Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

sexta-feira, 27 de março de 2015

Poder e religião se confundem na política e causam debates polêmicos

Representações religiosas ganham força no cenário político brasileiro / Foto: Agência Câmara/divulgação
Representações religiosas ganham força no cenário político brasileiroFoto: Agência Câmara/divulgação
Religião e política são dois segmentos que se misturam desde os primórdios da história da civilização. Hoje, esta relação tem causado polêmica a partir do momento que temas contrários às doutrinas das igrejas ficam travados no Congresso Nacional, por exemplo. Um caso recente é a derrota da proposta de criação da Frente LGBT, de sugestão do deputado pernambucano Edilson Silva (Psol). O assunto foi debatido na última semana na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e negado pela maioria – 23 contra 10.

Para o historiador e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Biu Vicente, as igrejas conservadoras têm se mostrado mais fortes no âmbito político por causa de sua necessidade de se firmar diante da sociedade. “Hoje há, sem dúvida, o fortalecimento da religião no poder. Os grupos étnicos ou religiosos começam a se organizar para se afirmar diante das decisões da sociedade. Da ditadura para cá, por volta de 1970, há claramente o crescimento das frentes mais conservadoras.”
 "Temos que aceitar que é muito difícil separar a influência da igreja na política", Michel Zaidan, cientista político 
Desta forma, se em épocas passadas a Igreja Católica exercia forte poder em decisões políticas, agora os evangélicos estão com a bola toda. “Não existem grupos políticos que se denominem bancada espírita, católica ou de outras religiões. Hoje o grupo mais forte e que claramente defende seus interesses são os evangélicos e é por isso que se destacam no cenário”, avaliou o cientista político Michel Zaidan, coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais Partidários e da Democracia da UFPE.
    
Em Pernambuco, dos 45 deputados estaduais eleitos, sete são evangélicos e estão entre os cinco mais bem votados. Já no âmbito nacional, 75 deputados federais e três senadores compõem a frente “mais religiosa” do poder legislativo. Eles não são maioria, mas possuem grande influência nas votações e acabam travando temas polêmicos como casamento homoafetivo, adoção por casais homossexuais, descriminalização do aborto, legalização da maconha. “É intolerável que uma denominação religiosa seja responsável por determinar como será o comportamento dentro das casas das pessoas”, rebateu Zaidan.


Arte: NE10


Arte: NE10
    
Por outro lado, a bancada evangélica busca aprovar assuntos de seu interesse. É o caso do projeto que pretende alterar o ensino em todas as escolas públicas e privadas do País para incluir a doutrina criacionista nas aulas (na qual Deus criou a vida e todas as espécies), e assim disputar espaço com a teoria da evolução proposta por Charles Darwin (todo ser vivo descende de um ancestral comum). 

Na opinião de Michel Zaidan, esse poder adquirido pelos deputados e senadores evangélicos é uma ameaça à laicidade do Estado. “Um estado é laico quando é imparcial em relação às questões gerais, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. Se temas são aprovados, ou não, com base no que diz a bíblia, por exemplo, esse conceito fica prejudicado”, explicou o cientista político. Ele ainda critica o posicionamento conservador dos parlamentares da bancada evangélica: “O que mais avança no Brasil são as igrejas neopentecostais, que são as mais fundamentalistas, conservadoras e atrasadas. É claro que isso termina se transformando numa influência negativa nas instituições políticas brasileiras.”

O fortalecimento da bancada evangélica acompanha o crescimento da comunidade protestante no País. Dados do Censo Brasil 2010, último realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mostra aumento no número de pessoas que se denominam evangélicas. Em 2000, 15,4% da população se encaixava neste segmento religioso, contra 22,2% em 2010. Na contramão, os católicos diminuíram entre 2000 e 2010, saindo de 73,6% para 64,6%.


Arte: NE10


Arte: NE10

“Com a proliferação das igrejas, principalmente aquelas que seguem a teologia da prosperidade, elas querem tomar para si parte do poder. Atentos a isso, os partidos políticos buscam esses candidatos de olho nos votos, mas poucos querem saber quais os preceitos a serem seguidos. Ao chegar ao poder, os religiosos, por sua vez, afastam-se dos partidos e buscam decisões que beneficiem os interesses de seus grupos”, analisou o historiador Biu Vivente sobre como os religiosos ganham poder com a política.

Defensor da forte presença evangélica na política, o historiador e teólogo Esdras Cabral alega que as pessoas têm acreditado nos políticos evangélicos porque acreditam neles. “Hoje o grande fenômeno é a igreja evangélica, que cresceu assustadoramente e tem um grande trabalho na sociedade. As pessoas creditaram nela uma confiança não só na área religiosa, mas também na área política”, avaliou o estudioso. Para o pastor e historiador, o crescimento da ala protestante é um movimento que não deve enfraquecer. Segundo ele, esse fôlego foi tomado a partir do momento que leis que “feriam as escrituras sagradas” foram criadas [como a união estável entre pessoas do mesmo sexo], criando na classe evangélica a necessidade de ser ouvida e representada na política.

 Ao analisar projetos, o posicionamento evangélico, claro, passa pelo preceito bíblico, que é atemporal, mas também pela questão da atualidade Esdras Cabral, teólogo e historiador
Sobre as críticas enfrentadas, o teólogo alerta que algumas delas não são bem fundamentadas. Esdras Cabral nega que os políticos e eleitores evangélicos sejam ultrapassados ou alienados e que afirma que os escritos bíblicos não têm prazo de validade, devendo ser consultados sempre que necessário. “As pessoas às vezes fazem críticas e não conhecem a fundo. Os neopentecostais não são fundamentalistas. Na verdade, ela [a igreja] não compactua com projetos de lei que ferem o princípio bíblico, como a criação da frente LGBT. Não é intolerância, só não tem como beneficiar esse grupo, porque isso fere os preceitos bíblicos”, rebateu o teólogo.
   
HISTÓRIA - Para se ter ideia de quão antiga é essa relação política x religião basta olhar para a história do Egito (3100 a.C) quando as pessoas cultuavam os faraós como deuses. Dando um pulo nessa linha do tempo chegamos à idade média, entre os anos 476 d.C e 1453 d.C. Naquela época a Igreja Católica exercia forte poder nas decisões dos reis europeus. Também foi nesta fase da história que o catolicismo perdeu parte dos seus fiéis, o protestantismo foi iniciado, e o conceito do estado Laico criado. “É impossível entender o valor da democracia sem levar em consideração a influência da secularidade da cultura e da ética do cristianismo. Temos que aceitar que é muito difícil separar a influência da igreja na política, por mais que se tente buscar o fundamento laico e profano para a política”, pontuou o cientista político Michel Zaidan.

PROLIFERAÇÃO DAS IGREJAS – Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) apontou que, apenas em 2013, cerca de 12 novas igrejas foram abertas por dia no Brasil. Já uma estimativa do ministério Servindo aos Pastores e Líderes (SEPAL), os evangélicos poderão ser mais da metade da população brasileira em 2020. Essas perspectivas são apoiadas em dados recentes levantados pela Receita Federal em 2014 apontando que, diariamente, as igrejas brasileiras arrecadam R$ 60 milhões, num total de R$21,5 bilhões por ano.

IGREJA ANGLICANA NA INGLATERRA NOMEIA SUA PRIMEIRA BISPA

A reverenda Libby Lane e seu marido George
A reverenda Libby Lane e seu marido George (Lynne Cameron/EFE)

O artigo abaixo foi publicado no site da revista VEJA

Libby Lane será a bispa de Stockport. Primeiro-ministro a parabenizou

A Igreja Anglicana da Inglaterra designou nesta quarta-feira a reverenda Libby Lane bispa de Stockport, a primeira mulher a ocupar o cargo, após a aprovação em novembro do acesso das mulheres ao bispado. Em 17 de novembro, o sínodo geral anglicano autorizou formalmente a ordenação de bispas com a modificação da lei canônica, o último trâmite de um processo legislativo com o qual se pôs fim a séculos de monopólio masculino.

Lane, de 48 anos é pastora desde 2007 nas igrejas de St. Peter, em Hale, e St. Elizabeth, em Ashley, na diocese de Chester, no norte do país, se mostrou "muito emocionada pela inesperada nomeação". Em uma breve declaração, a nova bispa ressaltou o ineditismo do fato. "Neste dia histórico em que a Igreja da Inglaterra anuncia a nomeação da primeira bispa, sou consciente de todos aqueles que me precederam, homens e mulheres, que durante décadas esperaram por este momento", declarou. "Mas, acima de tudo, estou agradecida a Deus", disse a religiosa, que foi consagrada sacerdote na primeira promoção de mulheres em 1994.

Em sua conta no Twitter, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, a felicitou pelo novo cargo e disse que "é uma designação histórica e um dia importante para a igualdade". O governo deve acelerar a promulgação da legislação para que as novas bispas possam se sentar na Câmara dos Lordes, onde a Igreja Anglicana participa da elaboração de leis.
Lane, que serviu em várias paróquias inglesas desde sua ordenação há 20 anos, será consagrada como oitavo bispo de Stockport em cerimônia na catedral de York, no norte do país, em 26 de janeiro. Após décadas de debate e divisões internas, a Igreja Anglicana da Inglaterra — as outras regiões britânicas têm seus próprios ramos anglicanos — aprovou finalmente neste ano o acesso das mulheres ao bispado, algo que já autorizam outras áreas anglicanas em várias partes do mundo.

De 165 países com presença deste credo — totalizando cerca de 85 milhões de fiéis —, é aceitada a ordenação de bispas na Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Estados Unidos, com um total de 29 mulheres já consagradas. A votação de novembro na sede central em Londres da Igreja culminou no processo iniciado em julho, quando o sínodo geral, então reunido em York, deu sinal verde a início da ordenação de mulheres ao bispado. Após essa aprovação, o Comitê eclesiástico do Parlamento e suas duas Câmaras tramitaram a legislação correspondente, que em novembro recebeu sua sanção final. Na Inglaterra, dos 7.798 sacerdotes anglicanos, 1.781 são mulheres.

(Com agências EFE e Reuters)

O artigo original poderá ser visto por meio do seguinte link:

Entidades evangélicas se posicionam contra a redução da maioridade penal para 16 anos

Entidades evangélicas se posicionam contra a redução da maioridade penal para 16 anos
A redução da maioridade penal é uma das questões sociais mais polêmicas em discussão no Brasil atualmente. Motivados pelos altos índices de crimes praticados por adolescentes, incluindo assassinatos, muitos cidadãos clamam por uma medida drástica e objetiva, diminuindo para 16 anos a idade mínima para responsabilização criminal.
Diversas lideranças evangélicas se manifestam a favor da medida, porém há quem se oponha à redução, pois isso implicaria em uma exposição de adolescentes condenados aos ambientes das penitenciárias brasileiras, que estão superlotadas e possuem um índice altíssimo de reincidência no crime dos detentos.
A entidade Visão Mundial se posiciona contra a redução da maioridade penal, atualmente discutida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Usando dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre infrações cometidas por menores e sobre abandono dos estudos, a Visão Mundial assegura que colocar menores infratores na cadeia não é a solução para o problema da violência.
“A correlação entre os atos infracionais cometidos por adolescentes e a deficiência na escolarização é bastante evidente”, observa a entidade. “A tentativa de rebaixar a idade penal como principal medida para conter a violência é uma grande hipocrisia e iniquidade para com a população infantil do Brasil, onde seus direitos fundamentais são negados diariamente. Como militantes da infância, comprometidos com a vida plena para todas as pessoas, em especial para crianças e adolescentes, posicionamo-nos em favor da vida e comprometemo-nos em denunciar toda forma de distorção da realidade, criminalizando quem, na verdade, é vítima”, acrescenta.
A Rede Nacional de Ação Social (RENAS) lamentou, em carta aberta endereçada aos parlamentares evangélicos, que o assunto seja tratado de forma simplista: “Nossa sociedade e Estado têm negado todos os direitos ao pleno desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes, do nascimento à juventude. Nossos parlamentares e sociedade em geral estarão sendo hipócritas ao propor a redução da idade penal enquanto não garantimos todas as oportunidades de desenvolvimento para as nossas crianças e adolescentes”.
O deputado estadual por São Paulo, Carlos Bezerra (PSDB) também se posicionou contra a redução da maioridade penal, e destacou que o abandono social a que os adolescentes infratores são expostos está sendo ignorado.“Sou evangélico e contra a redução da maioridade penal. Assusta ver que setores da igreja preferem o caminho da resposta simplória para esse problema estrutural, defendendo que encarcerar adolescentes seja a melhor saída pra o crime no Brasil. Mas, antes do debate ideológico, vamos aos números? Sabe quantos adolescentes internados na Fundação Casa estão lá por crimes como assassinato ou latrocínio? Menos de 1,5%. Sabe quantos dos crimes praticados no país são cometidos por adolescentes? 0,5%. São esses que queremos jogar na cadeia pra ‘resolver’ a criminalidade brasileira? Alguma coisa está fora da ordem… Falta políticas públicas e educação de qualidade pra adolescentes e, como solução, os colocaremos atrás das grades, é isso?”, questionou.
A Rede FALE também se manifestou contra a proposta: “A juventude brasileira tem sido a maior vítima da grande violência que ocorre em nossas cidades e não pode ser ainda mais castigada como bodes expiatórios de uma sociedade e Estado negligentes com seus direitos básicos”, frisou.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Pregavam os Primitivos Cristãos de Casa em Casa?































“Espera-se da pessoa dedicada que apóie a causa do Pai, a causa da

adoração verdadeira, que pregue em honra da Palavra e do nome de

Jeová Deus, que assuma plenamente suas responsabilidades como

ministro, pregador no serviço de campo de casa em casa, e que

de outras formas participe plenamente nas atividades da sociedade

do Novo Mundo, para promover a proclamação do Reino e apoiar

a verdadeira adoração de Jeová. A pessoa dedicada tem de ser

uma Testemunha de casa em casa como foram Cristo Jesus

e os apóstolos tanto quanto lhe permita a sua capacidade, e tem

de ser de outras formas testemunha e anunciador do reino

teocrático da justiça.” (A Sentinela de 1° de julho de 1955 [em inglês],

página 409, parágrafo 10. Grifos acrescentados.)
O ensino da liderança das Testemunhas de Jeová sobre o testemunho de
casa em casa baseia-se amplamente em textos como Atos 5:42 e 20:20.
 Na Tradução do Novo Mundo,da Torre de Vigia, estes dizem:
E cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a

ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo, Jesus.
Ao passo que não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse

proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa.
Deduz-se que “de casa em casa” indica atividade de porta em porta, indo 
consecutivamente de uma porta para a seguinte, uma porta após a outra, 
visitando pessoas sem convite prévio e geralmente sem conhecê-las 
de antemão. Está essa dedução necessariamente correta?
Quando a Tradução do Novo Mundo foi publicada, a organização Torre de 
Vigia concentrou a atenção na expressão grega original (kat’oikon) da qual 
vem a tradução “de casa em casa”. 

Enfatizou-se que a preposição kata 
(que significa literalmente “segundo”) é usada aqui em sentidodistributivo
Portanto, afirmou-se que a expressão “de casa em casa” tem o mesmo 
sentido de “de porta em porta”, isto é, ir de uma porta para a porta seguinte 
ao longo duma rua.
A afirmação não se sustenta quando examinada e considerada. Em primeiro
 lugar, distributivo não é o mesmo que consecutivo. Alguém pode ir de “casa 
em casa” indo de uma casa numa área para uma casa noutra área, assim 
como o médico que faz “visitas domiciliares” pode ir de lar em lar. De modo 
algum requer a idéia de visitas consecutivas de porta em porta.
A alegação de que o uso da preposição kata no sentido distributivo exige
 a tradução “de casa em casa” para estar correta e exata, é, de fato, 
desautorizada pela própria Tradução do Novo Mundo.
Poucas Testemunhas percebem que a mesma expressão (kat’oikon), traduzida
 “de casa em casa” na Tradução do Novo Mundo em Atos, capítulo 5, versículo
 42, também ocorre no capítulo 2, versículo 46. Pode-se ver abaixo
 como estes versículos aparecem na Tradução Interlinear do Reino(em inglês)
 da Torre de Vigia, que contém a Tradução do Novo Mundo na coluna da direita.
Atos 2:46
46 segundo o dia e perseverando de mentalidade comum no templo, partindo esegundo a casa pão, eles partilhavam da comida em exultação e simplicidade de coração, 47 louvando a Deus e
necessidade. 46 E dia
 após dia assistiam 
constantemente no
 templo, de comum 
acordo, tomando as 
suas refeições em
 lares particulares 
e participando do
 alimento com 
grande júbilo e
 sinceridade de coração,
 47 louvando a Deus e
Atos 5:42
porque eles foram contados dignos sobre o nome para ser desonrados; 42 todos e dia no templo e segundo a casa não eles cessavam ensinar e declara boas novas sobre o Cristo Jesus
desonrados a favor do 
nome dele. 42 E cada 
dia, no templo e de 
casa em casa
continuavam sem
 cessar a ensinar e 
a declarar as boas 
novas 
a respeito do Cristo, 
Jesus.
Como mostra o lado esquerdo da Interlinear, a mesma expressão aparece 
nos dois textos com o mesmo sentido distributivo de kata. Todavia, em 
Atos 2:46, a tradução não é “de casa em casa” e sim “em lares particulares
.” Por quê?
Como não é lógico pensar que os discípulos tomavam refeições indo duma 
casa para a outra rua abaixo, e como a liderança da Torre de Vigia pretende
 atribuir esse sentido específico à expressão “de casa em casa” (para apoiar
 sua atividade de porta em porta), ela quer evitar as perguntas que poderiam
 surgir se usasse a tradução “casa em casa” aqui. Como já dissemos, a maioria
 das Testemunhas não percebe esta troca de traduções e a Torre de Vigia
 prefere não chamar a atenção para o assunto, nem mencioná-lo abertamente.
Em Atos 20:20, a expressão aparece novamente, embora a palavra para 
”casa” ou “lares” esteja aqui no plural (kat’oikous):
Atos 20:20
conspirações dos judeus; 20 como nada eu refreei das (coisas) que trazem juntas dos não para contar a VÓS e ensinar a VÓS ao [lugar público] e segundo as casas.
20 ao passo que não 
me refreei de vos
 falar coisa alguma
 que fosse proveitosa
 nem de vos ensinar
 publicamente e de 
casa em casa.
Mais uma vez, cabe simplesmente ao tradutor decidir como esta expressão
 grega será vertida. Que o principal tradutor da Tradução do Novo Mundo,
 Fred Franz, reconheceu isto, pode se ver na nota de rodapé deste versículo 
que aparece numa edição posterior, de letra grande, a Tradução do Nov
Mundo com Referências. A nota de rodapé diz:
* Ou, “e em casas particulares”.
Não é que seja errado traduzir kat’oikon (ou kat’oikous) como “de casa em 
casa”. É uma tradução perfeitamente correta e se encontra em muitas 
outras versões da Bíblia, mesmo em Atos 2:46. (Veja o Apêndice). Depende
 só do tradutor qual das opções, “de casa em casa” ou “em lares particulares”
, será usada nos dois textos. O errado é tentar fazer a expressão transmitir
 um sentido que de fato não existe.
Está claro que os apóstolos e outros cristãos primitivos visitavam 
pessoas em seus lares particulares. O que não está nada claro é 
que eles participavam na atividade de porta em porta conforme fazem 
atualmente as Testemunhas de Jeová. Pode-se afirmar isto, mas é uma 
afirmação sem qualquer prova.
Estes textos não são os únicos que a Torre de Vigia usa no esforço de 
apresentar o testemunho de porta em porta como o modo realmente cristão,
 igual ao de Cristo, de divulgar o conhecimento da Palavra de Deus. Outra
 passagem bíblica que usam muito em seus argumentos é 
Mateus 10:11-14, na qual Jesus deu estas instruções quando enviou seus 
apóstolos a pregar: 
Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai nela quem é

merecedor, e ficai ali até partirdes. Ao entrardes na casa, cumprimentai

a família; e, se a casa for merecedora, venha sobre ela a paz que lhe

desejais; mas, se ela não for merecedora, volte a vós a vossa paz. Onde

quer que alguém não vos acolher ou não escutar as vossas palavras, ao

sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
Nas publicações da Torre de Vigia, dá-se constante ênfase à declaração:
 “Procurai nela [cidade ou aldeia] quem é merecedor.” Então explicam que 
isto significa ir de porta em porta para encontrar pessoas receptivas às
 boas novas. Não se dá atenção às palavras do contexto, que dizem
 (versículo 11): “Ficai ali até partirdes.” Estas palavras quase 
nunca são explicadas nas publicações da Torre de Vigia, pois deixam 
claro que Jesus estava falando aqui não de testemunho de porta em 
porta, mas sobre obter hospedagem.
O Registro de Testemunho do Apóstolo Paulo
O capítulo 19 de Atos mostra que, ao chegar a Éfeso, Paulo “achou alguns
 discípulos”, cerca de doze, que nada sabiam acerca de receber o dom do
 Espírito ou de serem batizados no nome de Cristo, tendo sido batizados no
 batismo de João. Paulo os batizou no nome de Jesus. Mas deve-se notar 
que estes homens já eram “crentes”, “discípulos”, quando ele os encontrou. 
Ele não os ensinou como se fossem estranhos desinformados, mas como 
homens que já eram discípulos.
O caso deles pode se comparar ao de Apolo, descrito no capítulo anterior 
como “familiarizado apenas com o batismo de João” quando Áquila e Priscila
 o conheceram. (Atos 18:24-26) No entanto, mesmo antes que lhe
 expusessem “mais corretamente o caminho de Deus”, Apolo já “falava e 
ensinava com precisão as coisas a respeito de Jesus” na sinagoga. Embora
 incompleto no seu entendimento, ele já era cristão quando Áquila e Priscila 
o conheceram. Além disso, eles não o encontraram indo de porta em porta,
 mas enquanto eles próprios freqüentavam a sinagoga. Não há razão alguma para encarar os doze homens em Éfeso de modo diferente.

Após descrever o batismo destes homens por Paulo, o relato em Atos 
capítulo 19 diz: 
Entrando na sinagoga, falou com denodo, por três meses, proferindo

discursos e usando de persuasão a respeito do reino de Deus. Mas,

quando alguns prosseguiam em endurecer-se e em não crer, falando

injuriosamente sobre O Caminho perante a multidão, retirou-se deles

eseparou deles os discípulos, proferindo diariamente discursos no auditório

da escola de Tirano.
Este é o testemunho ocular de Lucas sobre o ministério de Paulo em Éfeso. 
Mostra que alguns dos que ouviam os discursos de Paulo na sinagoga durante 
aqueles três meses ou já eram ou tornaram-se discípulos depois. Não diz que
 estes, ou quaisquer outros, abraçaram o cristianismo em resultado da
 atividade de pregação de “casa em casa”. O contexto muito claro da 
evidência bíblica indica que isto foi mais provavelmente em resultado
 de terem escutado os discursos públicos de Paulo na sinagoga. Considere 
essa evidência conforme é apresentada no relato de Lucas:
Em todo o livro de Atos há exemplos e mais exemplos de pessoas que se
 tornaram crentes em resultado de discursos dados em lugares públicos ou 
de maneira pública. Os 3.000 em Pentecostes reuniram-se publicamente
 para ouvir Pedro e os outros discípulos falarem, e naquele mesmo 
diaarrependeram-se e tornaram-se crentes. Não estavam atendendo alguém
 às portas de suas casas. (Atos 2:1-41) Embora seja verdade que Cornélio 
e seus companheiros ouviram a mensagem de arrependimento e fé em Cristo
 na casa dele, a visita de Pedro ali não estava relacionada a nenhuma 
“atividade de pregação de “casa em casa”, mas era uma visita específica
 àquela casa. (Atos 10:24-48) Em Antioquia da Pisídia, em resultado de 
Paulo falar na sinagoga, alguns judeus e prosélitos “seguiram a Paulo
 e Barnabé” para ouvirem mais. (Atos 13:14-16, 38-43) Se alguma casa estava 
envolvida, era mais provavelmente aquela em que Paulo e Barnabé se
 hospedavam, onde estas pessoas interessadas os visitavam, o que é o 
oposto de serem visitadas em suas casas por Paulo e Barnabé. (Confira 
uma situação similar no ministério de Jesus em João 1:35-39.) No sábado
 seguinte, “todos os corretamente dispostos para com a vida eterna 
tornaram-se crentes”,na sinagoga, segundo todas as indicações. 
(Atos 13:44-48) Em Icônio, o relato diz que Paulo e Barnabé falaram
 de novo na sinagoga e “uma grande multidão, tanto de judeus como
 de gregos, se tornaram crentes”. Eles ‘se arrependeram e tiveram fé em
 Cristo’ em resultado do ensino público na sinagoga, sem menção a 
qualquer “atividade de “casa em casa”. (Atos 14:1) Em Filipos, Lídia 
‘abriu-lhe o coração e prestou atenção à mensagem de Paulo’, mas isto foi 
junto de um rio e foi só depois que Paulo entrou na casa dela, já como 
hóspede.1 O carcereiro filipense que mais tarde se converteu, conheceu 
Paulo quando este estava detido na prisão dele, e a entrada de Paulo na 
casa dele resultou de o carcereiro ter pedido para saber mais, não de
 uma visita não solicitada à sua casa. (Atos 16:12-15, 25-34) Em Tessalônica, 
o resultado de Paulo ter raciocinado com as pessoasna sinagoga por três 
sábados foi que “alguns deles tornaram-se crentes e associaram-se com 
Paulo e Silas, e assim fizeram também uma grande multidão dos gregos que
 adoravam a Deus” ― novamente, ensino público numa sinagoga sem 
menção a qualquer atividade de pregação de “casa em casa”. (Atos 17:1-4) 
Beréia, quando chegaram, “entraram na sinagoga dos judeus” e
 “muitos deles tornaram-se crentes, e assim também não poucas das
 mulheres gregas bem conceituadas e dos homens”.  (Atos 17:10-12)
 Em Atenas, após Paulo ter falado publicamente nasinagoga, na feira e no 
, todos lugares públicos, alguns “juntaram-se a ele e tornaram-se crentes”.
 (Atos 17:16-34) Em Corinto, Paulo, enquanto hospedado na casa de
 Áquila e Priscila, “cada sábado, dava um discurso na sinagoga 
persuadia judeus e gregos”. Quando a oposição o forçou a sair da
 sinagoga, ele foi para a casa vizinha de Tício Justo, e usou esta casa
 como lugar de ensino, e o relato diz: “Mas Crispo, o presidente da 
sinagoga, tornou-se crente no Senhor, e assim também todos os de
 sua família. E muitos dos coríntios, que tinham ouvido, começaram a crer
 e a ser batizados.” (Atos 18:1-8) Crispo e sua família tinham ouvido de
 início as boas novas na sinagoga e só mais tarde em sua casa, quando 
esta foi usada como local de reunião, sem a ocorrência de visitas de porta
 em porta.
Todos estes relatos antecedem o relato da atividade de Paulo em Éfeso.
 Devemos achar que estes não lançam luz sobre a declaração de Paulo
 em Atos 20:20 citada na Sentinela, de que ele deu “cabalmente testemunho,
 tanto a judeus como a gregos, do arrependimento para com Deus e da
 fé em nosso Senhor Jesus”? Onde exatamente Paulo tinha feito isso, em
 todos estes relatos? Foi em algum tipo de atividade de porta em porta? 
Ou foi, em vez disso, em lugares públicos, principalmente sinagogas? 
Quando se falou em casas, tinha ido ali o apóstolo em atividade de porta 
em porta, ou tinha sido, em cada caso, convidado àquela casa específica?
 Tinham as pessoas, “judeus e gregos”, se arrependido e se tornado 
cristãs através de ensino público nas sinagogas? Tinham, claramente.
Paulo diz que ensinou pessoas em Éfeso “publicamente e de casa em casa”.
 Se o primeiro método é público, o segundo, naturalmente, é particular. Visto 
no contexto extenso e detalhado de todo o livro de Atos, é claro que o caso
 de Éfeso pode ter sido este: Paulo encontrou crentes em resultado de ter
 falado na sinagoga, e mais tarde, na escola de Tirano, e depois disso foi aos
 lares desses crentes, uma casa depois da outra, dando-lhes instrução, não 
pública, mas particular, instrução personalizada.
Uma séria responsabilidade acompanha a argumentação parcial e
 tendenciosa que se usa para apoiar a alegação da organização de que 
a atividade de porta em porta é ensinada e defendida na Bíblia, e que 
era um método distintivo de testemunho do primeiro século. Não se
 trata de mera discussão acadêmica ou debate sobre aspectos técnicos. 
Tem impacto na vida das pessoas, e no modo como encaram a si mesmas
 e aos outros.
O método de porta em porta que a organização Torre de Vigia promove 
foi claramente convertido num padrão pelo qual se julga a espiritualidade 
dos outros e seu amor a Deus. Com certeza, qualquer ensino que traga
 essas conseqüências merece argumentos mais sólidos do que os 
encontrados nas publicações da organização, uma consideração 
mais plena e mais justa da evidência e das questões envolvidas.
___________
NOTAS:
1 Esta situação ilustra de modo notável como deve ter ocorrido
 anteriormente com 
os discípulos de Jesus nas suas viagens de pregação, ao aplicarem
 a sua instrução sobre permanecer nos lares de ‘pessoas merecedoras’.
Imagem: Revista A Sentinela de 1º de março de 1980, pág. 8

Raymond V. Franz

quarta-feira, 25 de março de 2015

Pastor de igreja surfista faz culto ao som de Coldplay


"Tão igreja que nem parece uma." Esse é o lema do grupo evangélico Onda Dura, com sede em Joinville (SC). Com sete horários de culto ao som de Coldplay, Chico Buarque e Jota Quest, o pastor Filipe Falcão, o Lipão, de 26 anos, encontrou uma forma de conquistar três mil jovens na casa dos 20 anos e mantê-los dentro da igreja. “Não queremos ser mais uma igreja, o segredo é ser uma igreja diferente. Não podemos ser esquisitos no mundo real.”

Aos 18 anos, pouco após sua conversão na Comunidade Cristã Siloé, fundada pelo seu pai e pastor Evaldo Estrada, Falcão decidiu criar uma nova igreja, que alcançasse o jovem contemporâneo. As tatuagens, alargadores e o amor pelo surfe contrastam com a figura conhecida de um pastor evangélico, mas ele garante não há nada anormal. 

“Não tenho essa imagem para tentar alcançar o jovem. Tenho essa imagem porque sou jovem”, explica, recusando comparação com a igreja Bola de Neve, que também rompeu os laços com o evangelismo tradicional. A informalidade, segundo o líder, vai além das tatuagens e músicas “do mundo real” que são colocadas nos púlpitos da Onda Dura.

Em cultos na sede e nas outras 12 cidades, pastores da Onda desafiam o conceito de santidade, normalmente tratado no meio gospel como exclusão do mundo. "Jesus não ouvia música cristã, não ia às festas cristãs, tampouco só conversava com cristãos. Reavalie o que é santidade", disse Falcão durante uma pregação em Joinville.

Ao abandonar o tradicionalismo, a Onda ganhou muitos fiéis gays e usuários de drogas. O segredo, segundo ele, está em ensinar as palavras de Deus, e não empurrá-las “goela abaixo”, ferindo os princípios da igreja primitiva. “Apenas pregamos o que está na Bíblia. Ela reprova essas atitudes, sim, mas ninguém aqui vai falar ‘você é pior do que eu’. Se alguém chegar para mim e falar ‘sou gay, fumo maconha e não quero mudar’, respondo: ‘Beleza, pode continuar’. Não é uma pegada de imposição”. 

“Tome a sua cruz e siga-me”

Uma cena chamou a atenção nas ruas de Joinville em fevereiro. Milhares de jovens foram vistos carregando uma cruz de madeira, com meio metro de comprimento, por todos os lugares. Cruzes estavam presentes em ônibus, salas de aula, banheiros e até na praia. A missão de 21 dias, praticada no período da quaresma, era parte de uma ação simbólica da igreja, inspirada nos evangelhos dos apóstolos Marcos, Mateus e Lucas.

“Jesus disse ‘quem vier após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e me siga’. Ele estava querendo dizer que para ser um seguidor, a gente teria que morrer para nós mesmos, matar nosso orgulho, vaidade, pecado”, conta Falcão sobre a ação, garantindo que não se tratava de um período de penitência, mas de ensino. A ação contou com a participação de 2,5 mil pessoas.

A cena de ver uma amiga jovem carregando uma cruz em uma aula de dança assustou Kauane Linassi Leite, de 21 anos. No seu primeiro ano como bailarina da Escola do Teatro Bolshoi, em 2010, ela foi convidada para visitar a sede da Onda Dura. “Achei muito estranho ver aquilo. Fiz catequese e crisma quando era mais nova, mas acabei de afastando da religião com o tempo. Acreditava em Deus e mais nada”, diz. Após várias investidas da amiga, resolveu visitar a igreja.

Com um bloco e um lápis, Kauane ouviu a pregação do pastor Lipão e anotou os pontos que discordava. “No final do culto, o chamei para conversar. Ele foi tão receptivo com as minhas dúvidas e críticas, com o tempo fui me envolvendo.” No ano seguinte, com 19 anos, ela se batizou na Onda, liderou a equipe de dança contemporânea de balé clássico e jazz e virou pastora. “Eu tinha nojo da palavra. Não sei explicar como tudo aconteceu.”

Aluna de psicologia, a jovem enfrentou na faculdade os mesmos olhares estranhos que destinou à amiga que carregou a cruz na Bolshoi. “Levei a minha cruz para as aulas. Ela ficava embaixo da minha mesa, mas levava ao banheiro e intervalos. Recebi olhares tortos e falas de que era besteira. Mas foi engraçado.” Tudo valeu a pena, segundo ela. “Precisa compartilhar o que eu vivia. Jesus não é esse cara chato que muitos pregam."

inf/ultimosegundo

IGREJA 'EVANGÉLICA GAY' DO DF, ACOLHE HOMOSSEXUAIS EXPULSOS DE OUTRAS IGREJAS



comunidade-athos
Uma igreja fundada por homossexuais rejeitados em suas antigas denominações funciona no antigo ponto central de prostituição de Brasília (DF). A Comunidade Athos, localizada no Conic, é voltada para quem deseja praticar o ‘cristianismo’ sem sofrer preconceitos por causa da orientação sexual.
Márcia Dias, pastora da igreja, diz que a igreja possui cerca de 300 membros, e em média 80 pessoas participam dos cultos. Quase 100% são gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais – incluindo ela própria. "De cabeça, lembro de três heterossexuais que frequentam", diz.
A Athos não condena a homossexualidade e prega a teologia inclusiva, afirmando que isso está de acordo com a Bíblia. "Há muitos erros por parte de outras igrejas. Sodoma e Gomorra, por exemplo, não era formada só por gays. Ou seja, não é a homossexualidade que foi punida por Deus", afirma a pastora.
O sexo não é colocado no contexto do casamento, basta ter um relacionamento estável para a prática. "Não permitimos a promiscuidade. O sexo pode ocorrer entre pessoas que já mantém uma relação estável. Não estamos exigindo registro em cartório, até porque a Bíblia não fala disso, mas sim que as pessoas estejam com um parceiro".
Cerca de 90% dos fiéis são homens. "Algumas mulheres são lésbicas, frequentam igrejas e ninguém percebe. Com homens, é diferente", justifica o designer gráfico Fábio Carvalho, que cuida das redes sociais da Athos.
O culto da Athos tem uma estrutura semelhante ao de outras igrejas evangélicas. Durante a pregação, o pastor Alexandre Feitosa alerta sobre os "falsos profetas" que dizem que um relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo não pode dar certo.
O erro das igrejas e dos homens
Por um lado, líderes de igrejas fecham as portas para as pessoas que chegam às congregações sujas pelo pecado e confusas com aquilo que a cultura secular tem semeado em suas vidas. Como disse Jesus aos fariseus, “ai de vocês, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês”, no texto bíblico de Mateus 23.
Por outro, pessoas que não se colocam a disposição da obra que Deus tem a fazer na vida delas, se negam a andar como Cristo andou: negando a si mesmas, tomando diariamente a sua cruz e O seguindo. O homem que se volta aos prazeres da carne é capaz de abrir igrejas hereges e tornar a Palavra de Deus algo antiquado e ultrapassado, encontrando em versículos isolados a justificativa para sua vida pecaminosa – isso não se resume ao homossexualismo, mas a toda prática do pecado.
Pela graça de Deus somos salvos, e pela misericórdia, que se renova a cada manhã, somos perdoados e temos a oportunidade de recomeçar a vida por um novo e vivo caminho.
Revista Enfoque Gospel - Fev. 2015