Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

terça-feira, 28 de junho de 2011

SERVIR OU SER SERVIDO?




(Mc 10:45)


“Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.

No texto acima, percebe-se nitidamente em Jesus, identificado por intermédio do título messiânico “Filho do Homem”, o tipo de serviço estabelecido entre Ele, seus discípulos e sua igreja, ou seja, entre aqueles a quem veio chamar e resgatar.


Falar em servir (diakonein), hodiernamente não me parece algo muito próprio, ou ao menos, peculiar, pois estamos vivendo, e falo isso com grande pesar, tempos de mercantilização da Palavra de Deus, onde as pessoas não objetivam o “servir”, mas o “favorecimento”. Não são poucos os programas televisivos que passam a maior parte da sua programação oferecendo produtos e mais produtos, condições diversas de pagamentos, listas e mais listas de contas bancárias para depósitos. Outros oferecem brindes em troca da sua oferta, e coisas do tipo. Entendo que a manutenção desses programas no ar envolve altos custos, e obviamente precisam ser mantidos. Mas minha observação inicial é: qual nossa primazia? Oferecer a Palavra de Deus, ou mercadejar através dela? Servir o Senhor e o seu povo, ou buscar o favorecimento de nossos próprios interesses? Por que temos tantas Bíblias de Estudo no mercado (algumas são ótimas, é obvio, mas outras, puro objeto de comércio e lucro)? Por que temos tantos livros, como os das “chaves para o sucesso...”, “passos para vitória...”, “como ser bem sucedido...” e coisas do tipo? Sabe o porquê? É porque esse tipo de material vende, dá lucro!


Jesus deu-nos forte exemplo de humildade e serviço prestado (Lc 22.27), seus objetivos eram puros, eram genuínos, vinham do alto e visionavam apenas as almas, o benefício dos outros, o crescimento do Reino de Deus. Na referência supracitada Jesus estava se identificando com aquelas pessoas, que na sociedade onde viviam, ocupavam as posições de menor prestígio e que não tinham suas funções almejadas por ninguém; não havia quem puxasse o tapete do outro para ocupar aqueles lugares, pois a quem os ocupava cabia o serviço. Como seria bom se uma boa parte de nossos “preletores” e “conferencistas” pudesse entender isso.


Proponho uma reflexão! Suponhamos que nossa vida, nossos ministérios seja a “mesa” da qual Jesus está falando, e ao redor desta mesa talvez estejam muitas pessoas desejosas por partilhar aquilo que ela pode lhes oferecer. Quando nos aproximamos de uma mesa temos um objetivo claro que é nos alimentar. Dentro desta ótica, será que em nossas mesas tem tido “pão” (palavra de Deus)? O que de fato estamos oferecendo para as pessoas que são participantes de nossos ministérios, de nossas vidas? O que tem emanado de nossas mesas? Todos tem tido acesso àquilo que lhes é devido e que pode saciar sua fome? Temos sido “servos”, no sentido estrito de servir dentro daquilo para o que fomos chamados, ou nos tornamos senhores absolutos que desejamos a oblação e o serviço a nós dirigido e em nosso único favor? No palco da vida, ou melhor, na mesa da vida, devemos nós mesmos ser os anfitriões, porém o lugar principal, a cadeira de destaque não está destinada a nós, mas deve pertencer a Cristo, e diante da comunhão por ele estabelecida, devemos tomar seu exemplo, exercer o serviço e servirmos uns aos outros.


O apóstolo Paulo escrevendo aos Filipenses 2.3, nos orienta a não fazermos nada por vanglória, nem por partidarismo, mas por humildade, sempre considerando cada um os outros superiores a si mesmo. O Evangelista Lucas também nos dá uma importante orientação (Lc 6.31) nos induzindo a fazer tudo àquilo que desejamos que os outros nos façam.


Reflitamos sobre nossos objetivos, sobre nossa missão e papel a ser desempenhado!




Fraternalmente em Cristo,

Irmão Jorge Nóbrega.

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