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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Meta é separar a candidata da religião

Milena Aurea / A Cidade
Marina Silva, ao lado de Beto Albuquerque, garante que crenças religiosas não serão levadas para dentro de um possível governo (Foto: Milena Aurea / A Cidade)
A candidata à Presidência da República, Marina Silva (PSB), e o vice da chapa, Beto Albuquerque (PSB), realizaram uma roda de bate-papo ontem em Ribeirão Preto. No discurso, ela tentou separar a religiosa da política, alfinetou a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e ressaltou a Rede, partido que ela pretende criar.
Como atendeu a imprensa na Fenasucro, em Sertãozinho, a candidata buscou o diálogo com os apoiadores em Ribeirão Preto e evitou os repórteres. O evento foi realizado em um hotel na zona Oeste da cidade com a participação de aproximadamente 200 pessoas.
Bate-papo
Durante a conversa, Marina Silva foi indagada sobre questões religiosas - ela é assumidamente seguidora da igreja evangélica. A candidata foi perguntada qual seria a postura dela em relação ao casamento homossexual e no trato com as outras religiões.
“A Constituição brasileira garante os direitos de quem crê e de quem não crê. Já a união das pessoas de mesmo sexo já foi resolvida pela Justiça”, explicou Marina. “Mas também é preciso respeitar a liberdade religiosa”, completou ela, afirmando que caso seja eleita o governo não vai interferir na liberdade religiosa, mantendo uma País Laico (ausência de qualquer obrigação de caráter religioso nas instituições governamentais).
A candidata também garantiu que, se eleita, vai implementar o Código Florestal. “Durante a tramitação do Código o desmatamento caiu 80%, mas agora voltou a subir 30%. Por isso é preciso colocá-lo em prática imediatamente”, falou.
Ela encerrou o discurso afirmando que vai melhorar a estabilidade da economia e incrementar os programas sociais, que são a marca do atual governo.
Dilma recebe ‘alfinetada’
Mesmo alegando que vai ao debate e não ao embate durante a eleição, a candidata Marina Silva (PSB) não perdeu a oportunidade de alfinetar o PT da candidata à reeleição Dilma Rousseff. “O programa dela tem 11 minutos. É um curta metragem”, falou. “Eu queria viver na propaganda da Dilma. Lá tudo é perfeito e está dando tudo certo”, acrescentou Marina.
De acordo com a ex-senadora, Dilma esquece de mencionar os problemas no atendimento de saúde pública, a inflação perto do teto e o crescimento do País abaixo da meta. “É preciso ver como está o Brasil fora das lentes dos marqueteiros do PT”, seguiu Marina.
Segundo a última pesquisa Ibope, Marina venceria Dilma em um possível segundo turno por 43,7% a 37,8%.
Vice
O gaúcho Beto Albuquerque (PSB), que assumiu o posto de vice na chapa encabeçada por Marina, criticou o continuísmo na político. Albuquerque, porém, é deputado federal desde 1999 - está no quarto mandato.
Ação barrou a formação Rede Sustentável
Marina Silva não poupou críticas a barração da criação da Rede Sustentável, partido que idealizou após a saída do PV (Partido Verde). “A criação da Rede Sustentável foi vítima de uma ação política”, criticou.
“Como nós criamos o PT (Partido dos Trabalhadores) lá no início da democracia não imaginei que tanto tempo depois a criação de um novo partido fosse ser barrada desta forma”, disparou.
A candidata mantém o ideal de criar o novo partido, mas garantiu que a filiação ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) foi por afinidade. “Eu apresentei os ideais da Rede ao Eduardo Campos (ex-presidente do PSB, morto no dia 13 de agosto) e ele topou quase tudo”, relembrou.
Marina também lembrou que o PSB de Eduardo Campos foi o único partido que protestou quando a Rede foi barrada. “Mesmo sabendo que eu poderia ser uma adversária na eleição o Eduardo me ajudou. Ele fez isso porque entendia que novos caminhos para a política são necessários”, resumiu.

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