A meditação é tão antiga como o homem e sua consciência. Porém salientamos que a meditação transcendental, particularmente, está por detrás de todos os tipos de “vogas”, “filosofias orientais”, “gurismos”. “sistema de meditação” e “comunidades” que oferecem equilibrantes descobrimentos interiores, seja de uma velha escola monástica ou de uma renovada vestidura; tem ela o objetivo comum de esvaziar da mente do homem toda a crença e pensamento, com o alvo de conseguir que o ser humano esqueça a sua situação posicionai e até um Deus que tem uma vontade para cada homem.
Nada de transcendental pode surgir de uma consciência em intranscendência na vida do homem. O desaparecimento de objetivos concretos no ser humano necessariamente conduz a uma vivência existencial muito subjetiva. E semelhante atitude, longe de possibilitar uma vida mais “humana”, mais “tolerante” amarra, implacavelmente, o homem e a sociedade com férrea ditadura do dogmatismo relativista e irresponsável.
Quando consideramos o verbo hebraico “hâgâh”, que as versões da Bíblia traduzem no português por meditar, verificamos que na sua raiz está implícita a idéia de murmurar ou sussurrar. Psicolingüisticamente falando, o aludido verbo produz em cada uma subjetiva mentalidade a imagem de um homem “falando só”.
Esse foi o mandamento de Deus a Josué, segundo se depreende do texto bíblico:
“Não se afaste da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite para que te-nhas cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito: porque, então, farás prosperar o teu caminho e prudentemente te conduzirás”, Js 1.8.
“Não se afaste da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite para que te-nhas cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito: porque, então, farás prosperar o teu caminho e prudentemente te conduzirás”, Js 1.8.
Quando chegamos às páginas do Novo Testamento, Paulo é quem transmite a luz que ele recebeu do Espírito Santo, exortando Timóteo e a todos nós a meditar na Palavra de Deus: “Medita nestas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos”, 1 Tm 4.15. Aqui, a versão espanhola de Reina-Valera traduz o verbo grego “meleto” por “ocupar-se”, ainda que na sua raiz básica está o significado de “resolver em nossa mente”, “imaginar”, “dar interesse absorvente a alguém ou algo”.
Frente à meditação transcendental que parte da intranscendência humana, a Bíblia Sagrada apresenta e propõe a supremacia da meditação bíblica, isto é, faz com que a palavra vinda do Deus vivo se torne o nosso interesse absorvente, com o singular propósito de conhecermos a Deus, sermos cheios do Espírito Santo e vivermos essa experiência traduzida em atos quotidianos.
Extraído do Livro: E a Bíblia Responde – CPAD
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