Os amalequitas, povo nômade, que vivia de pilhagem, se opuseram ao povo de Deus quando ele vinha do Egito depois de libertado pela ação poderosa do Senhor. Esse fato está registrado no livro de Êxodo, capítulo 16.8-16. Israel derrotou os amalequitas numa batalha em que Moisés fez uma intercessão a Deus pelo povo, com o auxilio de Arão e Hur.
No versículo 14 de Êxodo 16, encontramos um decreto de Deus em que Ele disse que riscaria Amaleque do mapa, pelo mal que fizera a Israel.
Depois de aproximadamente 400 anos chegara o dia de juízo sobre esse povo. Deus escolhera Saul, o primeiro rei de Israel, para ser o instrumento desse juízo. O fato está registrado no livro de 1 Samuel 15.1-3. A ordem terrível de Deus era para que todos os amalequitas e tudo que lhe pertencia fossem destruídos (1 Sm 16.3).
Saul organizou a campanha de guerra e Deus lhe entregou os amalequitas e ele os destruiu. Mas, infelizmente, Saul obedeceu em parte às ordens de Deus, pois poupou o melhor do rebanho de Amaleque e poupou também o seu rei, Agague.
Ao voltar Saul da peleja, Deus mandou o profeta Samuel encontrar-se com ele para transmiti-lhe Sua insatisfação por ter ele obedecido parcialmente a Sua vontade. Samuel disse a Saul, o seguinte: “… Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” 1 Sm 15.22,23.
A sentença de Deus sobre Saul, por causa do seu pecado de desobediência, foi ter ele sido rejeitado e ter perdido o direito de ter sucessores de sua família ocupando o trono de Israel.
Tratando-se ainda do pecado de Saul, foi porque ele obedeceu parcialmente uma manifestação da vontade de Deus para a sua vida. Deus mandou destruir tudo dos amalequitas, inclusive o povo, e Saul poupou o rei e o melhor do seu rebanho.
Quando Samuel o arguiu ele disse que tinha poupado o gado para ser usado como oferenda ao Senhor, nos cultos celebrados por Israel. Isso deu ensejo a Samuel de dizer-lhe que Deus tem mais prazer em que a Sua vontade seja obedecida do que em sacrifícios que lhe são oferecidos.
Deus é um ser pessoal e tem uma vontade que é revelada nas Sagradas Escrituras, e que deve ser obedecida por todos, especialmente por aqueles que professam a fé em Cristo. Essa vontade, disse Paulo, é boa, perfeita e agradável. (Rm 12.2).
É preciso que levemos a sério a questão da vontade de Deus, pois o pecado de desobediência é comparado ao pecado de feitiçaria, conforme revelado por Samuel, o profeta. “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria”.
O que dá prazer a Deus não é tanto as celebrações ou os cultos que apresentamos a Ele, mas em que obedeçamos em tudo a Sua santa vontade. O ideal é que as nossas celebrações ao Senhor sejam misturadas com um profundo sentimento de obediência aos mandamentos de Deus, revelados nas Sagradas Escrituras.
A Bíblia nos diz que Deus abomina as celebrações realizadas pelo seu povo, quando essas são misturadas com a iniquidade, com o pecado (Leia Malaquias capítulos 1 e 2).
Portanto, procuremos em tudo fazer a vontade de Deus para as nossas vidas, inclusive aquela que trata sobre a santificação. “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” 1 Pe 1.15.
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