Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Disciplina e pureza da igreja


Jesus instituiu a disciplina na igreja (Mt 18.15-20) com o objetivo de estabelecer os limites entre o mundo e a igreja, bem como combater o pecado dentro dela.

Vários textos do Novo Testamento revelam, que no contexto da igreja, a disciplina sempre foi usada como remédio necessário para zelar por sua saúde espiritual (Rm 16.17; 2Co 2.5-11; 2Co 13.1-2; Gl 6.1-5; 2Ts 3.6-15; 1Tm 1.18-20; 5.19-22; Tt 3.10-11).

O que é a disciplina? 
“A disciplina eclesiástica é o exercício da jurisdição espiritual da Igreja sobre seus membros, aplicada de acordo com a Palavra de Deus. Toda disciplina visa edificar o povo de Deus, corrigir escândalos, erros ou faltas, promover a honra de Deus, a glória de nosso Senhor Jesus Cristo e o próprio bem dos culpados” (C.D. IPB).

Quem deve aplicar a disciplina?
Jesus deu autoridade espiritual à igreja para a aplicação da disciplina, por meio de uma liderança humilde, misericordiosa e exemplar (Mt 18.15-35).

Um membro da igreja em Corinto vivia deliberadamente na prática do pecado. Paulo denuncia: Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai.(v.1). A pratica incestuosa daquele irmão era pública e atingia toda a coletividade. Todos na igreja sabiam daquele relacionamento ilícito e ninguém tomava providências.

O irmão pecava por ação e a igreja por omissão.

Os membros da igreja em Corinto se recusaram a disciplinar o irmão faltoso. A igreja estava ensoberbecida com o pecado, se vangloriando de ser uma comunidade amorosa. Paulo denuncia que aquela postura estava errada. Eles deveriam lamentar o que estava acontecendo. A palavra lamentar significa “chorar como se tivesse perdido um ente querido”. É o choro da dor da perda.
 
É triste quando o pecado não produz mais choro na vida de uma igreja local. É feliz e bem-aventurado quem chora o seu pecado e os pecados dos outros: Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados (Mt 5.4). A visão errada do pecado levou a igreja à não aplicar a disciplina. Aquele que vivia em tão escandaloso pecado deveria ser afastado ou tirado da igreja, até que se arrependesse.

A reação de Paulo: ele ordena que a igreja discipline aquele irmão. Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor (vv. 3-4). Paulo diz que a disciplina deve ser aplicada sob a autoridade apostólica e da igreja. Tal autoridade procedia de Jesus, por isso devia ser em nome e com o poder de Jesus.

Paulo destaca três razões fundamentais: 

(1) Promover a recuperação espiritual do disciplinado.
Entregue á Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor(v.5). A ideia é que o cristão deve ser afastado da comunhão da igreja, para que por meio da excomunhão ele arrependa-se do seu pecado.

A disciplina visa o arrependimento e o benefício espiritual do faltoso. 

(2) Impedir que o pecado se espalhe na igreja. 
Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado (vv.6-7). O mau exemplo de um crente é muito nocivo à igreja. Assim como o fermento, o pecado é contagioso e muito influente.

Precisamos lutar contra o pecado e a igreja não deve tolerar membros escandalosos e corruptos. 

(3) Manter a pureza das celebrações e da adoração ao Senhor.
Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade (v.8). Jesus morreu para santificar para si um povo zeloso, santo e produtivo.

Devemos adorar a Deus em espírito e em verdade, com sinceridade e santidade.

O pecado prejudica a adoração do povo de Deus.

Autor: Arival Dias Casimiro

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