Ao Deus dos Livramentos
(no estilo de um Salmo)
O Senhor calou a voz dos meus inimigos, silenciou-os,
Pôs um freio em suas línguas, quando zombavam de mim.
Ocultavam-se em densas trevas, preparando armadilhas,
Mas o Senhor estendeu a sua mão poderosa,
E eles ficaram aprisionados no seu próprio laço,
Caíram no buraco que estavam cavando para mim.
Agora consigo compreender o que sentia Davi,
Quando entoava louvores ao Deus que livra dos perseguidores.
E, assim, também eu cantarei e louvarei a Tua misericórdia.
Pois o Senhor estabeleceu um breve tempo
Durante o qual os iníquos elevam as suas vozes
Para se vangloriarem, cheios de vento e vãs murmurações,
Até que se encham as medidas das suas iniqüidades –
Como foi nos dias de Abraão, e nos dias da escravidão de Israel.
(Então Ele chamou o Seu povo, e em suas mãos colocou a espada,
Para exterminar da terra os que aborreciam suas leis.)
Oh Deus, também hoje, coloca em nossas mãos a espada
Da Tua palavra, a fim de que o mal que se aninha nos corações
Seja extirpado, e os praticantes de iniqüidades envergonhem-se,
E calem-se, atemorizados, à visão do Juiz que não esperavam.
Eis que eles avançam, empurrando, blasfemando, derrubando à direita
E à esquerda, e caem, vão caindo no abismo a sua frente,
Tornados cegos pela própria maldade.
O Senhor, no tempo apropriado, responder-lhes-á.
A sua memória não permanecerá sobre a terra,
Nem haverá, na grande congregação dos justos,
Registro de suas vidas efêmeras.
Nós, porem, ouviremos a Tua voz, oh Senhor,
E louvaremos a Tua justiça,
Que desde sempre nos tens concedido.
José Cassais
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