O termo “profeta” tem recebido nos dias atuais um atributo discordante do real sentido das escrituras e tem trazido não pouco dissabor as comunidades. Na sua etimologia trata-se de um porta voz, alguém que uma vez escolhido, recebe o dom de um relacionamento íntimo com Deus (YHWH), tornando-se anunciador da palavra que Ele desejou anunciar ao mundo.
Quando no ápice de sua revelação esta palavra se completou, a tarefa do profeta recebe um novo sentido. Entenda, quando Deus estava ainda anunciando o conteúdo da sua vontade para que estivesse registrado em palavras, ele se revelava ao seu escolhido ao qual anotava e transmitia ao povo, apenas lembrando, a Bíblia tem mais de quarenta autores (escolhidos). Hoje o papel do profeta continua o mesmo, anunciar a vontade de Deus expressa em sua palavra, que hoje está registrada num livro chamado Bíblia Sagrada. Quando alguém, uma vez tendo compreendido esta palavra, anuncia a sua interpretação ele faz o papel de profeta.
Difere-se da revelação, que se trata de um momento exclusivo e especial, onde segundo a sua soberania e majestade, Deus revela um fato ou acontecimento a um determinado servo, ao qual tem a missão e o fardo de anunciar na íntegra. Exige muita análise e cautela, pois jamais uma revelação virá sem pressuposto bíblico, é papel também do profeta analisar a revelação, pois esta jamais seguirá sem o background da santa palavra.
http://doutorhermeneutica.blogspot.com.br/2016/11/o-profeta-e-revelacao.html
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