Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

sábado, 1 de setembro de 2012

ATOS


PROPÓSITO: A intenção de Lucas parece ter sido a de mostrar a força do Reino de Deus que, ao ser anunciado, cresce; e o autor parece estar interessado em mostrar que a ação do Espírito Santo fez com que Paulo, a exemplo de Jesus, falasse aberta e livremente sobre as maravilhas do Reino de Deus. Além disso, parece querer mostrar que o anúncio chegou ao seu objetivo: a cidade de Roma onde Paulo se instala e de onde faz com que a Palavra sobre o Reino se espalhe. 

Com isso Paulo, na visão lucana, repete e executa a ordem de Jesus: animado pelo Espírito, anuncia a presença do Reino de Deus. Em função disso podemos dizer que o livro dos Atos dos Apóstolos, na realidade são uma narrativa dos atos de Paulo. Isso sem nenhum menosprezo aos demais apóstolos e sem supervalorizar a Paulo. Apenas que Lucas, aparentemente discípulo de Paulo, narra a perspectiva da mensagem com a qual conviveu e se utiliza da fonte em que bebeu: os ensinamentos de Paulo.

ESCRITOR: Lucas, o médico, amigo e companheiro de Paulo.

DATA: O livro de Atos termina abruptamente com Paulo em seu segundo ano na prisão de Roma, que teve início cerca de 60d.C. Lucas não dá informação sobre o martírio do apóstolo Paulo que morreu decapitado entre 66e 68 d.C. Os eruditos acreditam que Lucas teria incluído acontecimentos importantes se tivesse escrito depois de 64 d.C., como as perseguições empreendidas por Nero (64-68 d.C.) ou a destruição de Jerusalém (70d.C.). Portanto, Atos foi escrito provavelmente entre 61 e 63 d.C

DESTINATARIO: Atos é dirigido a uma pessoa específica, Teófilo. Embora tivesse escrito para alguém específico, na verdade foi dirigido a todos os que amam a Deus, uma vez que "Teófilo" significa "aquele que ama a Deus". 

MENSAGEM: O livro de Atos registra a história do estabelecimento e da expansão do cristianismo, através da ascensão de JESUS, a descida do ESPÍRITO SANTO, o dia de Pentecostes, as primeiras viagens missionárias, até a chegada de Paulo em Roma para continuar a pregação do evangelho na capital mundial. Atos é a continuação dos ensinamentos de JESUS nos evangelhos através da vida dos santos das igrejas. Atos se passa em Jerusalém (onde se iniciou a igreja) e Roma (capital e centro do império da época), relatando os primeiros trinta anos da história da igreja contando como tanta pouca gente impactou tão profundamente aquele mundo.

Introdução 
Atos dos apóstolos é o livro que continua a história de Jesus e do evangelho, história esta que começa no evangelho de Lucas. 

Em Atos, o autor conta como o evangelho foi anunciado em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até nos confins da terra.

Começando em Jerusalém a mensagem de Cristo se espalha pelo Império Romano, até que o apostolo Paulo chega a Roma, a capital do império. Assim a fé cristã se torna uma religião para o mundo inteiro, pois Jesus Cristo é o Salvador e Senhor de todos. 

Cap 1
No evangelho de Lucas é contada a vida de Jesus desde o seu nascimento até o dia em que ele foi levado para o céu, aqui é contada como a boa noticia do evangelho foi anunciada nos paises que faziam parte do imperio romano.
(Atos 1:8) - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

Depois de ter ressuscitado, Jesus apareceu aos apostolos durante quarenta dias, a sua ida para o céu, à vista dos apóstolos, é outra prova quele continua vivo ao lado de Deus no céu.
(Atos 1:3) - Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.

Para tomar o lugar de Judas Iscariotes, os apóstolos sob a liderança de Pedro, escolhem Matias. Isso acontece ainda antes da vinda do Espírito Santo. Matias é mencionado no Novo Testamento apenas aqui.
(Atos 1:26) - E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos.

Cap 2 
No dia de Pentecostes (festa da colheita de trigos que ocorria 50 dias depois da Páscoa) Deus da aos seguidores de Jesus o Espirito Santo anunciado por João Batista e prometido por Jesus, eles receberam o poder para dar testemunho a respeito de Jesus
(Lucas 3:16) - Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

(Lucas 24:49) - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

(Atos 1:5) - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

O fato de que Jesus havia sido condenado e executado criminoso e pregando o evangelho baseado na morte e ressurreição de Jesus acabava sendo era uma escândalo para judeus e gentios. 
(I Corintios 1:22-23) - Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.

A cura do coxo (cap 3)
Pelo poder do nome de Jesus, Pedro cura um homem coxo e depois, no pátio do Templo, anunciam com poder a mensagem de salvação
(Atos 3:6) - E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.

Pedro e João diante do conselho superior (cap 4)
Pedro e João precisam se defender diante do Conselho Superior. Novamente os apóstolos falam com poder, deixando os lideres judeus admirados. Não havia como negar que de fato, Pedro e João haviam curado o homem.
(Atos 4:13) - Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.

Os primeiros missionários não tinham formação rabínica formal, mas afirmavam ter base na lei de Moisés. Era difícil para os judeus admitir que Jesus, um mestre carpinteiro, fosse maior que Moisés, muito menos Deus, como diziam os cristãos, adorar alguém que havia sido crucificado era uma blasfêmia, não havia paralelo na história judaica de que alguém que houvesse sofrido tal condenação fosse de Deus, o nascimento virginal de Jesus era associado a deuses gregos pagãos, entre outras coisas.

Ananias e Safira (cap 5)
O pecado de Ananias e Safira não foi o de ficar com parte do dinheiro, mas de mentir,dizendo que estavam entregando a quantia inteira. Querer enganar a Deus grave pecado.

Também neste capítulo, verificamos que novamente o conselho superior procura fazer com que os apóstolos parem de falar em publico a respeito de Jesus e esta disposto a matá-los. Mas Deus os protege, e eles continuam a dar o seu testemunho. O conselho aceita a opinião do fariseu Gamaliel e, depois de chicoteados e advertidos, os apóstolos são soltos.
(Atos 5:40-42) - E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir. 

Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo. 

Auxiliares dos apóstolos (cap 6)
O primeiro desentendimento entre os cristãos torna necessária a escolha de um outro grupo, para cuidar do trabalho da igreja. Este grupo é chamado de diáconos, tradução do grego “serviço = diakonia”

Estevão (cap 7)
Estevão foi acusado de estar atacando o Templo e a lei de Moisés. Estevão faz um longo discurso, na qual resume a história do povo de Israel desde Abraão até o seu próprio tempo. Boa parte do discurso conta a história do povo antes da construção do Templo, um período de mais ou menos 900 anos. Estevão, mostra que no passado, Deus se manifestou em lugares fora da terra de Israel e insiste que Deus não mora no Templo. Afirma também que Israel costumava rejeitar os libertadores que Deus enviou. Estevão é apedrejado e se torna o primeiro mártir cristão.

Saulo persegue a igreja (cap 8)
A perseguição liderada por Saulo faz com que a mensagem do evangelho se espalhe por toda a parte, começando como Jesus tinha dito, na Judéia e Samaria.
(Atos 8:4) - Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra.

(Atos 1:8) - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser  me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

Os apóstolos ficam em Jerusalém, mas os cristãos que foram espalhados anunciam o evangelho por toda a parte. Filipe, um dos sete auxiliares dos apóstolos leva o evangelho até a região de Samaria. Depois do seu encontro com o alto funcionário da Etiópia, ele anuncia o evangelho na cidade de Azato e em outras cidades até Cesaréia. 

A conversão de Saulo (cap 9)
Saulo continua perseguindo a igreja e recebe permissão para prender cristãos de origem judaica que moravam na cidade de Damasco, a fim de serem julgados pelo conselho superior em Jerusalém. Na estrada para Damasco, o Senhor Jesus aparece a Saulo, e, um pouco mais tarde, ele se torna seguidor de Jesus. Saulo se torna Paulo e é chamado para ser apóstolo de Jesus.

Pedro (cap 10 e 11)
O apóstolo Pedro anuncia o evangelho em Cesaréia, na casa de Cornélio, um oficial do exército romano. Antes disso, um anjo do Senhor tinha falado com Cornélio e numa visão, Deus tinha revelado a Pedro que ninguém deve ser considerado impuro. Este acontecimento é de grande importância, pois a vinda do Espírito Santo sobre aqueles não-judeus em Cesaréia é prova absoluta que Deus “aceita todos os que o temem e fazem o que é direito”

(Atos 10:35) - Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.

(Atos 10:45) - E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.

Mais perseguições (cap 12)
Agora, são as autoridades civis que começa a perseguir os cristãos. Tiago, um dos apóstolos é morto, e Pedro é preso. Mas Deus ouve as orações continuas do seu povo, e Pedro é libertado.

(Atos 12:5) - Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.

(Atos 12:7) - E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias.

Herodes é morto, porque aceitou a honra que pertence somente a Deus. Apesar da perseguição, a mensagem do evangelho se espalha pelo mundo inteiro.
(Atos 12:23) - E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou.

Paulo começa o seu trabalho (cap 13)
A primeira viagem missionária durou uns dois anos. Barnabé e João Marcos estavam com Paulo, mas logo João marcos os deixou e voltou para Jerusalém. Este acontecimento fez com que, mais tarde, Paulo e Barnabé seguissem rumos diferentes em seu trabalho.

Alguns judeus aceitaram a mensagem, mas foram os não-judeus que se mostraram mais receptivos. Com inveja, os judeus discutiram com Paulo e o insultaram. Paulo então, voltou-se para os não-judeus.

Icônio (cap 14)
Depois de passarem por Icônio, onde a história não foi muito diferente do que tinha acontecido em Atioquia da Psídia, Paulo e Barnabé chegaram a Listra. Aqui, pela primeira vez em Atos, eles anunciaram o evangelho para não-judeus, pessoas que precisavam, antes de tudo, converte-se ao Deus vivo. 

A segunda viagem missionária de Paulo (cap 15)
Paulo e Barnabé se separam

Timóteo acompanha Paulo e Silas (cap 16)
Ao voltar a cidade de Derbes e Listra, Paulo passa a ter um novo companheiro de trabalho, Timóteo. 

Em Tessalônica, Beréia e Atenas (cap 17)
Em Tessalônica e Beréia, a experiência de Paulo e Silas é semelhante àquela de Paulo e Barnabé em Antioquia da Psídia: a conversão de muitas pessoas causa inveja nos judeus e começa a perseguição aos apóstolos. Em Atenas no seu discurso aos ouvintes pagãos, Paulo não faz nenhuma referência às Escrituras sagradas ou à história dos israelitas, pois isso não teria nenhum sentido para eles.

Em Corinto (cap 18)
Corinto, a capital da província romana de Acaia. Era um importante centro de comércio e tinha fama de ser uma cidade muito imoral. Paulo ficou ali uns dois anos, sustentando-se, de inicio, com sua profissão de fazer barracas. 

Terceira viagem missionária de Paulo
A terceira viagem missionária de Paulo ocorre entre os anos de 54 a 57 e teve por objetivo fortalecer os discípulos nas novas igrejas na Ásia Menor e Grécia.

Tal como nas missões anteriores, Paulo sempre parte da igreja onde congregava em Antioquia, de onde segue por terra até Éfeso, passando por Tarso, Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Psídia.

Nesta expedição, Paulo dá mais atenção à igreja de Éfeso onde acontecem milagres e o apóstolo sofre a oposição dos ourives que lucravam fabricando imagens da deusa Diana, provocando um grande tumulto na cidade.

Após à confusão, Paulo segue para a Macedônia e Acaia onde visita as igrejas.

De volta à Ásia, Paulo reúne-se com a igreja de Trôade, ocasião em que é presenciado um milagre de ressurreição de um jovem que havía despencado da janela do terceiro andar ao adormecer durante o prolongado discurso proferido por Paulo.

Ao desembarcar em Mileto, Paulo tem um comovente encontro com os presbíteros da igreja de Éfeso.

Deixando Mileto, Paulo passa por Tiro e Cesaréia, indo novamente apresentar-se em Jerusalém, sabendo que lá iria ser preso.

A prisão de Paulo
Em sua estadia em Jerusalém, após ter regressado de sua terceira viagem missionária, Paulo é detido pelos judeus quando se encontrava no templo cumprindo seu voto.

Devido à confusão que foi formada na ocasião da prisão de Paulo, as autoridades romanas em Jerusalém intervieram, evitando que o apóstolo fosse morto.

Invocando sua cidadania romana, Paulo obtém algumas proteções enquanto permanecia em custódia aguardando julgamento, o que motivou a sua transferência para Cesaréia, sob os cuidados de féliz, governador da Judéia, perante o qual foi acusado pelos judeus de ter causado inquietação política e profanação do templo.

Com dificuldades para decidir sobre o caso de Paulo, Félix o mantém em custódia por dois anos até ser substituído por Festo que, ao fazer um acordo com os judeus, promete encaminhar o apóstolo para ser julgado em Jerusalém.

Não concordando que o seu julgamento fosse realizado em Jerusalém, Paulo interpõe um apelo para impedir tal determinação e, devido ao seu requerimento, consegue pelas leis romanas que o seu caso fosse apreciado pelo imperador em Roma. Isto porque a legislação da época permitira que um cidadão romano que não se sentisse tratado com justiça pudesse apelar para o imperador nos casos em que a pessoa jamais tivesse sido condenada por um tribunal inferior e a acusação não se tratasse de crimes comuns.

Enquanto esteve sob a custódia de Festo, o caso de Paulo chegou a ser submetido ao rei Herodes Agripa II, porém depois de seu apelo ao imperador. Agripa não encontrou em Paulo nenhum motivo para ser condenado, contudo de nada adiantou o seu parecer.

A viagem de Paulo a Roma
A viagem de Paulo a Roma ocorre entre os anos de 59 e 60 da era comum em que o apóstolo atua como um verdadeiro missionário junto aos criminosos que estavam sendo transportados no navio.

A viagem foi turbulenta, tornando-se perigosa depois que o navio já encontrava-se em Creta, quando todos foram surpreendidos por um forte tufão quando navegavam pelo lado sul da ilha.

Enfrentando uma longa tormenta, o navio afastou-se de Creta vindo a naufragar em Malta, onde Paulo permaneceu por três meses em terra curando os enfermos da ilha. Em Malta, tem-se o relato de mais um milagre ocorrido quando Paulo é picado por uma serpente e sobrevive sem sentir nenhum efeito do veneno da víbora.

Depois disto, Paulo chega a Roma sendo muito bem recebido na cidade onde passa a aguardar o seu julgamento em custódia domiciliar, por dois anos, pagando por sua própria conta o aluguel de uma residência. Ali recebe vários judeus e lhes anuncia o Evangelho, entre os quais alguns crêem e outros não.

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