Em Portugal toxicodependentes são recuperados na Tenda El Shaddai, Centro de Reabilitação de Toxicodependente
O centro de reabilitação de toxicodependentes – Tenda El Shaddai – foi fundado em 14 de Junho de 1996 pelo angolano Teonório, que amavelmente todos tratam por Tio. Foi o primeiro centro de reabilitação a funcionar em Cabo Verde. Já com 11 anos de funcionamento, aparece agora mais um centro na Granja de São Filipe, Cidade da Praia, que veio ajudar na reabilitação dos toxicodependentes.
El Shaddai significa Deus todo-poderoso. E é em Deus que os Internos do Centro encontram forças para lutarem contra a dependência das drogas e do álcool. É sobre as palavras de Deus que tentam edificar uma nova vida. Uma vida diferente daquele que tiveram e que ainda sentem o gosto amargo. Tentam, por tudo, não voltar à essa vida, mas por vezes caiam de novo na vida das drogas e da precariedade.
Essa foi uma das histórias contadas por um dos Internos. Pensou estar reabilitado, deixou a Tenda e voltou à sociedade. Mas, como disse, a sociedade não estava para o receber… “quando voltei, se haviam portas que ainda estavam entreabertas pra mim essas também fecharam-se, como todas as outras que tinham sido fechadas para mim quando comecei a usar droga”.
Os caminhos que levaram os Internos para a vida das drogas são quase parecidos. A maioria tem a ver com a falta de compreensão, atenção, carinho, apoio. O amor que não receberam levou-os a refugiar-se nas drogas. Um dos Internos exprimiu com sentimento o seu fracasso – “eu deixei-me levar pela droga porque sou uma pessoa muito sensível, as pessoas me ofendem com facilidade… a falta de atenção ou uma descriminação na minha família me ofendia profundamente… e como o meu espírito é sensível e fraco caía nas drogas.
Outros motivos que apontaram por terem caído nas drogas foram influência de amigos, curiosidade, querer experimentar, falta de oportunidades. Essas estórias contadas na primeira pessoa obriga-nos, a todos, a compreender que a sociedade tem que sentir-se culpada por cada toxicodependente que estiver nas ruas. Isto porque talvez se os tivéssemos dispensado a atenção e o carinho devido não teriam motivos para se refugiarem nas drogas.
Uma lição que devemos tirar, e que foi vivamente recomendada pelos Internos, é que as drogas não levam a lugar nenhum. Aliás, como disse outro Interno, leva sim… “à prisão, ao hospital e ao cemitério”. Por isso, nós devemos encontrar estímulos para viver em nós próprios, mesmo quando não recebemos incentivos das outras pessoas, principalmente daquelas que gostamos muito. Cair nas drogas é escolher o caminho mais fácil, é aceitarmos a nossa derrota, o nosso fracasso. Devemos encontrar na autoestima, na vontade de viver e de vencer a força necessária para mostrarmos ao mundo que nós também somos especiais, nós também temos capacidade para fazer coisas bonitas e úteis para a sociedade. Existem formas saudáveis para expressarmos a alegria ou para defrontarmos com os nossos problemas sem necessidade de usar drogas. Se têm dificuldades em as encontrar, pelo menos lembram-se que El Shaddai pode ser de boa ajuda, e ajuda sempre os que precisam sem discriminar, como faz com os nossos bons amigos da Tenda.
Satisfeito com o desempenho das tendas El- Shaddai, o responsável Honório Fragata afirma que valeu a pena os anos de luta e recuperação de muitos jovens com grandes potencialidades na vida.
“Tivemos um pouco do que era muito necessário. Valeu a pena trabalhar, sacrificar e pedir as pessoas, às vezes sem respostas. Esta falta de resposta fez-nos caminhar e graças a muitas entidades parceiras já estão a formar mais de 17 jovens nas universidades de Cabo Verde e no estrangeiro. Sem contar que já temos rapazes carpinteiros, artífices, serralheiros, pedreiros e com formação noutras áreas. Uma alegria que enche e transborda os nosso corações”.
Mas a luta não pára por aqui. Fragata quer ir mais longe: “o meu desejo é melhorar o trabalho dentro e fora das comunidades, trabalhando com jovens de forma a encaminhá-los e inseri-los na família e no mercado de trabalho". "Nos meus 100 anos quero ver uma tenda diferente, respeitada e bem-vista socialmente”, diz, sorrindo.
Entretanto, o pastor nazareno avança ao asemanaonline que já está a preparar quatro sucessores. “Quero jovens com garra, que conseguem trabalhar sem pensar na reforma e sem outros interesses na comunidade para poderem fazer produzir tudo o que a tenda tem direito”.
Mais de 600 pessoas já passaram pelo centro de recuperação Tendas El-Shaddai. Muitas estão em formação, umas têm família constituída e outras não tiveram a mesma sorte porque abandonaram o centro de recuperação.
El Shaddai significa Deus todo-poderoso. E é em Deus que os Internos do Centro encontram forças para lutarem contra a dependência das drogas e do álcool. É sobre as palavras de Deus que tentam edificar uma nova vida. Uma vida diferente daquele que tiveram e que ainda sentem o gosto amargo. Tentam, por tudo, não voltar à essa vida, mas por vezes caiam de novo na vida das drogas e da precariedade.
Essa foi uma das histórias contadas por um dos Internos. Pensou estar reabilitado, deixou a Tenda e voltou à sociedade. Mas, como disse, a sociedade não estava para o receber… “quando voltei, se haviam portas que ainda estavam entreabertas pra mim essas também fecharam-se, como todas as outras que tinham sido fechadas para mim quando comecei a usar droga”.
Os caminhos que levaram os Internos para a vida das drogas são quase parecidos. A maioria tem a ver com a falta de compreensão, atenção, carinho, apoio. O amor que não receberam levou-os a refugiar-se nas drogas. Um dos Internos exprimiu com sentimento o seu fracasso – “eu deixei-me levar pela droga porque sou uma pessoa muito sensível, as pessoas me ofendem com facilidade… a falta de atenção ou uma descriminação na minha família me ofendia profundamente… e como o meu espírito é sensível e fraco caía nas drogas.
Outros motivos que apontaram por terem caído nas drogas foram influência de amigos, curiosidade, querer experimentar, falta de oportunidades. Essas estórias contadas na primeira pessoa obriga-nos, a todos, a compreender que a sociedade tem que sentir-se culpada por cada toxicodependente que estiver nas ruas. Isto porque talvez se os tivéssemos dispensado a atenção e o carinho devido não teriam motivos para se refugiarem nas drogas.
Uma lição que devemos tirar, e que foi vivamente recomendada pelos Internos, é que as drogas não levam a lugar nenhum. Aliás, como disse outro Interno, leva sim… “à prisão, ao hospital e ao cemitério”. Por isso, nós devemos encontrar estímulos para viver em nós próprios, mesmo quando não recebemos incentivos das outras pessoas, principalmente daquelas que gostamos muito. Cair nas drogas é escolher o caminho mais fácil, é aceitarmos a nossa derrota, o nosso fracasso. Devemos encontrar na autoestima, na vontade de viver e de vencer a força necessária para mostrarmos ao mundo que nós também somos especiais, nós também temos capacidade para fazer coisas bonitas e úteis para a sociedade. Existem formas saudáveis para expressarmos a alegria ou para defrontarmos com os nossos problemas sem necessidade de usar drogas. Se têm dificuldades em as encontrar, pelo menos lembram-se que El Shaddai pode ser de boa ajuda, e ajuda sempre os que precisam sem discriminar, como faz com os nossos bons amigos da Tenda.
Satisfeito com o desempenho das tendas El- Shaddai, o responsável Honório Fragata afirma que valeu a pena os anos de luta e recuperação de muitos jovens com grandes potencialidades na vida.
“Tivemos um pouco do que era muito necessário. Valeu a pena trabalhar, sacrificar e pedir as pessoas, às vezes sem respostas. Esta falta de resposta fez-nos caminhar e graças a muitas entidades parceiras já estão a formar mais de 17 jovens nas universidades de Cabo Verde e no estrangeiro. Sem contar que já temos rapazes carpinteiros, artífices, serralheiros, pedreiros e com formação noutras áreas. Uma alegria que enche e transborda os nosso corações”.
Mas a luta não pára por aqui. Fragata quer ir mais longe: “o meu desejo é melhorar o trabalho dentro e fora das comunidades, trabalhando com jovens de forma a encaminhá-los e inseri-los na família e no mercado de trabalho". "Nos meus 100 anos quero ver uma tenda diferente, respeitada e bem-vista socialmente”, diz, sorrindo.
Entretanto, o pastor nazareno avança ao asemanaonline que já está a preparar quatro sucessores. “Quero jovens com garra, que conseguem trabalhar sem pensar na reforma e sem outros interesses na comunidade para poderem fazer produzir tudo o que a tenda tem direito”.
Mais de 600 pessoas já passaram pelo centro de recuperação Tendas El-Shaddai. Muitas estão em formação, umas têm família constituída e outras não tiveram a mesma sorte porque abandonaram o centro de recuperação.
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