Uma das inovações tecnológicas do novo século foi o surgimento das imagens em três dimensões (3D). Apesar de ter sido inventada há bastante tempo, somente nas últimas décadas conseguiu alcançar o desempenho desejado. Apesar da terceira dimensão não ser real, sendo apenas uma ilusão de ótica, ela é capaz de oferecer melhor qualidade nas imagens, tornando-as mais próximas da realidade. Existiu um homem na história antiga, para ser mais preciso setecentos anos A. C., que teve uma visão fenomenal que muito se parece com a descrição desta imagem em três dimensões.
Quanto mais se aproximam os dias da volta de Cristo para buscar os seus, mais urgente se torna o papel a ser desempenhado pela sua Igreja na terra. Para que ela possa cumprir a sua missão é mister que ela tenha uma visão diferenciada, ou melhor, ampliada.
Isaías é considerado o profeta messiânico pelas inúmeras vezes que preanunciou a vinda de Cristo. A igreja contemporânea tem muito a aprender ainda com este grande homem de Deus. No capitulo seis do seu livro ele narra uma experiência incrível que teve com o Senhor. Uma visão que abrangia três distintas dimensões. São estas dimensões que a igreja precisa alcançar nos últimos dias do fim.
A Igreja não pode ficar acomodada nos templos esperando pelos pecadores.
Primeiro, a imagem da sua visão possuía altura. Ele vira o esplendor de Deus. Teve a sua própria experiência com o Eterno. A igreja precisa marchar em direção aos mais terríveis desafios que estão avante não baseadas apenas no que está escrito ou em experiências vividas por outros no passado ou presente. Quanto maior for a altura da imagem maior será o seu alcance, significa que quanto maior for o grau de intimidade desta igreja com o seu Noivo, maiores serão as áreas a serem impactadas por ela e maior será a sua eficácia. (Jó 42.5, 2Tm. 1.12).
Segundo, a imagem da sua visão tinha profundidade, ao ser confrontado pela santidade de Deus, ele fechou os olhos para o exterior. Fez um autoexame. Sabia que para ir adiante precisava estar preparado. Precisava passar pelo olhar misericordioso, porém, puro do Espírito Santo, dizendo-lhe sede santo assim como Eu o sou. A santidade para a Igreja não é algo opcional é condicional e Ela só conseguirá chegar neste estagio a partir do momento em que olhar corajosamente para dentro de si mesma. Quanta sujeita, ciúmes, inveja, sentimentos egoístas, mediocridade, maledicências, falta de compaixão e amor podem ser detectados, coisas que se tornam obstáculos para o agir do Senhor. Para ser tocada assim como Isaías foi, é necessário que esta Igreja enxergue a si mesma de forma corajosa. Identifique onde precisa mudar e se arrependa, deixando ser tocada também pela brasa viva do sublime altar do Pai.
Terceiro, a imagem da visão do profeta tinha largura, ele viu a humanidade perdida que precisava também experimentar desta mesma graça.
A Igreja não pode ficar acomodada nos templos esperando pelos pecadores. Tendo apenas experiências, buscando alimento e cura para si mesma. A sua visão não pode ter apenas altura (ver a Deus) e profundidade (ver a si mesma). Estas duas primeiras partes da visão deverão levá-la a uma terceira dimensão tão importante quanto as anteriores, o mundo perdido onde milhões de pessoas estão sendo sentenciadas ao inferno a cada minuto num caminho sem volta. A visão em 3D que a igreja precisa ter não deve ser um fim em sim mesmo, mas a oportunidade de, assim como Isaías, responder afirmativamente e convictamente diante de um chamado imperativo: Envia-nos Senhor a todas as nações para que o teu Reino venha sobre nós.
Juvenal M. de Oliveira Netto
Coordenador da EBD da PIB de São Pedro da Aldeia – RJ
Coordenador da EBD da PIB de São Pedro da Aldeia – RJ
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