É difícil levar alguém para "mais alto" na dimensão de Deus quando mal conhecemos o Seu endereço. É preciso visão espiritual como Maria para conduzir os espiritualmente cegos à luz da Sua presença.
O erro de Marta foi acusar Jesus de "não se importar" com o fato de Maria abandonar a cozinha para adorar aos Seus pés. (João 12:4-6) A virtude dela estava em que ela pareceu aprender com seu erro. Evidentemente, Marta começou a apreciar a sensibilidade de Maria para com Jesus e o caminho que ela seriou no Seu coração. Talvez por isso ela "arranjou" para que Maria pensasse que Jesus a havia chamado depois que Lázaro morreu (Atos 6:5-7:60)
Se Marta esperava que as lágrimas de adoração de Maria pudessem realizar o que o seu confronto confiante não conseguiu — trazer o Jesus operador de milagres para a sua crise de dor. A prática Marta provavelmente teve um cuidado extra para prestar atenção na percepção de Maria depois do primeiro desastre em Betânia. Ela nunca mais perderia um encontro divino com o Mestre.
A Marta precisa tocar no poder da sensibilidade espiritual de Maria, assim como Bartimeu "tomou emprestado" seus olhos e percepção de outros para compensar sua cegueira natural.
Muitas vezes, no momento da nossa fome, não sabemos para que lado clamar, o que dizer, o que orar, o que cantar! O cego Bartimeu viu Jesus somente depois que tinha recebido um milagre. Ele teve que acreditar na palavra de alguém, de que a causa do tumulto era Jesus, e de que Ele estava próximo.
Pode haver ocasião na vida em que os "sentidos" espirituais pareçam surdos ou cegos, e não somos capazes de sentir a proximidade de Deus. Em tempos de privação sensorial espiritual, andemos pela fé e permaneçamos na Sua Palavra. Pode ser que se tenha que tomar a palavra de mais alguém de que Ele está na casa.
Quer seja um líder de adoração, uma esposa, ou um pregador, é preciso prestar muita atenção quando a pessoa diz: "Ele está por perto". Naquele momento, é preciso estender a mão para Ele, com toda a paixão e fome no coração — "senti-lo e encontra-lo, embora Ele não esteja distante de todos nós". E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? (Mateus 26:40).
Na história bíblica, o cego Bartimeu buscou ajuda dos observadores da parada que "enxergavam", para iniciar um encontro divino com Jesus, e recebeu sua vista.
A Marta dentro de nós, com alma viva e algumas vezes "desafiada espiritualmente", necessita nos nossos corações da visão e da percepção da Maria que "enxerga" espiritualmente.
A busca unificada da Divindade é talvez o único caminho para encerrar a nossa luta interna.
Algumas vezes a alma precisa se aquietar e ouvir os sussurros do espírito. A música de louvor do coração pode ajudar a descobrir o caminho no labirinto da razão fria e do calor das emoções não checadas.
A comparação bíblica de A. Moody Stuart entre a Maria e a Marta também lançam luz sobre a natureza da "batalha de irmãs" que ocorre às vezes dentro de nós:
Marta começa com trabalho atribulado e, sendo reprovada, termina com um serviço leal, contudo rotineiro.
Maria começa ouvindo calmamente e termina com um trabalho nobre, grande, que permanece para sempre.
Trabalhar é mais fácil do que ouvir, porque o trabalho pode bem ser desejado por sua própria razão. O trabalho não é um fim em si mesmo. Embora nem um bem real seja feito, ainda é trabalho. E a alma, ocupada com ele, descansa nele.
Embora nem um traço do trabalho tenha sido aceito por Deus, o trabalhador se agradou, e encontra uma paz traiçoeira. Mas o fruto do ouvir é menos facilmente enganoso.(Mateus 26:33-35, 69-75)
Extraído do livro Caçando Deus Servindo ao homem de Tommy Tenney
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