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2 Crônicas 32:1-8
Nestes dois anos que tenho me dedicado no ministério família, tenho observado o caminho em que muitas famílias têm trilhado. O adversário tem conseguido infiltrar-se em muitos lares trazendo grandes desgraças, destruindo relacionamentos, que até então eram maravilhosos, saudáveis e duradouros; transformando-os em relacionamentos frios, distantes, sofridos e etc.
Sempre me pergunto o porquê de tantas famílias sofridas e de tantos casais vivendo infelizes, maquinando o divórcio sem pensar nas consequências. E pude entender que tudo isto acontece porque muitas famílias estão desprotegidas, com brechas abertas, dando total liberdade para o adversário entrar e realizar suas obras, que o evangelho de João 10.10, menciona: “ele veio para roubar, matar e destruir”. E me conscientizei de que preciso proteger minha família, e que à semelhança de Neemias em Jerusalém, preciso começar a construir muros; muros de proteção, muros que mostrem que existe um proprietário que cuida, que se esforça para que o melhor esteja em meu lar...
Meditando neste tema, recordei-me de determinada vez quando estive ministrando em minha igreja sobre posicionarmos como valente em favor de nossa família, baseado em 2Sm 23:11 e 12; mas, uma coisa é defender seu campo de lentilhas como um campo aberto, outra coisa seria defendê-lo em outras condições, com o campo cercado, ou murado. Creio que isto facilitaria nossa batalha e ao mesmo tempo nos daria mais condições de vitória.
Porque um arraial, uma cidade, um terreno é murado (cercado)? Logicamente para demonstrar para todos que o avistarem, ou até mesmo aqueles que o almejarem, que aquela propriedade pertence a alguém, que conseqüentemente zela por tal. Porque em cantares de Salomão 4:2 a igreja é simbolizada como um Jardim fechado? Entendemos que é para termos a idéia de que ela pertence à Ele; que é Ele quem zela por ela.
Quando falamos em construir muros estamos falando em: demarcar um território pertencente a alguém; dificultar a ação ou ataque inimigo; proteger aquilo que nos pertence. Quando medito sobre este tema, falo sobre não deixar brechas para que o adversário entre em nossa família, lar, vida conjugal, em nossos filhos...; nem ele e nem terceiros, que são as causas de divórcios, que são as causas de filhos desencaminhados...
COMO EDIFICAR UM MURO AO REDOR DE MINHA FAMÍLIA?
1) DEIXE DEUS SER O ENGENHEIRO, O ARQUITETO, O PROJETISTA:
Deixe Deus ser o Senhor de sua casa, de a primazia para Ele em tudo. Reconheça que você simplesmente é o um administrador de um bem que a ti foi confiado (no caso a família). Que Ele é quem tem de estar à frente desta empreitada (Sl 127); MT 7:24-27 os dois alicerces
“Coloque seu lar nas mãos de Deus; busque a vontade de Deus para seu lar, para sua família (Tg 4:13-15)”.
2) ALICERÇANDO MEU RELACIONEMNTO NO AMOR:
Nenhum casamento permanece se não estiver fundamentado no amor. [interesse financeiro, paixão pela aparência, influência de amigos (ou de pais)] não são fundamentos firmes para um relacionamento duradouro; a paixão dura poucas semanas, mas o amor permanece. 1Cor 13.
Existem casais que não vivenciam o amor,...
OBS: “No início do relacionamento o amor leva a práticas surpreendentes; porém, depois são essas práticas que sustentam a permanência do amor”.
“ Jovens cuidado com o julgo desigual!!!”
3) USE SEMPRE DA VERDADE NO SEU RELACIONAMENTO:
Isto criará um vínculo de confiança muito grande, evitará questionamentos desnecessários, evitará ciúmes doentios, evitará desconfiança; a verdade será um muro contra a dúvida que permeteia a mente de muitos casais. Agora, quando o casal usa de mentiras, e um dos dois descobre, é criado uma brecha para o adversário entrar.
4) HONRE SEU CÔNJUGE, HONRE SEUS FILHOS:
Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher... 1Pd3:7
Algumas maneiras para honrar sua mulher:
a- Aprenda a arte de colocá-la num pedestal. Conquiste o coração de sua esposa tratando-a com respeito, ternura e a mais alta estima.
b- Valorize suas realizações.
a- Aprenda a arte de colocá-la num pedestal. Conquiste o coração de sua esposa tratando-a com respeito, ternura e a mais alta estima.
b- Valorize suas realizações.
c- Fale com ela respeitosamente. Sem cuidadosa atenção, a língua pode se tornar cáustica e acusadora.
d- Honre sua mulher continuando as cortesias usuais.
5) TENHA UM RELACIONAMENTO EMBASADO NO RESPEITO:
Respeito do esposo para com a esposa (vice e versa), respeito em relação aos filhos...
“Às vezes tratamos pessoas estranhas com respeito e educação, porém esquecemos de tratar de igual modo os de nossa casa.”
6) PROCURE SEMEAR BOAS SEMENTES NO SEU RELACIONAMENTO:
Se quisermos colher bons frutos em nossa família, precisamos semear boas sementes. Queres ser amado? Trate com amor; queres ser respeitado? Trate com respeito; queres carinho? Sejas carinhoso; queres atenção? Sejas atencioso,...
Gal 6:7 - Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
II Coríntios 9:6 - E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
7) TENHAM JUNTOS MOMENTOS DE ORAÇÃO:
Tudo que dissemos seriam como tijolos na construção; esse momento seria a massa o pedreiro.
a- É necessário manter um tempo de oração individual a cada dia. Mas orar sozinho não é suficiente para um casal.
b- Quando oramos juntos nosso poder na batalha espiritual aumenta exponencialmente (Lv26:8) “cinco de vós perseguirão a cem, e cem dentre vós perseguirão a dez mil; e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós”.
CONCLUSÃO:
a- Procure sempre levantar muros mais altos que puderem: (2Crô 33:14) Manassés depois de um concerto com Deus levantou muros ainda mais altos...
b- Nunca esqueças que a ausência de muros facilitará a penetração do adversário; seria o mesmo que entregar a vitória em suas mãos (tudo se torna vulnerável; suas riquezas, seu bens, seus patrimônios e etc.) Ez 38:11
c- Somente no milênio não será necessário muros em volta de Jerusalém. Zc 2:5
d- Enquanto isto fiquemos no vrs de 2Cr 32:7;“ Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele.”
Fonte: http://fortalecendoafamilia.blogspot.com.br/2011/10/edificando-um-muro-ao-redor-de-minha.html
Um comentário:
Confissões de um mendigo
Quando nasci, tive enxoval todo azul e o quarto decorado com figura dos heróis favoritos da época. Parecia um conto de fadas. Toalhas, fraldas, lençóis e fronhas tinham monograma com iniciais do nome escolhido: Júnior.
Após a gestação, acompanhada pelos melhores médicos, cheguei amparado e mimado pela família inteira. Mesmo inconsciente do tamanho da festa, fui crescendo, dominando o espaço, invadindo o território dos outros. Eu era o centro de tudo.
Ao perceber a importância que me davam, muito superior à necessária, comecei a fazer todo tipo de chantagem para ter mais, lucrar mais. Cada erro meu era motivo de briga na família, porque a maioria ficava do meu lado, inclusive, meus pais. Quem ousasse me criticar ou dar um conselho era riscado do mapa.
Na adolescência, jcom o vigor de um corpo jovem, saudável e bonito, abusei do excesso de mordomias. Não fiz por menos, queria tudo. Não me contentava com nada e a plateia batia palmas e se contorcia para fazer minhas vontades, cada vez mais extravagantes.
Bem jovem ainda comecei a beber nas festas da família e fui mergulhando no álcool, com o incentivo da turma de amigos. Em casa, nenhuma resistência, levavam tudo na brincadeira. Como eu não percebia o perigo, fui seguindo no mesmo ritmo. Fracassei nos estudos e perdi a vontade de estudar. Perdi o ano, saí da Escola e nem por isto recebi qualquer tipo de orientação, nenhuma advertência, nada. Todos tinham medo de me aborrecer.
A idade foi aumentando, as forças diminuindo e não conseguia emprego. As doses de bebida foram se multiplicando. Comecei a beber durante o dia e, quando não me davam dinheiro suficiente, furtava de qualquer pessoa dentro de casa: aí sim, fui aborrecendo um por um. Perdi o direito de viver com minha família e, numa das voltas, embriagado, sujo, encontrei a porta fechada. Dormi na rua a primeira noite e não me atrevi a tentar novamente entrar em minha casa, continuei na rua.
Hoje, não me sinto com forças para reagir. Sou a pessoa mais fraca do mundo, mais sozinha, mais triste. Vivo procurando pães velhos e migalhas de comida na porta de bares e restaurantes. Não sei por onde andam meus pais. Com vergonha de mim, mudaram-se da cidade. Talvez encontre algum parente, mas eles fingem que não me vêem, com vergonha. Ninguém chega perto de mim para estender a mão, porque seria muito trabalhoso cuidar de uma criança que se perdeu na cortina social das políticas sociais e se escondeu no filó azul da educação mal orientada.
Ivone Boechat
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