolve, de certo modo, crenças e comportamentos que são vinculados ao domínio sobrenatural de entes espirituais ou divinos”.
A religião está presente na história da humanidade, sejam povos das montanhas, vales, florestas, desertos ou dos mares, o fenômeno religioso é instrumento de construção social de todos os povos, a religião não apenas tem a capacidade de “religar o ser humano ao divino” fazendo-o servir ao que é considerado sagrado, mas em sua essência é ação motivadora que une pessoas e povos, fazendo-os renegar suas diferenças por uma vivência fraterna e espiritual na relação com Deus.
Na contemporaneidade, muitos cristãos, em sua maioria protestantes e pentecostais, por desconhecerem sobre o que é religião, fazem afirmações que o cristianismo não é uma religião, ou que aquela ou aquele que é cristão não é religioso, mas é impossível ser cristão sem ser religioso, o doutor Paine (2008, p. 2) discorre que: “ O termo latinoreligio, para os romanos antigos e também para os europeus ocidentais da Idade Média…Era uma virtude e não uma manifestação cultural. O termo latino também foi empregado para traduzir a palavra grega threskeia no Novo Testamento (Atos 26, 5; Tiago 1, 26-27), que tem esse mesmosentido de respeito para com Deus.
O autor da epistola universal de Tiago nos apresenta esta perspectiva da religiãocristã, o qual   nos é repassado o cristianismo verdadeiro, revelado em suas obras. Produção literária que perpassa as perspectivas espirituais como uma relação apenas pessoal, mas a vivência espiritual em uma afinidade social, da prática cristã, em amar, cuidar e renegar o sistema mundano.
 A Verdadeira Religião é Esta
             A epistola de Tiago foi escrita com a finalidade de orientar os Cristãos a respeito de situações que eram e são pertinentes para a comunidade cristã, questões estas que foram necessárias naquela época e são na atualidade, por se tratarem de temas desafiantes para a igreja em seu seio e na sua relação com o mundo.

Tiago escreve no capítulo primeiro e versículos vinte e seis e vinte e sete sobre ser religioso e a religião pura e imaculada.Fazendo menção da edição em Português de João Ferreira de Almeida de 1995 (1995 – CPAD) e do texto do Novo Testamento Interlinear Analítico do Texto Majoritário com Aparato Crítico Grego – Português (2008, P. 849) comentaremos estes versículos.
O primeiro conceito que o autor trata é “se alguém se julga religioso”, inúmeras passagens nos ensinos do Novo Testamento é denotada a questão do verdadeiro cristão, que este é conhecido pelos frutos ou pelas obras (Mt 12.33;Tt 1. 16; Ef 2.10; 1º Jo 2.6; Tg 2. 14 – 26). Como pode se julga por si mesmo, se os frutos só sabem quem os prova ou consome e as obras por aquele que vê ou recebe?
O autor continua o excelente texto de ensino sobre o verdadeiro religioso destacando sobre o que não refreia sua língua, pois se existe um membro no corpo que revela o verdadeiro religioso este é a língua. O texto sagrado já diz: “ Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. ” (Mt 12.34). Tiago, mencionando anteriormente sobre a língua, diz que: Assim também é a língua, é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas…” (Tg 3.5).
Pelas palavras, o verdadeiro cristão revela sua comunhão com Deus, pois, por toda sua vida, sua boca é fonte de água que emana da fonte Divina, suas palavras são de bênçãos e pela sua língua são pronunciadas palavras de paz e vida.
Ao concluir o versículo, Tiago diz que o que “Engana seu coração”, referindo-se que o que usa a língua como instrumento de maldade, este engana-se a si mesmo, sendo a religião que professa vã, ou seja, é a “religião dele mesmo”, do antropocentrismo, do orgulho e da mentira.
Ao iniciar a descrição da verdadeira religião, Tiago já afirma que “ a religião pura e imaculada para com Deus, o Pai…” O autor descreve a religião, assim como João diz: “ A verdade”, este agora diz: “A religião”, então assim como existe a verdade, mesmo que alguns doutores de filosofias vãs neguem a Verdade absoluta, o Cristão sabe que em Cristo está a verdade, que é absolutamente suficiente para transformar e salvar vidas.
Em seguida, Tiago diz: “esta é”, quando ele faz tal afirmação, o escritor aborda oque pode ser visto, pois o pronome esta, é um pronome demonstrativo, usado na gramática para fazer referência a um termo próximo ou futuro, Tiago reafirma o que é a verdadeira religião, fazendo referência a este tema, apresentando os seguintes apostos: Cuidar dos órfãos e das viúvas e guarda-se da corrupção do mundo.
Sendo assim, claramente se observa que ser Cristão é ser religioso, e todo Cristão faz parte da verdadeira religião, que se apresenta em três virtudes: “Cuidar dos órfãos”, na antiguidade, órfãos eram vendidos caso a família ou o pai tivesse dívidas (2º Rs 4.1), ou eram feitos escravos, pois crianças são vulneráveis, seja em qualquer época, caso uma criança se perca dos responsáveis, o máximo que fará é chorar, pois não tem força, consciência e noção das responsabilidades da vida.
O cristianismo é identificado pela responsabilidade de cuidar dos oprimidos, abandonados, que nada podem fazer, apenas choram, então o cristão é instrumento de Deus para enxugar as lágrimas, gerar alegria, proteger e cuidar de suas vidas, ensinando quais os preceitos de Deus, para que assim a criança cresça na graça e no conhecimento.
Em seguida, Tiago menciona “e das viúvas”, o Espirito de Deus inspirou o autor do texto sagradopara tratar deste tema tão essencial na igreja cristã, as viúvas do mundo antigo morriam de fome, por isso o Eterno orienta que se alimente as viúvas e os próprios apóstolos são atentos a esta palavra (Dt 10. 17 – 18; Dt 24. 17 – 21; Dt 27. 19; Is 1.17; At 6.1). Tiago,citando este texto à memória, traz uma mensagem contra o preconceito, abandono, egoísmo e injustiça.
Pois a mulher também é sofredora de abusos e maus tratos na sociedade, pois se a mulher sofre acompanhada, como será o sofrimento daquela que perdeu marido e até filhos, vivendo a terrível dor da morte dos seus entes queridos e do abandono e exclusão social, sendo então papel da Igreja cuidar destas mulheres, alimentá-las, fornecer-lhes abrigo e está presente junto as suas necessidades emocionais.

Por fim, Tiago diz que o verdadeiro religioso deve “guarda-se da corrupção do mundo”, não deixar corromper pelo mundo, mas ser um humano que imita os preceitos de Cristo, que segue a mensagem de ser santo, não defraudar, mentir, enganar ou ceder às paixões da carne. Não cedendo ao sistema corrupto que domina este planeta, a ideia de que os fins justificam os meios, onde o hedonismo é a prática de grande parte da população que vive corrompida pelo pecado.
Pois o Cristão é ligado a Deus, por isto que Tiago é usado pelo Senhor para mostrar que ser religioso é vivenciar a virtude de servir ao que transcende o nosso entendimento e nos faz transcender nossas vontades pelo amor ao Eterno. Champlin (2002, p. 424),comentando sobre Tiago,descreve que: “ … A intenção do autor sagrado foi boa. Ele queria que soubéssemos (e nisso estava com a razão), que opiniões corretas sobre as verdades cristãs não são suficientes; deve haver uma vida espiritual vital, pois, do contrário, a fé estará morta”.
CONCLUSÃO
Compreende-se que o Cristianismo descrito por Tiago está além das palavras, mas é vivenciado em sua essência quando os atos falam mais que as palavras proferidas nos sermões, quando as pregações se materializam na vida cotidiana e na fraternidade da obra eclesial, entendemos que a fé cristã é a religião que Cristo viveu, ensinou e deixou. Para, assim, aqueles que decidem pela fé serem cristão revelem pelas obras a fé no Cristo Jesus que viveu a religião pura e imaculada.
A fé cristã só pode ser plena se houver o cumprimento prático do amar a Deus sobre todas as coisas, pois assim o ser humano vence a corrupção do mundo, ao escolher amar a Deus, ele não tem relação com o sistema mundano, logo todo sentimento egoísta e ganancioso é superado pelo amor ao próximo como a si mesmo e o servo de Cristo trilha o Caminho para a eternidade, por Viver a Verdade que o faz ter a Vida abundante, por ele ser um verdadeiro religioso.

REFERÊNCIAS
Donald, C. Stamps.Biblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 1995.
Gomes, Paulo Sergio e Olivetti, Odayr. Novo Testamento Interlinear Analítico Grego – Português – Texto Majoritário com Aparato Crítico. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.
Champlin, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. São Paulo:Editora Hagnos, 2002. Volume 5.
Champlin, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. São Paulo: Editora Hagnos, 2002. Volume 6.
Paine, Scott Randall. Temas em Ciências da Religião, ed. Cícero Bezerra, Sergipe: Editora – UFS, 2008. Primeiro Capítulo – Religião e Religiões: Uma questão só de Gramática?
McGrath,Alister E., Teologia sistemática, histórica e Filosófica: uma introdução a teologia cristã. Shedd Publicações: São Paulo, 2005.
Burns, Bárbara, Azevedo, Décio, Carminati, Paulo Barbero F. de.,Costumes e Culturas Uma introdução à Antropologia Missionária. São Paulo: Vida Nova, 1995.

http://www.jmnoticia.com.br/2016/04/14/a-verdadeira-religiao-crista/