Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O MAIS IMPORTANTE HISTORIADOR ROMANO DO TEMPO DOS CÉSARES FALA SOBRE JESUS


O historiador romano Cornélio Tácito, nascido no ano 55 e falecido no ano 120 
depois de Cristo, consultou durante muitos anos os documentos existentes
 nos arquivos do Senado Romano, e quando já dispunha de um farto 
material, escreveu dois livros: um, intituladoHistória, e outro, intitulado
 Anais. 

     A importância deste último livro e a autoridade do historiador são
 hoje reconhecidas no mundo inteiro. No 15º livro dos Anais, a partir do 
parágrafo XXXVIII, Tácito começa a narrar o terrível incêndio que quase 
destruiu totalmente Roma no ano 64 d.C.

     Após descrever magistralmente o sinistro, o historiador diz que 
entre os escombros fumegantes, em meio às centenas de cadáveres e 
milhares de pessoas chorosas e desabrigadas, começou a se espalhar a 
notícia de que fora o próprio Nero que mandara incendiar a grande capital 
do Império Romano. 


Nero ateou fogo em Roma e culpou os cristãos

     Além do mais, durante o 
incêndio, alguém tinha visto 
Nero tocando sua lira e cantando
 um hino cuja letra falava da
 destruição, também pelo fogo, 
da antiga cidade de Tróia. 
À luz da metrópole devorada 
pelas chamas, o sanguinário

 imperador Nero delirava de
 satisfação diabólica! Um murmúrio 
de vingança começou a se espalhar entre o povo.

     Ao saber que a suspeita pesava sobre seu nome, e temendo que a multidão 
se revoltasse e marchasse contra ele para matá-lo, Nero, o imperador 
incendiário, “mandou então abrir o campo de Marte, os monumentos de Agripa,
 e até os seus próprios jardins. Armaram-se barracas às pressas para
 recolher a gente mais pobre; mandaram vir de Óstia e outros municípios 
vizinhos todos os móveis necessários; regulou-se a venda do pão pelo
 preço mais baixo”. (Anais. Parágrafo XXXIX). 

     Após citar outras frustradas tentativas de Nero de acalmar e tapear o povo, 
Tácito escreveu as seguintes palavras conclusivas e de imenso valor para
 nós, pois fazem referência à existência dos cristãos primitivos e, principalmente,
 faz menção de Jesus Cristo:

Cristãos sendo mortos
e incendiados por ordem
de Nero no Coliseu Romano  

     “Mas nem todos os socorros humanos, nem as
 liberalidades do imperador, nem as orações e 
sacrifícios aos deuses podiam diminuir o boato
 infamatório de que o incêndio não fora obra do
 acaso. Assim Nero, para desviar de si as
 suspeitas, procurou achar culpados, e castigou 
com as penas mais horrorosas a certos homens
 que, já dantes odiados por seus crimes, o 
vulgo chamava cristãos.

     “O autor desse seu nome foi Cristo, que no governo de Tibério foi 
condenado ao último suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. A sua perniciosa
 superstição, que até ali tinha estado reprimida, já tornava a alastrar-se não 

só por toda Judéia, origem deste mal, mas até dentro de Roma, aonde todas as
 atrocidades do Universo, e tudo quanto há de mais vergonhoso vem enfim acumular-se, e sempre acham acolhimento. 
 

Leões sendo soltos para devorar
cristãos no Coliseu Romano

      "Em primeiro lugar se 
prenderam os que confessavam 
ser cristãos, e depois, pelas denúncias
 destes, uma multidão inumerável, os
 quais, além de terem sido 
acusados como responsáveis pelo
 incêndio, foram apresentados como
 inimigos do gênero humano.
     “O suplício destes miseráveis
 foi ainda acompanhado de insultos, 
porque ou os cobriram com peles de
 animais ferozes para serem devorados pelos cães, ou foram crucificados, ou os 
queimaram de noite para servirem como archotes e tochas ao público.

     "Nero ofereceu os seus jardins para este espetáculo, e ao mesmo tempo

 dava-se os jogos do Circo, misturado com o povo em trajes de cocheiro, ou .
guiando carroças. Desta forma, ainda que culpados e dignos dos últimos suplícios,
 mereceram a compaixão universal por se ver que não eram imolados à utilidade
 pública, mas aos passatempos atrozes de um bárbaro.” (Tácito.Anais. Tradução
 de J.L. Freire de Carvalho. W.M. Jackson Inc. Rio de Janeiro. 1950. pp 405-409).

MULHER DA ALTA SOCIEDADE ROMANA DO TEMPO DE NERO
 ACEITA 
JESUS COMO SALVADOR 
     O interessante é que, além desse preciosíssimo e assombroso
 testemunho sobre a existência histórica de Cristo deixado por esse mundialmente
 conceituado historiador romano, Tácito deixou também em seu livro Anais
 outro importante registro relacionado com o cristianismo, quando falou do
 julgamento de uma mulher pertencente à alta sociedade romana, chamada 
Pompônia Grecina. 
 

Pompônia Grecina

      Essa mulher foi acusada de ter passado a 
fazer parte do número de pessoas que 
praticavam “uma superstição importada”. Hoje,
 sabemos que essa “superstição importada” 
não era outra coisa senão o cristianismo. 

     Além do mais, foram descobertas nas 
Catacumbas de Roma inscrições datadas do 
século III, fazendo referência à família 
Pompônia (gens pomponia), com vários de
 seus membros convertidos ao cristrianismo.

     Numa sociedade apodrecida pelo pecado,
 amante de inúmeros vícios e propagadora da degradação em todas as 
camadas sociais, a súbita mudança no comportamento de Pompônia Grecina
 causou espanto a todos os que a conheciam. Ora, que força, que motivo, que 
poder haveria de mudar completamente o comportamento de uma mulher depravada
 da Corte de Nero, senão a poderosa e transformadora atuação de Jesus Cristo
 no mundo romano, cuja mensagem evangélica havia sido recentemente levada
 para lá pelos primeiros cristãos? 

     Eis o importante registro de Tácito, cujo olhar de historiador não teve 
penetração suficiente para ver na mudança de comportamento daquela mulher
 um sinal de sua conversão ao cristianismo; viu tão-somente naquela mudança
 um luto pela morte de Júlia, filha de Druso:
     “Pompônia Grecina, dama da alta sociedade (esposa de Aulo Plácio, que fez
 jus, como já mencionado, à vocação com sua campanha contra a Grã-Bretanha),
 foi acusada de aderir a uma superstição importada; o próprio marido a 

entregou; segundo precedentes antigos, apresentou aos membros da família
 o caso que envolvia a condição legal e dignidade da esposa. 

     "Esta foi declarada inocente. Pompônia, porém, passou a transcorrer sua
 longa vida em constante melancolia; morta Júlia, filha de Druso, viveu ainda
 quarenta anos trajando luto e fartando-se de tristeza. Sua absolvição,
 ocorrida em dias de Cláudio (Nero), veio a ser-lhe motivo de glória.” 
(Anais. Livro XIII. Parágrafo XXXII. Citamos o texto reproduzido por 
Henry Betenson, em Documentos da Igreja Cristã. Trad. Helmuth Alfredo 
Simon. Aste. São Paulo. 1967. P.26).

SUETÔNIO E O I TROCADO PELO E NO NOME
 DE CRISTO 

     Outro historiador romano que fez duas importantes referências históricas
 a Jesus Cristo foi Caio Suetônio Tranquilo (69-141 d.C.). Ele foi, ao mesmo
 tempo, militar e escritor.
 

A Vida dos Doce Césares, de Suetônio

       Ingressando na vida política, tornou-se 
senador. Nas horas vagas, Suetônio 
dedicava-se à pesquisa histórica, ao estudo 
dos costumes romanos, e como produto
 de suas pesquisas escreveu oito livros, dos 
quais só um chegou até nós: A Vida dos
 Doze Césares. Neste livro, Suetônio
 afirma que o imperador Tibério “expulsou
 de Roma os judeus que viviam 
amotinados por incitamento de Cresto”.
(A Vida dos Doze Césares. Trad. Sady 
Garibaldi. Atena Editora. São Paulo. 
3º Ed. 1950.) 

     Ora, esses judeus eram os primeiros 
cristãos; eles haviam abandonado o judaísmo após aceitarem a pregação dos
 apóstolos, e Cresto não era outro senão Cristo. Não muito bem 
informado acerca do cristianismo, o historiador Suetônio escreveu erradamente
 o nome de Cristo, e supunha que o próprio Jesus (e não os apóstolos) estivera
 pessoalmente em Roma, “influenciando” os cristãos a se entregarem à prática
 de uma religião contrária ao paganismo romano.

     Essa expulsão registrada por Suetônio ocorreu nos dias do imperador Tibério
 Cláudio Druso, e coincide com o que ficou registrado em Atos 18.2: “Lá (Paulo)
 encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado 
da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos
 os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles.”

     Ao falar sobre a vida do sucessor de Tibério, que não foi outro senão o satânico 
.Nero Cláudio César, Suetônio torna a fazer referência aos cristãos 
(e indiretamente, ao originador dos cristãos, Jesus Cristo), confirmando assim
 o que já havia sido registrado por Tácito. Diz Suetônio que, sob o reinado 
de Nero, “aos cristãos, espécie de homens afeitos a uma superstição nova e
 maligna, infligiram-se-lhes suplícios.” (Idem, p.280).

     Todos esses documentos, apresentados até agora são mais do que 
suficientes para fazer silenciar todas as satânicas insinuações de que Jesus 
Cristo nunca existiu. Que mito, que fantasma, que figura lendária seria capaz 
de levar milhares de pessoas a morrerem por não negarem o seu nome? Os
 judeus ou cristãos daquela época teriam criado uma lenda, a fim de morrerem
 por ela? De modo algum. 

     A impressão, as marcas e a fé que Jesus deixou em suas almas tornaram-se 
cada dia mais vivas, e ninguém as conseguiu apagar. Tentativas não faltaram, 
como a do governador da Bitínia, cidade da Ásia Menor, autor da terceira fonte
 de referência histórica aos cristãos (e, consequentemente, a Jesus Cristo, 
pois não teriam surgido os cristãos se Cristo não tivesse sido uma pessoal real,
 histórica). Esse governador chamava-se Plínio, o Moço. 

PLÍNIO, GOVERNADOR ROMANO, FALA SOBRE OS 
CRISTÃOS 

    No ano 112 d.C., o político romano Plínio, o Moço (62-113) (ele era conhecido
 como “o Moço”, pois havia um Roma outro Plínio, o Velho, seu tio) enviou 
uma carta ao imperador romano, Trajano, pedindo-lhe orientações quanto ao 
tratamento que deveria dar aos cristãos que estavam sendo perseguidos e 
presos na região onde ele, Plínio, governava.

     Ora, naquela região viviam os “eleitos que são forasteiros da Dispersão no 
Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”,a quem Pedro destinou sua primeira 
.epístola (1 Pedro 1.1). Devido à sua importância para a história do Cristianismo
, e por ser um documento pouco conhecido pelos evangélicos brasileiros, 
transcreveremos a carta de Plínio integralmente, reproduzindo-a conforme ela
 se encontra no livro As Grandes Cartas da História, de autoria de M. Lincol 
Shuster (Trad. Manuel Bandeira. Companhia Editora Nacional. Rio de Janeiro, 
1942. pp.37-39):
     “Adotei, senhor, como regra inviolável recorrer às vossas luzes em todas as 
minhas dúvidas; pois quem mais apto a remover os meus escrúpulos ou a guiar-me 
nas minhas incertezas do que vossa pessoa? 
     "Nunca tendo assistido aos julgamentos de cristãos, ignoro o método e os
 limites a serem observados no processo e punição deles: se, por exemplo, 
alguma diferença deva ser feita com respeito à idade ou, ao contrário, nenhuma 
distinção se observe entre o jovem e o adulto; se o arrependimento admite
 perdão; se a um indivíduo que foi cristão aproveita retratar-se; se é punível a 
mera confissão de pertencer ao cristianismo, ainda que sem nenhum ato criminoso,
 ou se só é punível o crime a ela associado. Em todos esses pontos tenho grandes
 dúvidas.
 

Estátua de Plínio, o Moço

      “Por enquanto, o método por mim 
observado para com aqueles que me foram 
denunciados como cristãos tem sido o seguinte: 
pergunto-lhes se são cristãos; se confessam, 
repito duas vezes a pergunta, acrescentando 
uma ameaça de punição capital; se 
perseveram, mando executá-los; pois estou
 convencido de que, qualquer que seja a natureza
 do seu credo, uma obstinação contumaz e inflexível certamente merece 
castigo. Outros fanáticos dessa espécie me têm sido trazidos que, por serem 
cidadãos romanos, remeto para Roma. 

     “Essas acusações, pelo simples fato de estar sendo o assunto investigado,
 começaram a estender-se, e várias formas do mal vieram à luz. Afixaram um 
cartaz sem assinatura, denunciando pelo nome grande número de pessoas. 
Aqueles que negaram ser ou ter sido cristãos, que repetiram comigo uma invocação
 aos deuses e praticaram os ritos religiosos com vinho e incenso perante a vossa 
estátua(a qual para este propósito mandei buscar juntamente com as dos deuses), 
e finalmente amaldiçoaram o nome de Cristo (o que não se pode arrancar de nenhum
 verdadeiro cristão), julguei acertado absorver.

     “Outros que foram denunciados pelo informante confessaram-se a princípio 
cristãos, depois o negaram; de fato, haviam sido cristãos, mas abandonaram a 
crença (uns faz três anos, outros há muito mais tempo, sendo que alguns há
 cerca de vinte e cinco anos). Todos prestaram culto à vossa estátua e às imagens
 dos deuses, e amaldiçoaram o nome de Cristo.

     “Afirmaram, contudo, que todo o seu crime ou erro se reduzia a terem se 
encontrado em determinado dia antes do nascer do sol, cantando então uma
 antífona (pequeno versículo cantado, antes ou depois de um salmo) como a um 
Deus, ligando-se também por solene juramento de não cometer más ações, e de 
nunca mentir e de nunca trair a confiança neles depositada; depois do que, era 
costume se separarem, e então se reunirem novamente para tomarem em 
comum algum alimento – alimento de natureza inocente (inofensiva).
     “Todavia, até esta última prática haviam abandonado após a publicação do
 meu edito, pelo qual, de acordo com as vossas ordens, proibira eu as reuniões 
políticas. Julguei necessário empregar a tortura para ver se arrancava toda a 
verdade de duas escravas chamadas diaconisas. Nada, porém, descobri, 
senão excessiva superstição.
     “Julguei por isso de bom aviso adiar qualquer resolução nesta matéria, a 
fim de pedir o vosso conselho. Porque o assunto merece a vossa atenção,
 especialmente se se levar em conta o número de pessoas em risco: indivíduos
 de todas as condições e idades, e dos dois sexos, estão e serão envolvidos no
 processo. Pois esta contagiosa superstição não se confina nas cidades somente, 
mas espalha-se pelas aldeias e pelos campos. 
     "Todavia parece-me ainda possível detê-la e curá-la. Os templos, pelo menos,
 que andavam quase desertos, recomeçaram agora a ser frequentados, e as
 solenidades sagradas, após uma longa interrupção, são de novo revividas; e há 
geral procura de animais para os sacrifícios, para os quais até bem pouco
 tempo poucos compradores apareciam. Por aí é fácil imaginar a quantidade de 
pessoas que se poderão salvar do erro, se deixarmos a porta aberta ao 
arrependimento.”

     A importância desta carta como documento sobre as origens do cristianismo
 é reconhecida por todos os historiadores da Igreja, e vem sendo citada 
pelos escritores cristãos, desde o tempo do apologista de Tertuliano e o historiador 
Eusébio de Cesaréia. 

      Sem ter sido esta a sua intenção, através desta carta, o governador Plínio
 nos forneceu um grandioso testemunho da propagação do cristianismo já no início
 do Século II. É um precioso documentário sobre a fé e a maneira como se reuniam 
em culto, e como eram perseguidas as primitivas comunidades cristãs.

     As dificuldades que nossos irmãos da Igreja Primitiva enfrentavam em todas

 as regiões dominadas pelo Império Romano eram tremendas. Além de serem 
acusados de ateus(!) por não cultuarem os deuses romanos, três outras grandes

 acusações pesavam sobre os cristãos: a de praticarem infanticídio (assassinato
 de crianças), canibalismo (comer carne humana), e incesto (relação sexual 
entre parentes). Um apologista cristão daquela época, chamado Atenágoras, 
escreveu no seu livro Legação em Favor dos Cristãos: “Somos acusados 
de três coisas: ateísmo, comermos nossos próprios filhos e haver entre nós
 relações sexuais entre filhos e mães.”

A RESPOSTA DO IMPERADOR TRAJANO 


Imperador Trajano

     O interessante é que esta carta de Plínio não ficou 
sem resposta. O imperador Trajano, que reinou de 98 a 117,
 respondeu a carta de Plínio, aconselhando o Governador da
 Bitínia a agir com prudência no trato com os cristãos. Eis a
 resposta do Imperador, conforme se encontra no livro 
Documentos da Igreja Cristã(p.30):
     “No exame de denúncias contra feitos cristãos, 
querido Plínio, tomaste o caminho acertado. Não cabe 
formular regra dura e inflexível, de aplicação universal. 
Não se pesquise. Mas se surgirem outras denúncias 
que procedam, aplique-se o castigo, com essa ressalva 
de que se alguém negar ser cristão e, mediante a adoração 
dos deuses, demonstrar não o ser atualmente, deve ser perdoado em 

recompensa de sua emenda, por muito que o acusem suspeitas relativas ao 
passado. Não merecem atenção panfletos anônimos em causa alguma; além 
do dever de evitarem-se antecedentes iníquos, panfletos anônimos não
 condizem absolutamente com os nossos tempos.”
     Se Cristo não tivesse sido uma pessoa real, histórica, estas duas cartas não 
existiriam hoje, pois não haveria cristãos no mundo para motivá-las. 

O IMPERADOR ADRIANO DEMONSTRA PREOCUPAR-SE COM A 
SITUAÇÃO DOS CRISTÃOS 

     De 117 a 138, o Império Romano teve Adriano como imperador. Durante o seu 
reinado, esse soberano fez duas referências aos cristãos. A primeira delas foi em 
uma carta que ele dirigiu a Minúcio Fundano, que por volta do ano 125 d.C. era
 proconsul na Ásia. 
 

Imperador Adriano

      Em sua carta, Adriano deu instruções ao
 proconsul sobre a maneira como deveriam ser 
tratados os cristãos, que em todas as
 regiões dominadas pelo Império Romano 
continuavam sendo denunciados, perseguidos,

 presos, e muitos deles mortos. Eis a carta, 
conforme foi divulgada pelo historiador 
Eusébio no capitulo 9 do livro IV de sua
 Historia Eclesiástica:
     “Elio Adriano Augusto, a Minúcio Fundano,
 proconsul, saúde. Recebi cartas dirigidas a mim por Serênio Graniano, varão 
esclarecido, teu antecessor. Certamente parece-me que este assunto não deve 
ser tratado de qualquer maneira, sem um exame criterioso, para que os cristãos 
não sejam perturbados, e para que não se dê aos delatores ocasião de caluniar.

     "Portanto, se os habitantes das províncias podem se fazer presentes em seus
 processos judiciais contra os cristãos, de tal modo que respondam diante do tribunal, 
procurem unicamente que não se use de petições e clamores. Porque será muito mais
 justo que tu descubras se alguém está só com a intenção de acusar. Se alguém 
denunciar os cristãos e provar que eles têm agido contra a lei, toma uma decisão
 contra os acusados conforme a gravidade do delito. Mas se, conforme estou 
suspeitando, o acusador pretender unicamente caluniar, tu lançarás mão dos
 meios para castigar (o acusador), conforme a gravidade do crime.”

     Foi uma atitude muito justa da parte desse imperador! Oito anos depois, 
Adriano tornou a fazer referências a Jesus e aos cristãos, quando escreveu ao
 cônsul Serviano. Adriano disse em sua carta que os egípcios eram pessoas 
superficiais, pois da mesma forma que trocavam Serápide (divindade egípcia)
 por Cristo, tornavam a trocar Cristo por Serápide.

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