Por Gustavo Venturelli
“E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito” (Gn 28.15)
Introdução:
Abraão, Isaque e Jacó estão entre as pessoas mais importantes do Antigo Testamento. É preciso notar que esta importância não esta baseada no caráter pessoal de cada um deles, mas no caráter de Deus. Estes homens conquistaram grande respeito e até mesmo temor de seus conhecidos. Eram ricos e poderosos, e, contudo, egoístas, capazes de mentir e enganar. Não se tratava de heróis perfeitos, como podíamos esperar; ao contrario, eram pessoas como nós, tentando agradar a Deus mas sempre tropeçando.
Jacó era o terceiro elo no plano de Deus para iniciar uma nação descendente de Abraão. O sucesso deste plano se deu mais “apesar de” do que “em razão da” vida de Jacó. Antes de Jacó nascer, Deus prometera que seu plano se desenvolveria através dele, e não de seu irmão gêmeo, Esaú. Embora os métodos de Jacó nem sempre fossem respeitáveis, suas habilidades, determinação e paciência tinham de ser reconhecidas. Ao acompanharmos sua vida desde o nascimento até a morte, vemos a mão de Deus trabalhando. A vida de Jacó possui quatro estágios, cada qual marcado por um encontro pessoal com Deus.
Primeiro estágio - Jacó corresponde à expectativa do seu nome, que significa “ele agarra o calcanhar” (de forma figurada “ele engana”). Ele agarrou o calcanhar de Esaú ao nascer e, quando fugiu de casa, também agarrou a bênção e a primogenitura do irmão. Durante sua fuga, Deus lhe apareceu no caminho, não apenas lhe confirmando a bênção, mas também despertando nele um conhecimento pessoal sobre si mesmo.
Segundo estágio - Jacó experimentou a vida pelo outro ângulo ao ser manipulado e enganado por Labão. Então ocorre uma mudança curiosa: o Jacó do primeiro estágio teria simplesmente abandonado Labão, porém o Jacó do estágio dois, após ter decidido partir, aguardou seis anos pela permissão de Deus.
Terceiro estágio - Jacó estava em um novo papel como agarrador. Desta vez, às margens do rio Jordão, ele agarrou-se com Deus e não queria deixá-lo partir. Ele percebeu sua dependência do Deus que continuara a abençoá-lo. Seu relacionamento com Deus tornou-se essencial para a sua vida, e seu nome foi mudado para Israel, que significa “ele luta com Deus”.
Quarto estágio - O último estágio da vida de Jacó foi ser agarrado – Deus realmente o segurou. Ao responder o convite de José para ir ao Egito, Jacó demonstrou claramente não querer tomar nenhuma decisão sem a aprovação de Deus.
Pontos fortes e êxitos de Jacó:
•Pai das 12 tribos de Israel.
•Terceiro na linhagem abraâmica do plano de Deus.
•Determinado, era disposto a trabalhar muito pelo que desejava.
•Bom homem de negócios.
Fraquezas e erros:
•Ao enfrentar conflitos, confiava em seus próprios recursos ao invés de buscar ajuda em Deus.
•Tendia a acumular riquezas para seu próprio bem.
Lições de vida:
•A segurança não está no acúmulo de bens.
•Todas as atitudes e intenções humanas – para o bem ou para o mal – são tecidas por Deus no decurso de seu plano.
A história de Jacó pode ser encontrada em Gênesis 25-50. Ele é também mencionado em Oséias 12.2-5; Mateus 1.2; 22.32; Atos 7.8-16; Romanos 9.11-13; Hebreus 11.9,20,21.
Mensagem Musical:
Consagração: http://www.youtube.com/watch?v=dJ9VNBCVHJo&feature=related
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