De acordo com a notícia publicada em Christian Concern, em 2015 o rapaz se envolveu em uma discussão no Facebook sobre o caso de uma escrivã que se negou a emitir licença de casamento para pessoas do mesmo sexo, em Kentucky, no Estados Unidos. “O casamento entre pessoas do mesmo sexo é pecado, quer gostemos disso ou não. É o que diz a palavra de Deus e os sentimentos humanos não vão mudar sua palavra”, argumentou Felix.
Cerca de dois meses depois, ele recebeu um e-mail da universidade informando que seus comentários estavam sendo investigados. Felix foi interrogado por “investigadores” da instituição e argumentou que já havia trabalhado com homossexuais em diferentes contextos, e que sua fé não lhe permite discriminar pessoas por esse motivo. Segundo a notícia, um dos investigadores reconheceu que ele estava sendo sincero e que não havia se comportado de forma discriminatória. “Você não tentou ocultar nada e agradeço sua honestidade e integridade. Eu não acho que você se comportou de forma discriminatória, no entanto, ao ler seus comentários uma pessoa poderia se sentir discriminada”.
A universidade criou uma comissão, presidida por uma professora ativista dos direitos LGBT, para avaliar se as regras da instituição haviam sido violadas. Em fevereiro de 2016, a comissão decidiu que Felix deveria ser excluído do curso de Serviço Social. O rapaz ainda teria que relatar sua exclusão de um curso sempre que estiver pleiteando uma vaga de emprego.
A defesa de Felix se baseou no Artigo 10 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que protege a liberdade de expressão:
“Qualquer pessoa tem direito à liberdade de expressão. Este direito compreende a liberdade de opinião e a liberdade de receber ou de transmitir informações ou ideias sem que possa haver ingerência de quaisquer autoridades públicas e sem considerações de fronteiras.”
O advogado da universidade reconheceu que o direito de livre expressão de Felix havia sido restringido, mas argumentou que “o requerente poderia ter seguido outra carreira na qual não houvesse restrição à liberdade de expressão.” Para o advogado Paul Diamond, este é o começo de uma política para silenciar os cristãos evangélicos no Reino Unido.
O caso também foi noticiado nos jornais The Guardian e Independent.
Com informações de Christian Concern e colaboração de Enedina Sacramento.
Publicado em Ultimato
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