Papel de parede volta de Jesus
"ENTREGA TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E O MAIS ELE FARA".
SALMOS 37.5

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Podemos julgar ou não?


Com frequência, ao abordar algum assunto, ou censurar atitudes cometidas por Igrejas e/ou líderes cristãos, logo aparece alguém, desprovido do conhecimento bíblico, defendendo aquilo que foi alvo de crítica, ou de repreensão e/ou de correção.
Algumas pessoas acreditam piamente que não se deve julgar, apoiadas no texto de Mt. 7:1"Não julgueis para que não sejais julgados". No entanto, não é exatamente isso que se deve observar. Precisamos  ir mais além, lendo todo o texto e não apenas esse, isolado.
Gostaria de compartilhar com você o Artigo abaixo que te ajudará muito na questão de 'poder ou não poder julgar outra pessoa'.
Geralmente recebo semanalmente diversos Comentários no Blog me 'advertindo' a 'não tocar no ungido do Senhor'. Ora, quer dizer que 'ungido do Senhor' são tão somente os líderes que aí estão? E os demais crentes? Não são ungidos do Senhor?
Então, desde já, deixo claro que usar esse texto aqui, será pura perca de tempo, pois todo crente, não só lideres, são ungidos do Senhor e terão que prestar contas á sociedade e depois a Deus, por aquilo que fizerem de mal e/ou errado.
Grande abraço.
Deus te abençoe sempre.
Viva vencendo!!!

O QUE A BÍBLIA REALMENTE ENSINA?
“Não julgueis, para que não sejais julgados“ é um dos versos mais mal-aplicados da Bíblia!Devido à própria natureza dos sites e às muitas mensagens de correio eletrônico que recebemos, suponho que citam Mateus 7.1 para nós mais que qualquer outro verso! Quando ousamos apontar o erro à luz das Escrituras em instituições religiosas ou em ministérios individuais, podemos comumente esperar receber várias mensagens nos acusando de “julgar”. Visto que esse é o caso, estamos violando a recomendação do Senhor quando criticamos outros cristãos?
Muitos do povo de Deus interpretam mal esse verso e, como conseqüência, chegam a adotar a posição extrema da tolerância, não ensinada na Palavra de Deus! Em primeiro lugar e antes de tudo, devemos ser um povo de discernimento espiritual e exercer grande cautela em aceitar como genuínos aqueles que afirmam serem nossos irmãos porque a Bíblia claramente ensina que ”… estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” [Mateus 7:14]. Ela também nos ensina que Satanás está ocupado “plantando joio no meio do trigo” — enchendo igrejas de descrentes. Portanto é de suma importância que não estejamos no grupo ao qual o lendário empresário circense P. T. Barnum certa vez se referiu dizendo: “Nasce um novo otário a cada minuto!” O Diabo não poderia estar mais satisfeito quando crentes bem-intencionados baixam a guarda e dão as boas-vindas a qualquer um e recebem a todos na igreja. Ele também fica gratificado quando essas mesmas pessoas ficam extremamente irritadas com os pastores que chamam a atenção das macieiras que estão produzindo limões. Vejamos em Mateus 7.15-20 a base para essa analogia:
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos de ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis.”
Esse princípio básico é a razão por que continuamos alfinetando o tema “prestar mais atenção ao que eles fazem do que ao que dizem — porque falar é fácil”.
O Espírito Santo de Deus reside dentro dos crentes genuínos, portanto Sua presença resultará na manifestação do “fruto do Espírito” em suas vidas [Gálatas 5:22,23]. Esse fruto é a única evidência visível pela qual podemos discernir se alguém é salvo ou não. Assim, quando o andar de uma pessoa não é coerente com o que ela diz, devemos ficar muito cautelosos com relação a ela.
Exercer discernimento espiritual é exercer julgamento. Uma das definições do dicionário de julgar é “formar opinião ou juízo crítico sobre; avaliar”. Uma definição paralela de julgamento é “capacidade de tomar uma decisão ou formar uma opinião por discernimento e avaliação”. Esse é o sentido de julgar, ou julgamento, que devemos ter o cuidado de manter, pois o Diabo está fazendo tudo em seu considerável poder para nos enganar por meio dos falsos “irmãos”.
A orientação do Senhor para “não julgar” em Mateus 7:1 usa a palavra grega krino, cujo significado — de acordo com o Expository Dictionary of New Testament Words, de W. E. Vine — é: “primeiro indica separar, selecionar, escolher; portanto, determinar e então julgar, pronunciar julgamento”. Em outras palavras a advertência é para nós não nos postarmos como juízes e pronunciar sentença contra uma pessoa — e condená-la — particularmente se estamos usando a nós mesmos como padrão. Isso não significa, entretanto, que devemos deixar de observar os outros e formar opiniões sobre a validade de sua profissão de fé.Isso não significa que os pastores devam deixar de advertir seu rebanho sobre o erro doutrinário nos ministérios dos outros pastores. Uma das maiores mentiras do Diabo é que a unidade deve ser preservada por meio da abolição de toda a crítica.
Em 1 Coríntios 5, encontramos o que o apóstolo Paulo ensinou aos crentes de Corinto sobre julgar indivíduos dentro da igreja. A base dessa passagem em particular envolve um homem que era membro da igreja, mas que estava vivendo em imoralidade aberta com “a mulher de seu pai” (verso 1). Aparentemente, a mulher era a madrasta do homem e, por causa de sua posição elevada na comunidade, esse pecado flagrante estava sendo relevado. Quando isso foi trazido ao conhecimento de Paulo, ele não mediu palavras para condenar a imoralidade e exigiu que a liderança da igreja entregasse o homem “a Satanás para a destruição da carne” (verso 5). Em outras palavras, a excomunhão — a remoção dos privilégios de membro e expulsão da assembléia — foi fortemente recomendada por Paulo. Isso significava punir o homem, colocando-o fora da proteção espiritual da igreja local e, como efeito, relegando-o de volta ao domínio de Satanás — onde sua carne (natureza carnal) ficaria debaixo de ataque demoníaco. Tudo isso foi feito com a esperança de que o homem procurasse arrependimento, perdão de Deus e restauração da comunhão com os outros irmãos. Essa história teve um final feliz, pois foi exatamente isso que o homem fez após ser disciplinado. No entanto, o ponto principal que não devemos perder encontra-se nas solenes palavras de Paulo nos versos de 11 a 13, onde exorta literalmente aos irmãos a exercerem julgamento espiritual nessa questão:
“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo.”
Outra interessante passagem encontra-se em 2 Tessalonicenses 3, onde parece que falsos mestres tinham convencido alguns dos crentes em Tessalônica que o Senhor estava para voltar em certa data. Assim, eles deixaram seus empregos, venderam suas posses, e estavam ansiosamente esperando o retorno de Cristo. Mas, enquanto esperavam, tinham de viver da generosidade de outros irmãos e, entre outras coisas, eram culpados de vadiagem e de “meter o nariz” nos negócios alheios. Para corrigir o problema, as palavras de Paulo nos versos 6, 14 e 15 uma vez mais encorajam julgamento apropriado:
“Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu… Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão.”
Estão essas advertências sendo ensinadas e seguidas pela maioria dos pastores e das igrejas hoje? Não, porque elas não são “politicamente corretas” e poderiam ofender alguém! A unidade a todo custo está sendo promovida enfaticamente e todos os esforços são feitos para atrair aqueles que possam fazer uma profissão de fé e ajudar a encher os bancos da igreja (os dois: os de sentar e as contas no banco) — independente da real situação da pessoa diante de Deus.
Em vez disso, deveríamos seguir a exortação de Paulo em 1 Tessalonicenses 5:21, que diz:
“Examinai tudo. Retende o bem.”
O discernimento espiritual deve servir como nossa “antena de radar” e ser exercido em todas as coisas em nossa vida diária a fim de evitar que sejamos enganados pelo Diabo. Insistimos no tema da enganação por que a Palavra de Deus insta a fazer isso! Entenda que só por que alguém usa a terminologia do cristianismo e vai à igreja toda vez que as portas estão abertas — ou está de pé no púlpito quando você entra — não quer dizer necessariamente que é um crente em Cristo e nascido de novo. Ouça o testemunho interior do Espírito Santo no tocante àqueles que afirmam o título de “cristão” e se sua antena espiritual começar a vibrar, preste atenção nisso. Deus conhece seus corações e sabe se eles pertencem ou não a Ele (João 10.27). Observe-os bem e, se suas ações não se encaixam em sua profissão de fé, evite-os.
Os pastores são exortados em 2 Timóteo 4.2 a redarguir, repreender e exortar “com toda a longanimidade e doutrina”. A palavra grega traduzida como “redarguir” é freqüentemente usada no sentido de “expor” e encontramos isso refletido em Efésios 5:11,13:
“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as… Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta.”
Apontar o erro doutrinário é uma parte essencial do ministério de qualquer pastor genuíno e deve ser feito para o benefício do povo de Deus. Então, quando acharmos necessário criticar as táticas e os ensinos dos outros, isso deve ser feito usando a Palavra de Deus como padrão e não as nossas próprias idéias. Quando se demonstra que alguém está em erro, a piedade e a popularidade reconhecidas dessa pessoa não devem ofuscar ou sobrepujar os fatos. Errado é errado, por maior que seja a reputação.
Julgar não é errado, quando é o exercício do discernimento espiritual. Que Deus nos conceda muito mais desse discernimento!

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