Igreja: feita de gente doente

Na verdade, na igreja, só há gente doente.

Assim como no mundo.

No mundo também só há gente doente, com a diferença que não sabem.

Quem não sabe ser doente não procura remédio, nem médico, nem hospital.

A igreja é feita de gente doente. Gente que sabe que é doente, que precisa de médico, de remédio e de hospital.

Escândalo para os fariseus. Eles continuam de fora. Não entram e não deixam entrar.

Olham. Julgam. Condenam. Cochicham: “Ele come com pecadores”.

“São os doentes que precisam de médico”. O Médico diz. “Se viessem Mim, também os curaria”.

Igreja não é feita de papel, nem de pedra. Igreja é feita de gente. De carne e osso.

Não de gente sã. Não de gente santa. Não de gente perfeita.

Mas de gente sendo curada, sendo santificada, sendo aperfeiçoada.

Afinal, “aquele que começou a boa obra, há de completá-la”.

“Vinde a Mim todos”. É o convite do Médico.

Ele opera bem. Remove a trave, dos olhos. Tira a dureza, do coração. Coloca o soro, do arrependimento . Lava com o sangue, do perdão. Concede a alegria, da salvação. Dá alta no abraço, do irmão.

Ou melhor, dos irmãos, dos muitos irmãos.

Gente de toda tribo, de toda língua, de toda nação.

Boas vindas aos não perfeitos que sabem disso, mas que serão.

Pela Palavra, pela Presença, pelo sangue na cruz.

Bem vindo ao processo. Bem vindo à Igreja de Jesus.