Em seu artigo publicado (em 13/06/03) no site “www.ianpaisley.org”, o Dr. Ian Paisley escreveu o seguinte:
C. G. Spurgeon concluiu um dos seus grandes sermões com as palavras abaixo:
“Não encontro palavras
por demais severas. Se cada frase minha fosse um trovão e cada palavra,
um relâmpago, mesmo assim não seriam fortes demais para protestar contra o maldito sistema que tem degradado a terra inteira, levando-a a beijar
os pés do papa e que ainda continuar a rebaixar a nossa nação, e isso
através de uma igreja dita protestante. Ó Deus Todo Poderosos, Tu que é o
Deus de Latimer e de Ridley, o Deus dos mártires, cujas cinzas ainda se
encontram entre nós, será que vais tolerar que este povo volte aos
falsos deuses, aos santos e santas, às virgens e crucifixos, às
relíquias e às baforadas de fumaça e ao domínio tenebroso? Pois a isso
ele vai chegar, se a Tua graça não prevalecer. Ó, meu ouvintes, Jesus é o
único Salvador dos filhos dos homens. Creiam nele e vivam. Este é o
único evangelho e vocês estarão correndo perigo se não o receberem, por
amor a Cristo”.
No jornal católico
“Universe”, de 08/06/03, foi publicado um longo artigo sobre a lança que
feriu o lado do Salvador, após a sua morte.
Cada vez mais a ICR
(Igreja Católica Romana) está indo de volta às relíquias e às trevas da
Idade Média, antes da Reforma. A linguagem de Roma é controlada, mas as
relíquias não são condenadas nem rejeitadas e muito pelo contrário, têm
sido honradas se veneradas.
Se a ICR rejeita as
relíquias, como é que ela gasta tanto tempo expondo a sua história e
credibilidade? O artigo do “Universe” entra nos mínimos detalhes. Ele
nos conta o nome do soldado que usou a lança e do entusiasmo dos líderes
mundiais, de Constantino até Hitler, os quais estiveram de posse da
relíquia sagrada.
O artigo diz que a lança “sagrada” foi retirada do Museu de Viena, após a II Guerra Mundial, conforme poderemos ver.
“No capítulo 19, S. João
nos conta como, com a aproximação do sábado foi sugerido a Pilatos que
as mortes de Jesus e dos dois ladrões com Ele crucificados fossem
apressadas, se as pernas destes fossem quebradas. O governador deu-lhes o
consentimento e a orfem brutal foi executada nos dois hmens condenados
com cristo. Mas quando estes chegaram a Jesus, Ele já estava morto e
para ter certeza, um dos soldados furou o lado de Jesus com uma lança,
tendo escorrido do ferimento sangue e água.
O Centurião
Esse incidente foi registrado por S. João como prova de que na morte
Cristo havia cumprido as profecias do Velho Testamento: “Nenhum dos seus
ossos será quebrado” e “Verão aquele que traspassaram”.
O soldado que usou a
lança não é nomeado no evangelho. Mas conforme o Evangelho de Nicodemos,
antes chamado Atos de Pôncio Pilatos ele era um centurião meio cego
chamado Longuinho, o qual se ajoelhou depois e teve a sua visão
miraculosamente restaurada. Logo em seguida, ele abandonou o exército
romano e passou a levar uma vida de oração, tendo sido torturado pela
sua fé e se tornado santo.
Contudo, em sua obra
“Vida dos santos”, o Ver. Sabino Baring Gould lança algumas dúvidas
sobre a veracidade esta história, declarando que o nome do soldado pode
ter resultado simplesmente de um erro na tradução da palavra grega
“longenhe” , que significa lança”.
Mesmo assim, as supostas
relíquias do “soldado” desconhecido têm sido conservadas, por toda a
cristandade, inclusive a “lança” rival, para a qual nenhuma exigência de
autenticidade tem sido feita pelo Vaticano.
Mas tendo estabelecido
na narrativa do seu evangelho que alguém, de fato, enfiou uma lança no
lado do Salvador, é precisa haver muito pouca imaginação para entender
por que esse artefato, manchado com o verdadeiro sangue de Cristo,
poderia ser, caso ainda existisse, uma das relíquias mais sagradas já
conhecidas do mundo cristão.
A lenda diz que no
Século IV da Era Cristã, Constantino, o Grande, invocou o poder da lança
para cristianizar o Império Romano e que Carlos Magno (nascido em cerca
de 742 d.C.) também recebeu o poder através da posse da mesma. Duzentos
anos mais tarde, L. de Cremona deixou a primeira narrativa escrita
sobre a relíquia sagrada, ligando-a ao primeiro sacro imperador romano,
Constantino. Enquanto isso, em 1084 o seu sucessor Henrique IV afirmou
em sua coroação que a lança continha também um dos cravos usados na
crucificação.
Lá pelo Século XIV, o
valor dessa propaganda era tal que Carlos IV da Boêmia e Alemanha, a
reclamaram para o trono, afirmando que a relíquia era a “Lança do
Senhor”.
Contudo, em 1424,
Sigismundo de Luxemburgo vendeu a lança à cidade conhecida como
Nuremberg, onde ela permaneceu até 1800, quando foi contrabandeada para
Viena, a fim de livrá-la de ser capturada por Napoleão.
Foi ali que o jovem
Adolfo Hitler viu a lança e ambicionou-a, pelo poder que ele acreditava
que ela proporcionava a quem a possuísse.
Historiadores mais
moderados afirmam que ela foi roubada no meio das “jóias da coroa” da
Casa de Habsburgo, entre as quais a lança se encontrava, o que é mais
consistente com a narrativa da devastação de outros museus, e que Hitler
a considerava uma relíquia, simplesmente como o fazia com outros
espólios de guerra. E que no final do conflito a lança , ou talvez uma
réplica da mesma, foi recapturada pelos soldados americanos e conduzida
de volta ao Museu Kunsthistorishes de Viena”.
E mesmo permanecendo a duvidosa autenticidade da lança exposta, o artigo prossegue:
“Sua origem é depressa
esquecida, mas a piedade popular se encarrega do resto e a lança
continua a ser reverenciada, junto com outros tesouros menores, como um
dente de S. João Batista e um osso do braço de Santa Ana, através dos
séculos”.A veneração dessas relíquias é uma supersticiosa idolatria.
Mesmo que a lança fosse genuína, ela não poderia conter qualquer valor
espiritual. Na história de Israel a serpente de bronze erguida sobre uma
haste trouxe a cura a milhares de israelitas. Contudo, o Rei Ezequias,
ao constatar que ela estava sendo adorada, mandou que fosse destruída.
Vamos ler em Números 21:7-9:
“Por isso o povo veio a Moisés, e disse: Havemos pecado porquanto temos
falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós estas
serpentes. Então Moisés orou pelo povo. E disse o SENHOR a Moisés:
Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que
viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela. E Moisés fez uma
serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, picando
alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal,
vivia”.
Agora vamos ler 2 Reis 18:1-4:
“E sucedeu que, no
terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar
Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá. Tinha vinte e cinco anos de idade
quando começou a reinar, e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o
nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias. E fez o que era reto aos olhos
do SENHOR, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. Ele tirou os altos,
quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a
serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos
de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã”.
Agora vamos ler o Êxodo 20:1-6:
“ENTÃO falou Deus todas
estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra
do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há
em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus,
sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a
terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a
milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos”.
O que é proibido no segundo Mandamento?
Deus proíbe a adoração a Deus através de imagens ou de qualquer outro meio exposto na Sua Palavra.
Então, como é que a ICR
ultrapassa o Segundo Mandamento, o qual declara que o homem não deve
fazer nem se dobrar diante de imagens fabricadas?
A ICR sempre omite o
Segundo Mandamento em seus catecismos. E para esconder essa falcatrua,
ela divide o Décimo Mandamento em dois.
O que a ICR entende como relíquia?
Os cadáveres ou ossos dos santos e qualquer outra coisa que lhes tenha pertencido durante sua vida terrena.
Quais são as duas classes de relíquias mais valorizadas pela ICR?
São elas:
“1. partículas de crânios, ossos, pele, dentes, cabelos, unhas e gotas de sangue dos santos.
2. Instrumentos de tortura através dos quais os santos tenham perecido.”
Nomes de algumas relíquias expostas e veneradas pela ICR
Dentre uma infinidade de outras coisas, a ICR expõe e venera como relíquias:
1. os cabelos de Santa Madalena;
2. as pedras atiradas contra Sto. Estevão;
3. o feno da mangedoura de Belém;
4. A cauda do jumento de Balaão;
5. Um dente de S. Paulo;
6. pedaços dos artelhos de Sto. Edmundo.
Além de várias cabeças de S. Pedro!!!
Qual a veneração devida às relíquias?
“O Concílio de Trento
não definiu. As autoridades modernas declaram que as relíquias são
“valiosas promessas que animam a sua confiança e comunhão na intercessão
dos santos”. Dizem ainda que a estas deveria ser dada “uma honra
relativa e inferior, visto como se relacionam a Cristo e aos santos,
sendo memoriais destes”. E que “na exibição formal das relíquias na
Catedral de S. Pedro, em Roma, adoração formal e pública lhes pé
oferecida, enquanto o papa e os cardeais se ajoelham diante delas, do
mesmo modo como o fazem diante da hóstia e do altar”.
Qual o fato que contesta a genuinidade das relíquias da ICR?
É o fato de que existem
tantas relíquias de cada apóstolo e santo e tantas duplicatas de cada
uma. Os apóstolos devem ter tido várias cabeças, cada um, bem como um
número enorme de costelas, a fim de ser conseguido tal suprimento.
Helena [mãe de Constantino], que descobriu a cruz, deve ter possuído
nada menos de três corpos, visto como existe um na Igreja de Arascelli,
em Roma, outro perto de Rheims, e um terceiro em Constantinopla.
A cruz de Cristo deve
ter sido monumental [bem maior do que a estatua do Cristo Redentor no
RJ], a fim de poder suprir todos os pedaços que têm sido exibidos.
Existem até mesmo relíquias de anjos, como uma pena da asa do arcanjo
Miguel.
Qual a vanglória da ICR sobre os milagres?
Ela afirma que o poder
lhe foi transmitido. Que as suas relíquias, imagens e santos, todos eles
têm operado milagres e ainda continuam operando. O Cardeal Neuman
falou:
“Certamente a ICR, de Leste a Oeste e de Norte a Sul está apoiada em milagres”.
Será que o caráter das doutrinas, para cujo apoio os milagres da ICR têm sido aplicados não nos levam a rejeitá-los?
Sim, Deus declara que
qualquer sinal ou maravilha operados como suporte a qualquer doutrina
contrária à Sua palavra, que não tenham passado por um exame rigoroso,
devem ser considerados falsos.
Qual o código moral ou caráter dos supostos milagres alegados pela ICR?
Segundo Francis Schaff,
esses milagres não têm sido tão sobrenaturais e acima do racional. Eles
têm sido anti-naturais e irracionais.
É dito, por exemplo, que
S. Bernardo, quando estava dentro do vapor rumo à França, achando que
havia esquecido alguma coisa, voltou caminhando a pé enxuto sobre o mar.
Que S. Dionísio, após ter sido decapitado, andou duas milhas segurando a própria cabeça.
Que Sto. Antônio fez o cavalo de um herege venerar a hóstia, inclinando a cabeça e ajoelhando-se diante da mesma.
Que Sto. Hilário,
atendendo ao apelo de um dos fiéis que patrocinava o turfe, o qual era
invariavelmente derrotado pelos seus antagonistas, deu-lhe uma jarra com
água para ser aspergida sobre o cavalo e o curso da corrida. Isso
resultou em que o cavalo do tal jóquei ultrapassasse todos os demais,
vencendo a corrida. [Este deve ser o padroeiro dos jogadores no
hipódromo].
Em contraste a todos
esses “milagres” católicos, os de Cristo foram operados com a dignidade e
o poder correspondentes ao objetivo de Sua missão. Eles foram uma
belíssima ilustração das bênçãos que Ele veio nos prodigalizar.Qual era a
opinião do Cardeal Neuman sobre os milagres da ICR?
Ele disse que os
milagres da ICR eram “indignos de qualquer autor sábio”, acrescentando
que: “a notória falta de sinceridade e as fraudes da ICR em outros
assuntos eram suficientes para observar com forte suspeita o seu
testemunho de milagres”. Pois, logo depois de passar para o lado romano,
ele começou a aceitar os milagres da ICR, passando a se ajoelhar diante
dos seus crucifixos, no choro de suas “madonas” e até mesmo na
liquidificação do sangue de San Genaro.
Será que esse tipo de caráter da IUCR não foi predito e severamente condenado nas Escrituras Sagradas?
Sim. esta é uma das
características do “homem do pecado” , segundo Paulo, na 2
Tessalonicenses 2:7-12: “Porque já o mistério da injustiça opera;
somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então
será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua
boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é
segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de
mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque
não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes
enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam
julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na
iniqüidade”.
Durante 12 ou 15 séculos
a ICR tem se locupletado de falsos dogmas e de milagres espúrios, o que
demonstra claramente o caráter de sua enorme apostasia. E na hora em
que publicamos este artigo, uma nova relíquia da ICR está chegando de
visita à Irlanda – um pedaço da língua de um santo qualquer…
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