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domingo, 19 de novembro de 2017

Vaticano investiga supostas relações homossexuais entre menores do pré-seminário Fonte

Assunto voltou a ser preocupação da Igreja Católica após casos de abuso sexual serem revelados em livro de jornalista italiano lançado este mês

O Vaticano anunciou neste sábado (18) que iniciou uma investigação sobre supostas relações homossexuais mantidas entre menores no pré-seminário São Pio X, na Santa Fé, que acolhe coroinhas e possíveis seminaristas.
Vaticano é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado cujo território está dentro da cidade de Roma, capital da Itália
Paulo Pinto/Fotos Públicas
Vaticano é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado cujo território está dentro da cidade de Roma, capital da Itália
"Em consideração dos novos elementos surgidos recentemente está em curso uma nova investigação para que se lance toda a luz sobre o que realmente aconteceu", disse o Vaticano em comunicado. Os líderes da Igreja Católica afirmam também que, desde 2013, foram realizadas investigações em várias ocasiões depois que "algumas denúncias anônimas e não anônimas" foram efetuadas.

"Os fatos denunciados, que datavam de anos anteriores e nos quais estariam envolvidos alunos coetâneos entre si, alguns dos quais já não estavam presentes no instituto no momento das investigações, não encontraram uma confirmação adequada", acrescenta a nota.


Abuso sexual


O assunto voltou a ser preocupação da Igreja após casos de abuso sexual entre os alunos do pré-seminário, localizado a poucos metros da Casa Santa Marta, residência oficial do papa Francisco, serem o foco central de recentes investigações jornalísticas.
Neste mês, o jornalista italiano Gianluigi Nuzzi apresentou um livro intitulado "Peccato originale" ("Pecado Original", em tradução livre) no qual divulga o relato do jovem polonês Kamil Tadeusz Jarzembowski sobre supostos abusos cometidos na instituição.


Na polêmica publicação, o garoto conta sobre "os abusos no seu quarto a outro seminarista, mais de 140 vezes e dos quais ele era testemunha ocular". Os casos teriam ocorridos entre os anos de 2013 e 2014.

*Com informações da agência Ansa

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