“...Os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela cidade”.(At,8.3-8)
Nós vivemos num tempo extremamente desafiador. As pessoas falam de igrejas vivas, dinâmicas, criativas, inovadoras e impactantes, mas nem imaginam o quanto é desafiador ser igreja de Cristo numa geração de mudanças radicais como a nossa. Essas pessoas não conseguem perceber que o tempo em que estamos vivendo é de grandes perseguições, ainda que invisíveis.
A cada dia tem sido difícil para a Igreja Evangélica do século XXI sobreviver numa sociedade hostil que não acredita mais numa verdade absoluta, na inerrância e nem na infalibilidade da Bíblia; que questiona a existência do Deus Eterno, que duvida da divindade de Jesus, que zomba da existência do Espírito Santo, que ignora ou nega a existência de satanás e do reino das trevas.
Tem sido difícil para a Igreja encarar uma sociedade cética, cansada de religião e desconfiada dos paradigmas, que julga a nossa pregação mero fanatismo religioso, que não aceita idéias de céu e de inferno e que repudia o conceito bíblico de juízo final.
Estamos vivendo numa época desafiadora sim, porém, de grandes oportunidades. A igreja da nossa geração está sendo desafiada a mostrar: que Deus não morreu, que o Senhor Jesus ainda salva e que o Espírito Santo regenera, santifica e encoraja as pessoas que querem testemunhar o evangelho santo do reino dos céus.
Para que a Igreja sobreviva neste tempo será importante analisarmos três lições importantes do texto lido.
I – UMA IGREJA VIVA NÃO PERDE A SUA CONSCIÊNCIA DE MISSÃO
1. Uma igreja só pode ser viva se for relevante.
A igreja Primitiva era viva porque abençoava a sociedade do seu tempo e alcançava a sua geração com a pregação da Palavra de Deus.
2. No verso 3 diz que a Igreja Primitiva estava debaixo de uma perseguição cerrada, que Saulo de Tarso estava assolando a igreja de Cristo, perseguindo os crentes e prendendo muitos deles na prisão.
3. No verso 4 diz que houve uma grande dispersão da Igreja Primitiva por causa da perseguição, contudo, ela não perdeu a sua consciência de missão porque a palavra de Deus era anunciada sem interrupção.
4. No verso 5 diz que Felipe foi à cidade de Samaria e lá pregava a Cristo. Isto significa que o centro da pregação da Igreja precisa ser a pessoa, o poder e a obra de Cristo.
Qual tem sido o centro da nossa pregação? Jesus tem sido o centro da pregação das igrejas da nossa geração?
II – UMA IGREJA VIVA É INSTRUMENTO DOS MILAGRES DE JESUS
1. Vivemos numa geração que acredita na sorte, porém não ousa crer em milagres da parte do Deus vivo. A missão de uma igreja direcionada pelo Espírito Santo, em nossos dias, é pregar a Palavra de Deus com conhecimento e consciência de missão, com a convicção, poder, ousadia e autoridade espiritual, mesmo debaixo da perseguição cultural, religiosa, política ou social.
2. No verso 5, o texto diz que Felipe pregava a Cristo e no verso 6 existe a confirmação de que as multidões da cidade prestavam atenção unanimemente na sua pregação. E por quê?
Porque à medida que ele pregava a Palavra de Deus, o Espírito Santo se manifestava através dele libertando as pessoas escravizadas pelos poderes das trevas
3. Quando o centro da pregação da igreja for a pessoa, a obra, o poder e a autoridade de Jesus Cristo milagres acontecerão: pessoas serão salvas, regeneradas e santificadas para honra e glória do Senhor Jesus; pessoas serão curadas de doenças físicas, emocionais e espirituais; crianças, homens e mulheres serão libertos de qualquer obra de demônios. Será que ainda acreditamos nisto?
III – UMA IGREJA VIVA É MOTIVO DE ALEGRIA PARA O MUNDO
1. Uma igreja de Cristo só é motivo de alegria para o mundo quando é relevante. Igreja relevante prega, discípula, ensina, dá testemunho do poder de Deus e se dedica a beneficência.
2. O verso 8 ensina que havia grande alegria na cidade de Samaria. Mas, qual o motivo de tanta alegria? porque à medida que o nome de Jesus era pregado, o Espírito Santo confirmava as palavras de Felipe com sinais e prodígios.
3. Havia alegria grande em Samaria porque à medida que Felipe apresentava a pessoa de Cristo àquela multidão, os demônios eram desafiados e confrontados, e as pessoas escravizadas por eles eram libertadas para honra e glória do Senhor Jesus (releia o verso 7).
Você já desejou ser um instrumento de Deus para libertar pessoas oprimidas por satanás
4. Outro motivo para a alegria da cidade de Samaria é que Felipe não falava só da pessoa de Jesus, ele também falava sobre o reino que Jesus iria implantar neste mundo. Por conta disto as pessoas creram na mensagem de Felipe e foram batizados (veja o verso 12).
5. Outro motivo para a grande alegria da cidade de Samaria era que Felipe agia como um instrumento vivo do Deus Altíssimo para manifestar os seus sinais poderosos e grandes maravilhas
Você já desejou ser um instrumento do Deus Altíssimo na vida das pessoas?
6. Se as igrejas da nossa geração desejam ser motivo de alegria verdadeira para este mundo só há um caminho certo a seguir: vivenciar a fé em Jesus Cristo, proclamar com poder e autoridade a pessoa e a obra de Jesus Cristo e ser um instrumento vivo de Cristo para que os seus sinais e prodígios sejam vistos e toda honra e gloria seja dada a Deus.
Para sermos uma igreja viva num mundo hostil se faz necessário cultivar uma vida de santidade, vivenciar uma fé convicta em Jesus Cristo e praticar os ensinos absolutos das Sagradas Escrituras.
Seguir a Jesus Cristo tem um preço; praticar os ensinos da Palavra de Deus como regra absoluta de conduta exige muita coragem, extrema disposição espiritual e muita fidelidade.
Você deseja ser uma igreja viva de verdade ou quer continuar no mundo dos sonhos?
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