Estes versículos, sem dúvida, têm suscitado polêmicas e interpretações das mais variadas. Uma delas, sem nenhum embasamento bíblico, interpreta que as “filhas dos homens” eram a descendência de Adão e Eva e que os “filhos de Deus” eram os anjos que entraram em conúbio com a raça humana.
Destarte, tomam como argumento provativo o versículo 6 do livro de Judas. Entretanto, este versículo refere-se aos anjos que não guardaram sua própria habitação, isto é, que não ficaram fiéis à sua missão, ficando por isso reservados, para o dia do juízo. O versículo 7 é uma analogia ou explicação do versículo 6. Assim como os sodomitas tinham fornicado, desviando-se das normas naturais, semelhantemente, os anjos se tinham desviado da sua posição.
Realmente, os “filhos de Deus são os descendentes de Sete, ou seja, a linhagem piedosa e obediente a Deus, e as “filhas dos homens”, representam as mulheres da descendência de Caim, isto é, a linhagem da desobediência e rebelião. Com isto está de acordo Gênesis 4.26: “Então começaram os homens a invocar o nome do Senhor”, ou como seria melhor traduzido: “então começaram os homens a ser chamados pelo nome do Senhor”. Estas duas correntes humanas são claras através de toda a história da humanidade. O fato de Moisés mencionar estes casamentos e dá-los mesmo como causa da corrupção que se seguiu, não nos deve surpreender, porque o Novo e o Velho Testamento proíbem casa-mento de pessoas de condições espirituais diferentes: 2 Co 6.14-16.
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