Aos doze anos o príncipe Luidwig, assumiu o trono da França. No decorrer da sua juventude, era a sua mãe que governava a nação. Muitos inimigos do príncipe tentaram roubar-lhe o trono, todavia, a sua mãe derrotava a todos. Quando enfim o jovem assumiu o poder, todos os seus opositores, os quais tentaram tirar-lhe o trono, com grande medo fugiram da França para outro país, pois ouviram boatos que o príncipe havia feito uma lista com os nomes de todos eles, e depois de cada um pôs um sinal da cruz.
Quando Luidwig soube o motivo da fuga de seus inimigos, enviou mensagens a todos eles, pedindo que voltassem, pois explicou: “O sinal da cruz que fiz depois de vossos nomes, é para lembrar-me de que devo perdoar aos meus inimigos, pois a cruz lembra o meu Salvador que também me perdoou”.
O reverendo (in memorian) Richad Wurmbrand, fundador da Missão A Voz dos Mártires, sofreu num cárcere comunista, na Romênia, durante catorze anos. Lá ele experimentou toda espécie de tortura e sofrimento. No entanto, como prova do seu grande amor, em um de seus artigos, ele escreveu: "Quem não ama a seus inimigos, não é cristão. Porém, amamos tanto àqueles que nos amargam a vida, quanto a noiva apaixonada ama seu noivo? Se não, o nosso amor é deficiente".
Em um outro texto, continuou: "Ser traído ou ferido por alguém é um desafio, uma chamada de Deus para nós. A pessoa que faz injustiça par nós, foi mandada por Deus, para nos preocuparmos com a salvação de sua alma".
Já o cristão soviético, Cherew, que passou vinte anos na prisão por amor a Deus, escreveu: "Nesse lugar aprendi amar meus torturadores a tal ponto como um noivo ama a sua noiva.
Esses são apenas alguns dos inúmeros exemplos de pessoas que assumiram o compromisso de amar aos inimigos. Mas o maior de todos os exemplos foi demonstrado por Jesus. Ele, mesmo sendo Deus, não obstante ser o criador do mundo, embora fosse continuamente glorificado nos céus pelos anjos, ainda assim ele se dispôs a vir a este mundo de caos. E aqui, muito mais do que se humilhar, ele morreu numa vergonhosa cruz. E isso ele fez por amar demais às nossas vidas.
Enquanto aqui esteve, Cristo ensinou aos seus discípulos como deveriam agir diante dos inimigos: "Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses" (Lc. 6:27-29).
Na antiga aliança, o mandamento também era esse: "Se encontrares o boi do teu inimigo, ou o seu jumento, desgarrado, sem falta lho reconduzirás. Se vires o jumento, daquele que te odeia, caído debaixo da sua carga, deixarás pois de ajudá-lo? Certamente o ajudarás a levantá-lo" (Êx. 23:4, 5). Salomão, um dos homens mais sábios de toda a história, nos incentivou a fazer exatamente isto: "Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar...
Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber; porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça; e o Senhor to retribuirá" (Pv. 24: 17; 25:21, 22). O mesmo ensinou o apóstolo Paulo: "Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça" (Rm. 12:20)
Sim, a melhor forma de tratarmos àqueles que nos desejam o mal, não é revidando, não é fazendo também o mal, mas amando-os, amando-os de todo o coração. Quando nos dispomos a amá-los, quando adquirimos uma profunda compaixão pela vida dos nossos inimigos, algo maravilhoso e inexplicável acontece ao coração deles, que não conseguem resistir por muito tempo ao nosso amor. É assim que devemos derrotar aos nossos inimigos.
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