Razões insondáveis levaram Jesus Cristo a não escrever o que ensinava, por isso, os ensinamentos por meio de parábolas tornaram-se os mais adequados, para que pudessem ser guardados pelos Apóstolos, homens de poucos recursos intelectuais. É indubitável que as suas palavras fossem proferidas de modo direto, sem o recurso das parábolas, a sua assimilação seria muito mais difícil.
O Mestre criava personagens que davam vida às narrações de suas parábolas, as quais passavam assim a ter profundeza e extensão necessárias para que pudessem atravessar os séculos, chegando incólumes às várias gerações que o sucederiam.
Vamos enumerar algumas parábolas proferidas por Jesus:
1 – A Parábola do Semeador (Marcos 4: 3-8)
Esta parábola mostra o que acontece quando diferentes tipos de pessoas ouvem o Evangelho. Em alguns o Evangelho cria raízes, alimenta-se através do esforço do crente e se aprofunda no compromisso. Para outros o Evangelho se enraíza, mas nunca é nutrido e a fé morre. Em outros o Evangelho é pregado aos ouvidos surdos e corações duros, que apresentam um ambiente inóspito para o testemunho crescer.
2 – Do Trigo e do Joio (Mateus 13: 24-30)
O Senhor permite que o justo e o ímpio cresçam em maturidade juntos, até que estejam completamente maduros em qualquer situação: bondade ou maldade. Ele vai separar o trigo que representa os justos do joio que significa os ímpios, sendo que os primeiros vão para o Reino de Deus e os segundos para o inferno.
3 – Do Grão de Mostarda (Lucas 13: 18-22)
O grão de mostarda é uma semente minúscula, mas, uma vez lançada a terra, germina, deita raízes, através das quais assimila os elementos de que necessita; projeta-se para o ar livre, ramifica o seu caule, emite folhas até reproduzir a planta de onde provem, tornando-se a maior das hortaliças. Assim acontece com a implantação do reino dos céus na alma humana.
4 – Da Ovelha Perdida (Lucas 15: 4-7)
O Senhor se preocupa com seus filhos, tanto quanto o pastor se preocupa com suas ovelhas. Um bom pastor deixa o rebanho e vai procurar a ovelha perdida. O Senhor se alegra quando esta é encontrada e trazida de volta ao rebanho. Isso acontece em nossa vida quando abandonamos a Deus e depois voltamos a encontrá-lo pedindo perdão.
5 – Do Filho Pródigo (Lucas 15: 11-24)
Nos fala da alegria de um pai que vê o filho retornar a sua casa, pois tinha pedido ao pai que lhe entregasse sua herança, foi correr o mundo e voltou arrependido. Jesus usou esta parábola e seus dons especiais para mostrar o amor e o perdão de Deus aos pecadores que se arrependem.
6 – A dos Talentos (Mateus 25: 14-30)
Deus vai fazer-nos responsáveis pelos dons que Ele nos deu. Devemos usar esses dons para servir em seu reino terreno, especialmente para atender aos nossos semelhantes. O Senhor diz: “muito bem, servo bom e fiel; tens sido fiel sobre poucas coisas, vou te fazer reinar sobre grandes coisas.”
7 – Do Bom Samaritano (Lucas 10: 30-37)
Eis aí a demonstração clara e precisa de que os chamados hereges são muitas vezes aqueles que propiciam melhores demonstrações de amor; a prova de que não adianta ser portador de títulos relevantes no seio das religiões, se não existir a humildade e o desprendimento.
8 – Do Rico Insensato (Lucas 12: 16-20)
Pode ser vista como uma severa admoestação aos usurários e avarentos. Os bens terrenos que possuímos não têm valor algum perante os tesouros espirituais que levaremos para a eternidade.
9 – Casamento do Filho do Rei (Mateus 22: 1-14)
O rei convida todos os tipos de convidados para o casamento de seu filho. Muitos se recusam a ir. Alguns matam seus servos que ele enviou para convidá-los. Outros vêm, mas são indignos ou despreparados.
Esta parábola termina assim: “Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.” O Senhor nos convida para tornar-nos parte do Seu Reino, mas poucos se qualificam para a vida eterna em Sua presença.
Por meio das parábolas, Cristo levou a todos a mensagem da salvação, incentivando seus ouvintes a se arrependerem e crerem, a praticar sua fé e se sentia a vontade em todos os níveis sociais e sabia ministrar sabiamente a todos independente de formação ou profissão.
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