No século 14 a.C., um dos maiores líderes da história de Israel fez seu último discurso desafiador. Depois de ser fiel ajudante de Moisés, Josué aceitou a incumbência divina de conduzir o povo de Israel na chegada e conquista da terra prometida aos seus antepassados, os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Durante toda sua carreira, Josué foi fiel ao Senhor e dedicado à sua nação. No final da sua vida, ele desafiou a próxima geração a aprender da história e olhar para o futuro, tomando boas decisões. Frisou o papel e a responsabilidade do povo em ouvir as instruções divinas e seguir sua lei. Desse discurso, registrado em Josué 24, aprendemos uma série de considerações importantes para tomar boas decisões.
Uma boa decisão considera o passado (Josué 24:1-13). Josué traçou a história do povo desde o pai de Abraão até a geração que conquistou a terra. Os antepassados adoraram falsos deuses, mas Deus separou Abraão e seus descendentes – Isaque, Jacó e seus descendentes. Pelas mãos de Moisés e Arão, Deus tirou o povo da escravidão no Egito, e lhe deu vitórias sobre os povos que Israel enfrentou no caminho para a terra prometida. Afinal, Deus lhe deu a terra prometida quando expulsou os povos que habitaram nela antes, assim demonstrando sua superioridade sobre todos os “deuses” dos outros povos! Josué frisou a importância dessa história para as decisões futuras dos israelitas. Precisavam lembrar donde vieram e como chegaram nessa terra preparada pelo Senhor.
Uma boa decisão considera o presente (Josué 24:13-18). Quando Josué falou, no final da sua vida, o povo habitava seguramente na terra dada por Deus. Agora, serviriam ao Senhor que lhes concedeu esta terra, ou procurariam os falsos deuses que os residentes anteriores serviam? A escolha sensata seria servir a Deus, o único verdadeiro e capaz de lhe dar estas vitórias, rejeitando os “deuses” vencidos. Para decidir bem, precisavam olhar ao seu redor e perceber quem estava com eles e quem teria poder para cuidar dessa nação.
Uma boa decisão considera o futuro (Josué 24:19-20). Com base na fidelidade de Deus no passado e no presente, eles teriam como pensar no futuro. Se os israelitas forem desobedientes, como os residentes anteriores da terra, seriam rejeitados e castigados por Deus. Para continuar sua comunhão com Deus, precisavam ser um povo santo e dedicado a ele.
Uma boa decisão considera as evidências sobre Deus. O argumento principal deste capítulo se baseia no caráter de Deus – ele é santo, poderoso, zeloso e justo. Nossas decisões devem começar com Deus, e não conosco. A chave é buscar a vontade dele, e não a nossa. Jesus frisou esse fato no seu ensinamento (Marcos 8:34; João 14:23).
Uma boa decisão considera os destinos (Josué 24:14-15). Josué 24:15 é, provavelmente, o versículo mais conhecido desse livro: “Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” Qual foi o destino daqueles que serviam deuses estranhos (24:14-15)? Os ídolos conseguiram dar a vitória para os egípcios ou para os amorreus? Servir aos falsos deuses leva à destruição. E o destino daqueles que confiam no Senhor? Considere a história! Saíram do Egito, venceram os inimigos no caminho, expulsaram os moradores da terra e tomaram posse da terra prometida! Seria loucura servir aos falsos deuses vencidos!
Uma boa decisão requer compromisso (Josué 24:15,24-27). Josué lançou o desafio e chamou a nação de Israel a assumir o compromisso de fidelidade. Ele frisou a natureza desse compromisso com as palavras aliança, estatuto e testemunha.
O discurso de Josué não é unico. Moisés frisou a mesma escolha uma geração antes (Deuteronômio 30:15-20). 1.400 anos depois, Jesus pregou sua mensagem e nos chamou à tomar a mesma decisão (Mateus 7:13-14). Seguir a Jesus envolve um compromisso do mesmo caráter, a promessa de guardar tudo que Jesus nos ensina (Mateus 28:19-20). Temos uma base sólida para escolher, mas Deus deixa a opção com cada um de nós. Quando se trata da escolha de servir ou não ao Senhor, a decisão é sua!
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