Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A CONVERSÃO DO APÓSTOLO PAULO



O capítulo 9 do Livro de Atos narra a conversão daquele que viria a ser conhecido como o apóstolo das gentes. Pouco se sabe a respeito desse intrépido homem, desde o seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém, como temível perseguidor dos cristãos. Embora fosse da tribo de Benjamim, era um zeloso membro da seita dos fariseus (Rm 11.1; Fp 3.5; At 23.6). Era cidadão romano por ter nascido na cidade grega de Tarso, na Ásia Menor, na época, pertencente ao Império Romano.

Saulo teria sido levado para Jerusalém quando ainda criança, onde foi educado aos pés de Gamaliel – doutor da lei e membro do Sinédrio. Paulo sempre o reconheceu como seu professor. Tal qual o próprio Estevão, Saulo teria percebido a impossibilidade de conciliação entre a velha e a nova dispensação. Para Saulo, a lei de Moisés tinha validade eterna e o templo de Jerusalém era o inatingível santuário do Senhor dos Exércitos. Em seu coração abrigava, pois, grande rancor contra os cristãos, que tinham como mensagem principal Jesus Cristo ressuscitado e feito Messias e Senhor. Assim não só se empenhou no extermínio do Cristianismo em Jerusalém, como também foi ao encalço daqueles que haviam fugido para Damasco, a fim de trazê-los de volta a Jerusalém onde seriam julgados e condenados à morte.
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. Quando Deus Intervém
De posse de documentos fornecidos pelas autoridades religiosas de Jerusalém, Saulo marcha, altivo para Damasco à procura dos seguidores do “Caminho”. Aproximando-se da cidade, um jato de luz sobrenatural e poderosa cegou-lhe e fê-lo cair por terra, sob o som duma voz que dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Humilhado e lançado ao pó, esse grande fariseu indaga: “Quem és tu, Senhor? ... Que queres, Senhor, que eu faça?”. Respondendo, disse o Senhor Jesus Cristo: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (vv. 4-6). Tal disposição de Saulo, de ouvir e obedecer à voz de Jesus, fez dele o principal arauto do Evangelho no mundo de então.

. Saulo em Damasco
Saulo, cego, foi conduzido pelos homens que o acompanhavam, à casa de Judas, na rua chamada Direita, onde permaneceu em oração. A este tempo, o Senhor já houvera falado ao seu servo Ananias, em visão, para que fosse ao encontro de Saulo, e, este, em visão, vira Ananias, “que punha sobre ele a mão para que pudesse ver”.

Ananias, ao ouvir a ordem do Senhor, ficou temeroso, pois bem conhecia os terríveis males feitos por Saulo aos cristãos. Porém o plano de Deus em relação a ele era extremamente precioso. Ananias não teve mais dúvida, ao ouvi-lo dizer sobre Saulo: “... este é para mim um vaso escolhido...”. E assim, Ananias foi ao encontro daquele que, até bem pouco tempo, fora um terrível perseguidor dos cristãos. Assim, convicto da missão que lhe fora imposta, colocou suas mãos sobre aquele homem, chamando-o “irmão Saulo”, e, transmitindo a vontade do Senhor para a sua vida, “... que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo”. E Saulo voltou a enxergar.

Podemos calcular a grande confusão que apoderou-se da mente dos judeus! Todos ficaram atônitos diante da transformação experimentada por Saulo. Agora, ele, Saulo, passou a pregar o Cristo daqueles aos quais antes perseguia.

. De Perseguidor a Perseguido
De perseguidor que era, Saulo passou a ser perseguido, pois passou a defender a mesma causa que antes procurou destruir. Tão grande foi a fúria dos judeus não-cristãos contra a pessoa de Saulo, que ele teve que fugir de Damasco.

Somente três anos depois da sua conversão é que Saulo voltou a Jerusalém, onde passou quinze dias com Pedro, avistando-se também com Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1.8,19). Seu contato com esses e com outros cristãos teve de ser facilitado por Barnabé, pois os próprios discípulos tiveram dificuldade em crer na autenticidade da sua conversão. Assim, Barnabé “tomando-o consigo, trouxe-o aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara” (v. 27). Porém, quando pôs-se a pregar nas sinagogas de Jerusalém como fizera em Damasco três anos antes, teve que ser retirado da cidade, por medida de segurança.

Escreve Lucas: “Assim, pois, a Igreja teve paz.” (v. 31). Isto quer dizer que a primeira grande onda de perseguição à Igreja chegava ao fim com a conversão de Saulo, o perseguidor-chefe.

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