Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

terça-feira, 20 de março de 2018

Filme cristão arrecadou U$ 17,1 milhões em final de semana

O filme cristão “Eu só posso imaginar” arrecadou U$ 17,1 milhões na bilheteria durante o seu primeiro final de semana de exibição, indo muito além das expectativas. No quadro geral, ficou em terceiro, atrás do “Tomb Raider” e “Pantera Negra”, faturando quase um milhão a mais que “Uma Dobra no Tempo”, grande lançamento da Disney deste mês.
Baseado na história real da vida do artista gospel Bart Millard, vocalista do grupo MercyMe, o drama que fala sobre o valor do perdão, recebeu nota A do CinemaScore, mostrando também ser um sucesso de crítica.
De acordo com o  jornal Christian Post, trata-se do maior sucesso comercial de um filme feito por uma produtora cristã independente. Howard Cohen, um dos fundadores da Roadside Attractions disse que está feliz por ver que “A história inspiradora do filme, sobre esperança e perdão está recebendo seu reconhecimento”.
Cerca de uma década atrás, a música de maior sucesso do MercyMe, “I Can Only Imagine”, foi campeão de vendas em vários países do mundo, tendo sido regravadas por diferentes cantores gospel. Agora, ela serve de inspiração e trilha sonora de um filme cristão que pode bater outros recordes.
Segundo Millard, sua história ilustra que “ninguém está longe do amor de Deus – ou muito longe de um lar eterno no céu”. O diretor Andrew Erwin, afirmou que “A mão de Deus tem estado nesta história desde o início. Estamos encantados de ver uma história sobre perdão e redenção atrair com tantas pessoas”.
Diversos pastores incentivaram suas igrejas a assistirem, comprando todos os ingressos de algumas sessões e lotando as salas de cinema. Mas muita gente foi assistir voluntariamente, o que deve estimular a produção de longas cristãos, pois mostra que há um público interessado em filmes que não usam sexo e violência como tema central.
Curiosamente, “Uma Dobra no Tempo” – que ficou muito abaixo das expectativas de audiência – é baseado em um livro cristão, mas teve seu roteiro alterado, onde foram retiradas todas as referências a Jesus e aos versículos bíblicos.
Sinopse
Bart Millard (J. Michael Finley) é o vocalista da banda cristã MercyMe e tem um relacionamento conturbado com seu pai (Dennis Quaid), que sempre o tratou de maneira dura e nunca entendeu seu amor pela música. Conseguindo forças através de Deus, Bart resolve então eternizar sua relação em uma canção, “I Can Only Imagine”.
No elenco, além dos atores Dennis Quaid e J. Michael Finley, com experiência em Hollywood, o filme reúne Madeline Carroll, Cloris Leachman, Trace Adkins e Rhoda Griffis. O lançamento nos cinemas do Brasil será em 29 de março.
Com informações do  Christian Post

domingo, 4 de março de 2018

A religião também alivia e cura nossas dores

A ci­ên­cia, co­mo acei­ta­ção con­sen­su­al,  se de­mons­tra com ma­te­má­ti­ca,
 com ló­gi­ca, com da­dos con­cre­tos, com ex­pe­ri­men­tos, com en­sai­os, 
com fí­si­ca, com a quí­mi­ca. En­fim com pro­vas uni­ver­sais bem
 in­con­tes­tá­veis.
 A me­di­ci­na é um cam­po pro­fis­si­o­nal que se va­le dos mui­tos bra­ços 
ci­en­tí­fi­cos. Ela se va­le por exem­plo da bi­o­lo­gia, da quí­mi­ca, da fí­si­ca, etc. 
To­da­via, ela não é es­tan­que, nem es­tá ve­da­da à in­flu­ên­cia de ou­tras áre­as 
do co­nhe­ci­men­to e abs­tra­ção hu­ma­na, à so­ci­o­lo­gia, à fi­lo­so­fia e re­li­gi­o­si­da­de.
To­dos es­ses seg­men­tos da sa­be­do­ria, do pen­sa­men­to e da prá­ti­ca hu­ma­na, 
po­dem e de­vem fa­zer par­te da es­tra­té­gia e das di­re­tri­zes  te­ra­pêu­ti­cas e 
en­fren­ta­men­to das do­en­ças; tu­do a ser­vi­ço do bem es­tar, da sa­ú­de e da
 vi­da hu­ma­na.
No re­for­ço e de­fe­sa des­sas pre­mis­sas bas­ta lem­brar que mui­tas  afec­ções
 de ori­gem pu­ra­men­te or­gâ­ni­ca te­rão um com­po­nen­te emo­cio­nal adi­cio­nal.
 In­ver­sa­men­te, mui­tos tran­stor­nos psí­qui­cos na ori­gem (an­sie­da­de, 
de­pres­são) te­rão gra­ves re­per­cus­sões so­má­ti­cas e fí­si­cas
(do­en­ça psi­cos­so­má­ti­ca).
 Tra­ta-se do prin­cí­pio ba­si­lar do que se­ja do­en­ça psi­cos­so­má­ti­ca.
É a emo­ção
 ou a al­ma co­mo por­ta pa­ra mui­tas das do­res e do so­fri­men­to do
 cor­po, do so­ma, de nos­sa fi­si­o­lo­gia e eco­no­mia or­gâ­ni­ca.
Uma ques­tão que mui­tos ve­em com ce­ti­cis­mo e in­cre­du­li­da­de em
 me­di­ci­na
 re­fe­re-se ao pa­pel da re­li­gi­ão ou re­li­gi­o­si­da­de. O pa­pel da te­ra­pia
es­pi­ri­tual. 
Em mi­nha já lon­ga tra­je­tó­ria de mé­di­co, já par­ti­ci­pei de mui­tos
con­gres­sos, 
con­fe­rên­cias e sim­pó­sios. Nas pou­cas ve­zes em que se abor­dou
o pa­pel da fé e
 da re­li­gi­o­si­da­de do pa­ci­en­te em tra­ta­men­to tal ma­té­ria foi vis­ta
com um cer­to
 des­dém e des­pre­zo.
Tal cons­ta­ta­ção se mos­trou pre­sen­te não ape­nas nos ou­vin­tes, mas
 até mes­mo 
com su­per­fi­ci­a­li­da­de e sem con­vic­ção ou en­tu­si­as­mo dos que con­du­zi­ram
os ex­pe­ri­men­tos (os pes­qui­sa­do­res con­du­to­res do es­tu­do).
In­de­pen­den­te­men­te da cren­ça, re­li­gi­ão, fé ou mes­mo do  ate­ís­mo da pes­soa, 
o que im­por­ta é que so­mos cons­ti­tu­í­dos de uma du­a­li­da­de cor­po e al­ma 
ou cor­po e men­te. E men­te aqui de­ve ser li­da tam­bém co­mo a nos­sa psi­que,
 as nos­sas emo­ções, nos­sa ca­pa­ci­da­de dos mais com­ple­xos e va­ri­a­dos
 sen­ti­men­tos (amor, ami­za­de, afe­to, fra­ter­ni­da­de, ódio, an­ti­pa­tia, ini­mi­za­de, 
ego­ís­mo e vin­gan­ça).

Di­fe­ren­te dos ir­ra­ci­o­nais te­mos ra­ci­o­na­li­da­de e me­mó­ria. Te­mos a ca­pa­ci­da­de
 de ver, ou­vir, pre­sen­ci­ar fa­tos e ações e guar­dar tu­do em nos­sa con­sci­ên­cia e
 na me­mó­ria. Es­se tão no­bre atri­bu­to dos ho­mens por um la­do,  mui­to ru­im
 por ou­tro por­que  po­de vol­tar con­tra o pró­prio por­ta­dor, tra­zen­do-lhe
 re­cal­ques, sen­ti­men­to de cul­pa, de  rai­va, me­do , dor e so­fri­men­to de
 to­da or­dem.
Co­mo re­fe­ri­do na in­tro­du­ção Ci­ên­cia se fun­da­men­ta em da­dos ló­gi­cos,
 con­cre­tos e ma­te­má­ti­cos. Re­li­gi­ão se ba­seia em in­tu­i­ção e fé. O que há  de 
con­sen­su­al é que o or­ga­nis­mo hu­ma­no tem de fa­to um com­po­nen­te fí­si­co
 (men­su­rá­vel, pal­pá­vel) e uma es­fe­ra ima­te­ri­al, in­tan­gí­vel, com­pos­ta do 
psi­quis­mo, de uma con­sci­ên­cia, emo­ções, a que se po­de tam­bém no­mi­nar 
de al­ma. Es­sa acei­ta­ção in­de­pen­de de re­li­gi­ão, de fé, de fi­lo­so­fia con­trá­ria 
a es­sas con­cep­ções. Há fi­ló­so­fos ateus e aque­les em pro­fun­da co­ne­xão com
 o sa­gra­do, com Deus.
O cer­to é que o ho­mem (gê­ne­ro) é o seu cor­po (so­ma) ali­a­do a to­dos os seus 
sen­ti­men­tos, cren­ças, fé e su­as con­cep­ções de mun­do, de Deus e de to­das as
 coi­sas que o cer­cam. Par­tin­do en­tão des­ses pos­tu­la­dos, co­mo ima­gi­nar
 en­tão a pes­soa des­co­nec­ta­da de to­dos es­ses com­po­nen­tes? Qua­se im­pos­sí­vel.
Ima­gi­nan­do as par­tes in­ter­li­ga­das tem-se en­tão que se uma pes­soa  ado­e­ce, 
to­do o res­to se­rá aco­me­ti­do na pro­por­ção de sua sus­cep­ti­bi­li­da­de e  de sua
 re­sis­tên­cia. Di­an­te das do­en­ças, to­dos, ri­go­ro­sa­men­te to­dos, nos tor­na­mos
 cri­a­tu­ras frá­geis, vul­ne­rá­veis; e nes­sa ho­ra pre­ci­sa­mos do cui­da­do de ou­trem, 
das ener­gi­as ema­na­das em nos­so fa­vor, ve­nham de on­de vi­er.
E a fé in­clu­si­ve, po­de ser es­sa úl­ti­ma ener­gia a nos re­vi­go­rar e su­pe­rar 
o ini­mi­go psí­qui­co ou or­gâ­ni­co( a de­pres­são e a dor fí­si­ca , por exem­plo), 
a do­en­ça que tei­ma em rom­per es­se tê­nue fio que nos se­gu­ra, a vi­da.
Pa­ra o bem da­que­les com­tem­pla­dos com tais ex­pe­ri­ên­cias e ini­ci­a­ti­vas 
vêm sur­gin­do gru­pos de es­tu­dos e es­pe­cia­li­da­des mé­di­cas de­di­ca­das ao 
em­pre­go de prá­ti­cas e ati­tu­des re­li­gi­o­sas na cu­ra das pes­so­as. São con­du­tas
 es­ti­mu­la­das sem ne­nhu­ma dis­cri­mi­na­ção de re­li­gi­ão. O que im­por­ta aqui é
 re­li­gi­o­si­da­de.
A fé ou fir­me con­vic­ção de que há um ser mai­or, um cri­a­dor aci­ma de to­da
 in­te­li­gên­cia e en­ge­nho hu­ma­no. O pa­pel da re­li­gi­ão aqui, po­de ser pra­ti­ca­do
 in­clu­si­ve por pes­so­as lei­gas, por um pas­tor, um evan­ge­lis­ta que atu­a­rá 
com su­as ora­ções, su­as in­ter­ces­sões. Es­se ex­pe­di­en­te e prá­ti­ca se­rão
 adi­cio­nais e  ali­a­dos  a to­da te­ra­pia con­ven­cio­nal mé­di­ca ou psi­co­ló­gi­ca
 se­gui­da pe­lo pa­ci­en­te.
Abs­tra­in­do-se da ques­tão e vo­ca­ções de fé e re­li­gi­o­si­da­de. De há mui­to que
 se co­nhe­cem os ne­xos cau­sais en­tre tran­stor­nos psi­co­ló­gi­cos e da­nos fí­si­cos.
 Con­cei­to de do­en­ça psi­cos­so­má­ti­ca. Mui­tas são as do­en­ças que na ori­gem 
tem um tran­stor­no emo­cio­nal. Co­mo exem­plos, a obe­si­da­de, a sín­dro­me
 me­ta­bó­li­ca, as gas­tri­tes, a sín­dro­me do in­tes­ti­no ir­ri­tá­vel, a as­ma, 
as do­en­ças de pe­le, a en­xa­que­ca, a fi­bro­mi­al­gia, a pso­ría­se, os reu­ma­tis­mos.
Pra fi­car em exem­plos bem con­cre­tos: o in­di­ví­duo mal re­sol­vi­do es­pi­ri­tual 
ou emo­cio­nal­men­te te­rá des­car­gas in­ter­mi­ten­tes de adre­na­li­na, in­su­li­na e
 cor­ti­cos­te­roi­des (su­prar­re­nal). Com tu­do al­te­ra­do o pa­ci­en­te  te­rá re­sul­ta­dos
 ne­ga­ti­vos: ga­nho de pe­so, in­sô­nia, mais de­pres­são, di­a­be­tes,
mais co­les­te­rol, mais pres­são al­ta; as­sim, mais ris­cos de mor­te
 car­dio­vas­cu­lar.
En­fim, e num con­cei­to mais es­ten­di­do, sa­ú­de é um com­ple­to  bem-es­tar
 fí­si­co, so­ci­al, eco­nô­mi­co, am­bien­tal, afe­ti­vo, psí­qui­co e re­li­gi­o­so. Nu­ma 
fra­se pa­ra os mé­di­cos, pa­ra os  te­ra­peu­tas e pa­ci­en­tes “tu­do va­le a pe­na
 quan­do a al­ma não é pe­que­na” (Fer­nan­do Pes­soa)      mar­ço/2018

https://www.dm.com.br/opiniao/2018/02/a-religiao-tambem-alivia-e-cura-nossas-dores.html

Dez Características De Uma Igreja Fria


Um número significativo de cristãos acreditam que uma igreja fria é caracterizada pela ausência do chamado reteté de Jeová.

Nessa perspectiva  ensinam que uma comunidade desaquecida espiritualmente é desprovida de gritos, danças, giro santo, e outras coisas mais.

Há pouco fiquei sabendo de um irmão aque afirmou que uma igreja gelada é aquela que enquanto o pastor prega ninguém grita glória, aleluia ou coisa parecida.

Caro leitor, as definições que alguns entendem quanto ao que seja uma igreja fria é de arrepiar os cabelos. Lamentavelmente parte do povo de Deus tem fundamentado sua percepções doutrinárias em achismos desprovidos de conteúdo bíblico.

Isto posto, resolvi elencar dez REAIS características de uma fria:

1-) Uma igreja fria se caracteriza pela relativização do pecado. Geralmente os membros destas comunidades chamam doce de amargo, amargo de doce; luz de escuridade, escuridade de luz. Nessa perspectiva, não vêem problemas no sexo antes do casamento, em defraldar o próximo, em mentir, em promover suborno, fazer fofocas, produzir contendas e muito mais.

2-) Uma Igreja fria é uma igreja que não valoriza a oração. Uma igreja que não ora e não acredita na importância de orações, intercessões e ações de graça é uma igreja desprovida da vida de Deus em suas estruturas.

3-) Uma Igreja fria ama o mundo e as coisas que há no mundo. Nessa perspectiva permitem que os valores deste século prevaleçam sobre aquilo que as Escrituras dizem e ensinam.

4-) Uma igreja fria relativiza as Escrituras. Para ela, a Bíblia não é a Palavra de Deus e em virtude disso colocam aquilo que sentem, acham ou pensam acima das verdades contidas na Bíblia.

5-) Uma igreja fria é desprovida de amor. Para os membros desta comunidade, gente é tratada como coisa e não como pessoas que possuem dores, angústias, problemas e carências.

6-) Uma igreja fria é caracterizada pela ausência de misericórdia em suas estruturas. Nessa perspectiva os órfãos são negligenciados, as viúvas abandonadas e os pobres desprezados.

7-) Uma igreja fria  é uma igreja desprovida de santidade. Para ela, conceitos como "separação  do mundo" são antiquados e ultrapassados.

8-) Uma igreja fria é uma igreja aonde não há relacionamentos profundos entre os irmãos.

9-) Uma igreja fria é uma igreja que valoriza os defeitos e erros dos irmãos em detrimento as suas virtudes e valores.

10-) Uma igreja fria é uma igreja que há muito perdeu o temor do Senhor.
    É o que penso, é o que digo.


    http://renatovargens.blogspot.com.br/2014/07/dez-caracteristicas-de-uma-igreja-fria.html

    Afinal, você sabe quem são os povos não alcançados?


    “Povos Não-Alcançados” é um termo que começou a ser usado com mais intensidade na Missiologia moderna na última parte do século 20. É uma referência para designar povos, nações ou áreas geográficas do mundo com pouca densidade ou influência cristã e evangélica. Em outras palavras, são áreas do mundo que compreendem povos, idiomas, culturas e tradições, onde o Evangelho ainda não chegou e a Igreja não existe. Estes grupos humanos e etnias são chamados de povos não-alcançados. Portanto, o Natal e a Páscoa não são celebrados porque discípulos não comunicaram o Evangelho entre eles. Clamam pelo envio de missionários biblicamente treinados e devidamente contextualizados, a fim de que a Igreja e a esperança em Cristo se tornem uma realidade no meio deles. Esse é o plano de Cristo conforme Mateus 24.14 e Atos 1.8.

    Povos não-alcançados – um desafio

    Segundo pesquisas apresentadas por especialistas no Congresso de Lausanne, realizado em 1974, na Suíça, um marco extraordinário do cristianismo mundial, naquela época, eram cerca de 16 mil povos do mundo ainda sem nenhum contato com o Evangelho. A evangelização se intensificou a partir de então e em Lausanne II, em 1989, em Manila, nas Filipinas, o número de povos não-alcançados caiu para 8 mil. Segundo a Missiologia atual, hoje existem pouco mais de 2.200 grupos étnicos sem a presença cristã e cerca de 4 mil povos sem uma evangelização forte para alcançar a sua própria etnia. Estes clamam pela ação missionária do discípulo de Cristo e da Igreja. Jesus mandou fazer discípulos de todas as nações. As etnias são mosaicos da criação de Deus e não uma anomalia do plano de Deus.
    Oswald Smith, um grande estudioso de missões, no início do século 20 foi pastor da Igreja dos Povos em Toronto, no Canadá. Sua igreja sustentou mais de 300 missionários no mundo. Ele conta, em um dos seus livros, uma história interessante. Suponha, diz ele, que você tenha convidado muitas pessoas para a sua festa de aniversário. A alegria é intensa entre os presentes.
    Chegou a hora de cortar o bolo. Os pedaços do bolo são colocados nas bandejas e os garçons começam a distribuí-los. As pessoas que estão na frente comem o primeiro pedaço e, também, o segundo pedaço. Alguns até três pedaços. Suponha que o bolo acabe. As pessoas do meio e de trás nem sequer experimentaram um pedacinho. Ninguém se preocupou em distribuir para todos primeiramente. Imagine que você é o aniversariante. Estaria contente? É justo? Assim, da mesma forma, há pessoas que ouvem o evangelho uma, duas ou mais vezes. Há outras, porém, que nem sequer ouviram uma só vez. É justo? Existem povos e regiões do mundo assim.
    Uma outra expressão muito usada, chamando a atenção da Igreja para maior mobilização em oração e ação missionária, é a Janela 10/40. É uma referência ao mundo budista, hinduísta e islâmico com pouca ou nenhuma presença cristã. São autênticos “cinturões” de resistência. E o desafio muçulmano naquela região é gigantesco. São cerca de 42 países de maioria islâmica localizados no Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia. Na Europa ocidental existem mais de 15 milhões de muçulmanos e a maioria é não-alcançada. Sim, eles também precisam da graça do Pai!

    Povos não-alcançados – uma prioridade

    O livro de Romanos pode ser considerado um tratado missionário. É o livro que contém os pressupostos bíblicos e missionários de Paulo. Ele queria deixar o Oriente e levar o Reino de Deus ao Ocidente (Rm 15.23-24). Sua estratégia para concretizar este objetivo envolvia a igreja em Roma. Como era a capital do Império à época, portanto, um lugar estratégico, Roma era o centro do mundo cultural e político. Paulo percebeu que a igreja poderia ser um centro de apoio muito importante para o avanço do Reino no Ocidente. Ele fez uma exposição teológica do plano e missão de Deus a fim de conseguir o envolvimento missionário da igreja. Após essa elaboração, Paulo fala de suas intenções missionárias. Seu ministério no Oriente terminara (15.17-23) e o alvo agora era a Península Ibérica (15.24). Tencionava passar pela igreja em Roma, ter momentos de comunhão e edificação com ela e, também, desafiá-la para o envolvimento na extensão do Reino de Deus. Naquela altura, a Espanha era a região mais recôndita do mundo.
    Paulo declara aos crentes de Roma, então, que sua presença não era mais necessária (Rm 15.23). Porém, o pano de fundo dessa afirmação era o objetivo que ele tinha em mente: evangelizar grupos étnicos sem a presença cristã (Rm 15.20-21). Apesar de ainda haver necessidade da pregação do Evangelho para alcançar mais pessoas, de organizar mais igrejas e de preparar mais discípulos em Roma, Paulo prioriza missões em áreas não-alcançadas, isto é, anunciar as Boas-novas onde Cristo não houvera sido anunciado.
    Em Romanos 1.16-17 Paulo apresenta a definição do Evangelho, sua natureza e universalidade. A mensagem é para todos: judeus, gregos, bárbaros, sábios e ignorantes, e a salvação é para “todo aquele que crê”. No capítulo 10.14-15, ele é mais enfático quando pergunta: “Como crerão naquele de quem não ouviram falar?”. Em Romanos 3.21-31 afirma que apenas a fé em Cristo pode salvar o homem do pecado. Deus revelou a sua justiça “pela fé em Jesus Cristo para todos os que creem” (3.22). Note-se que a justiça vem de Deus e é para “os que creem”. Entende-se “justiça” aqui não como a natureza de Deus, nem a qualidade moral do ser humano, mas o meio divino para a salvação do homem (3.25).
    Já que a consciência, a natureza (gentios) e a lei (judeus) se tornaram impotentes para salvar o homem, o único meio possível no plano divino é pela fé em Cristo. Como o ser humano pode responder sem ouvir? Não há nenhuma possibilidade de salvação sem o Evangelho. O caminho de Deus para a salvação chegou até nós pela revelação e precisa ser anunciada (Rm 10.8-17, 16.25-26).

    O que isso tem a ver com você e sua igreja?

    O livro de Romanos demonstra como teologia e missão, fé e vida, convicção e missão andavam juntas em Paulo. Por isso, a Espanha precisava ser evangelizada (Rm 16.25-27). O apóstolo tinha uma consciência clara e profunda de história e de seu tempo, acerca da hora e do lugar onde começar, fronteiras a conquistar e filosofia a nortear o ministério. O capítulo 15.19 fala sobre a hora, o lugar e as fronteiras a conquistar. Em Romanos 15.20-21, Paulo testifica da filosofia que norteava o seu ministério e sua vida. Tinha prazos para sair (vs. 23 e 24). As expressões “Passa a Macedônia e ajuda-nos” e “confins da terra” dão-nos várias implicações missionárias para a Igreja no século 21. Quais as áreas não evangelizadas e não alcançadas hoje? O que a sua igreja pode fazer por elas?

    O slogan usado por William Carey, o Pai das Missões Modernas, “Espere grandes coisas de Deus; faça grandes coisas para Deus”, ainda é tão relevante e desafiador hoje como foi há 250 anos. Portanto, seja um instrumento para viabilizar o plano do Deus na Janela 10/40, no mundo islâmico etc. Sim, os muçulmanos e os não-alcançados precisam da graça do Pai. O Senhor nos chama para ser Seus instrumentos da criação e redenção em Cristo. Jesus disse: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24.14). Deixar os não-alcançados sem o Evangelho do Reino, como é o caso das tribos indígenas, os sertões do Nordeste brasileiro, o mundo budista, hinduísta e islâmico, é uma agressão ao plano mundial de Deus e uma violência à nossa vocação e missão. Mais de 2000 anos já se passaram. Até quando?

    Fonte: Revista do Promotor de Missões (2011). Junta de Missões Mundiais da Igreja Batista Brasileira.

    https://veredasmissionarias.blogspot.com.br/2018/03/afinal-voce-sabe-quem-sao-os-povos-nao.html