“Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.” (Mateus 6.9)
A oração é uma das mais importantes expressões de nossa espiritualidade e da fé que abraçamos. Ouvir uma pessoa orando fala muito sobre sua fé e sobre seu Deus. Mesmo sendo parte da mesma igreja e abraçando a mesma religião, algumas vezes a nossa fé e nosso Deus não são os mesmos. Quem está certo? Jesus nos ofereceu uma oração para, entre outras coisas, servir de parâmetro para nossa fé e nossa oração. Para que no nosso Deus seja o Seu Deus e a nossa religião não seja um desvio. Já se passaram mais de dois mil anos desde a vinda de Jesus e antes dele já havia ideias sobre Deus e orações sendo feitas. Ele veio consertar as coisas e nos dar a oportunidade de criticar nossa fé, nossa oração e “avaliar” o nosso Deus. Segundo Jesus, a primeira coisa é entendermos o tipo de relação que devemos ter com Deus.
Jesus ensinou que aquele que crê deve olhar e buscar a Deus como um Pai. Não se trata de um juiz ou de um rei para quem a forma, tantas vezes, importa mais que o coração. Deus não se impressiona com os ritos e formalidades. Ele vê o coração para responder à petição, como se canta no hino. Trata-se de uma relação de amor, de pertencimento: somos Seus filhos em Cristo Jesus. E como Seus filhos, transmitimos informações sobre quem é esse nosso Pai. Por isso, disse Jesus na oração, “santificado seja o teu nome”. Que, ao relacionarem-se conosco, diante de nossas atitudes e valores de vida, outros saibam quem Tu És. Que transmitamos uma boa imagem de quem És! O Evangelho não cabe em sentenças e afirmações: ele precisa de uma vida para ser anunciado. Chamar a Deus de Pai envolve honrar Seu nome diante dos homens sendo uma expressão viva do Evangelho de Jesus de Nazaré.
A fé cristã é para ser encarnada e não encenada. Ela não é para ritos e liturgias apenas. Ela exige atitudes e protagonismo. Ela não nos convida a desistir da vida, sublimar as dificuldades, mas engajar-se na história e enfrentar as lutas. Tudo de um jeito cristão, inspirado por Jesus. Um cristão deve ser na vida uma boa imagem para Deus. Nossas orações falam muito sobre nossa fé, mas não tanto quanto nosso comportamento, o modo como lidamos com problemas, tratamos as pessoas. O tipo de cônjuge, pai, mãe, filho, amigo, patrão, empregado… enfim, o tipo de pessoas que somos. Não é o domingo que declara aos outros quem é o nosso Deus, mas a segunda-feira e os demais dias. Não o que fazemos no templo, mas como vivemos a vida. “Pai, santificado seja o teu nome!”
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