Necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco [...]. É preciso que um deles seja conosco testemunha de sua ressurreição. Atos 1.21-22
Outro evento registrado entre a ascensão e o Pentecostes é a escolha de alguém para ocupar o lugar de Judas. Pedro levantou-se entre os irmãos e citou os salmos 69 e 109 como base bíblica para esse ato, especialmente o Salmo 109.8: “E outro ocupe o seu lugar”. É instrutivo notar as três qualificações para o que Pedro chamou de “este ministério apostólico” (At 1.25):
1. Deveria ser alguém indicado por Jesus.
Matias foi indicado não pela igreja, mas por Cristo, como os Doze haviam sido (Lc 6.13). De fato, os cento e vinte indicaram dois nomes e depois tiraram sortes. Esse era um método bastante comum no Antigo Testamento, mas que não foi mais usado depois do Pentecostes.
O mais importante, porém, é que eles buscaram a vontade de Deus através da oração, pois embora Jesus tivesse ido para o céu, ele ainda estava acessível por meio da oração, além disso, ele “conhecia o coração”. Assim, eles oraram “Mostra-nos qual destes dois tens escolhido” (At 1.24).
2. Deveria ser testemunha ocular do ministério de Jesus.

3. Deveria ser testemunha da ressurreição, ou seja, alguém que teve um encontro com o Jesus ressuscitado.
Foi isso que qualificou Paulo (1Co 9.1; 15.8-9). O substituto de Judas precisava ter visto o Senhor ressuscitado para que pudesse testemunhar de sua ressurreição, com os outros apóstolos (At 1.22).
O cenário agora está pronto para o dia de Pentecostes. Os apóstolos já receberam as instruções finais de Cristo e presenciaram sua ascensão.
O grupo apostólico estava completo novamente, pronto para testemunhar de Cristo. Só faltava uma coisa: a vinda do Espírito Santo. Matias ocupava o lugar que Judas havia deixado vago, mas o Espírito ainda não ocupava o lugar que Jesus havia deixado.

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